Nesta época, no meu território, em condições regulares, as minhas colónias com 5 quadros de abelhas crescem a um ritmo de um a dois quadros por semana — reconfirmo uma vez mais o que li descrito pelo enorme apicultor Randy Oliver, como referi nesta publicação, publicação que foi um marco pessoal, quando há 5 anos atrás me permiti sumariar, estruturar e tornar inteligível num texto feliz um conjunto de observações que tinha vindo a fazer nos anos anteriores).
No passado dia 19 de março, nesta publicação, descrevi a transferência de alguns enxames para caixas-colmeia (modelo Langstroth).
O enxame no núcleo e a caixa-colmeia para onde foi transferido.
Como escrevi na publicação original “Devido às temperaturas relativamente baixas previstas para os próximos dias não me atrevi a desfazer este bloco denso intercalando quadros vazios.“
Passados 16 dias e sem qualquer outro maneio neste intervalo de tempo, anteontem, dia 3 de abril, os enxames tinham passado dos iniciais 5 quadros com abelhas para os 9 quadros com abelhas e 7 quadros com criação. Deixo em baixo as fotos de uma destas colónias.
Anotação da data de transferência.
Os quadros levantados indicam a periferia da zona de criação: 7 quadros com criação.
Padrão de postura da rainha desta colónia, representativa da realidade da grande maioria das minhas colónias.
Como os adolescentes, estas colónias precisam de muito alimento para medrarem bem.
Nota: São enxames como estes que tenho a coragem de vender aos meus clientes. Nem menos nem mais, simplesmente e transparentemente como estes.
Em território de urgueiras, que começam a expressar-se também no interior das minhas colmeias por via do magnífico cheiro do seu néctar que começou a ser armazenado nos ninhos, dei início a uma nova etapa no meu maneio. Utilizei pela primeira vez esta técnica: cura radical da enxameação.
Em duas colónias encontrei sinais inequívocos de preparação de uma das últimas etapas do processo de enxameação: o surgimento de mestreiros de enxameação.
Um dos vários quadros com mestreiros de enxameação.
Confirmei a presença da rainha em cada uma destas duas colónias.
Apliquei a técnica como prescrito pelo seu autor com recurso a um garfo de desopercular, tipo “rasca la cria”.
Apliquei esta técnica como “último recurso”, uma vez que já tinha doado os quadros com criação às poucas colónias um pouco mais atrasadas do apiário e, aqui chegado, ou criava duas novas colónias, ou aplicava a técnica Demaree, ou avançava para esta cura radical. Nenhuma das duas primeiras me são oportunas por constrangimentos que nada têm a ver com a apicultura. A eficácia desta solução será avaliada na próxima visita e caso se confirmem as garantias que o autor deu há mais de 100 anos, esta passará a ser uma técnica a juntar-se a outras que utilizo nesta época de prevenção e de controlo da enxameação. Esta não será privilegiada em relação a outras e muito menos as excluirá. Haverá um tempo e um momento próprio para cada uma delas.
Como todos, houve uma altura em que fui um iniciante de apicultor. Como bom iniciante apetrechei o meu pensamento com as proclamações de verdades absolutas que alguns dos meus companheiros debitavam nos fóruns e redes sociais de grupos de apicultores. Como todo o iniciante foi-me reconfortante ouvir estas certezas absolutas numa actividade que estava a iniciar! E assim, com o pensamento conformado por essas proclamações, me iniciei no maneio das minhas colónias em 2009-2010. E logo em 2010, as minhas abelhas desmentiram algumas dessas proclamações. De lá para cá continuam a desmentir umas e outras, quase todas.
Chegado ao dia de hoje, confirmo uma vez mais que as verdades proclamadas são desmentidas pelas minhas abelhas à frente dos meus olhos. Tive hoje oportunidade e vontade de fotografar para partilhar com os meus leitores dois exemplos desses desmentidos acerca das seguintes proclamações:
1) é errado aproveitar mestreiros de enxameação porque perpetua a genética de enxameação — na verdade o que é isso de genética de enxameação? é determinada por um gene herdado da mãe? por um conjunto de genes herdados da mãe e dos vários genes dos pais presentes nas várias sub-famílias da colónia? o comportamento de enxameação da rainha é determinado por ela só ou também e sobretudo é determinado pelas suas filhas, filhas de vários pais? é determinado sobretudo por factores hereditários ou predominantemente por factores ambientais/contextuais?;
2) se quero encontrar a rainha numa colónia devo-a procurar nos quadros com ovos porque de certeza é ali que ela anda, porque como todas as boas mães anda junto da sua prole — na verdade quem é a mãe das abelhas? a rainha que só as pariu ou as abelhas operárias que as amamentam e criam? se por acaso anda longe do quadro com ovos, isso faz dela uma má mãe? quando todos os quadros de uma colónia já foram utilizados para dois ou três ciclos de criação ainda se encontrará um quadro só com ovos? todos os quadros da colónia não terão neste caso uma mistura de ovos, criação aberta e criação fechada? se sim, em qual deles andará a rainha que tanto me interessa encontrar para realizar aquele maneio específico que me obriga a descobri-la?
Como estas muitas outras proclamações me passam pela cabeça. Um terceiro exemplo: os apiários não devem ter mais que 20-30 colónias por encabeçamento — interrogo-me se em todos os locais? só em alguns, e como saber quais? não há condições para ter 100 colónias num apiário rodeado sobretudo por giestas? e quando essas 100 colónias num apiário rodeado sobretudo por giestas produz uma média de 20 kgs por colónia, ano após ano, caso tivesse apenas 30 colónias produziria as mesmas 2 toneladas de mel?
Sobre esta terceira proclamação deixo uma foto de um apiário meu com capacidade para assentar 100 colónias, onde já estiveram 100 colónias e me deram vários anos seguidos 1600 kgs de mel.
Vista privilegiada de um apiário inverosímil.
Sobre a segunda proclamação deixo esta foto de hoje onde encontrei uma rainha não a cuidar dos ovos, mas num quadro com uma imensa mancha de criação fechada.
Sobre a primeira proclamação deixo este conjunto de fotos de uma rainha emergida de um mestreiro de enxameação que enxertei o ano passado (ver aqui). Hoje o núcleo cheio como um ovo, nem sinais de cálices reais lhe vi quanto mais mestreiros de enxameação.
Foto de hoje do núcleo e do mestreiro de enxameção de onde saiu a rainha.
O que mais me surpreendeu nos quadros deste núcleo de uma rainha com a dita genética de enxameação foi não ver um único cálice real.
Ali anda a rainha, bem misturada no meio de suas filhas. Quando fará justiça à fama que tem e enxameará?
Desde que me conheço, que sempre procurei a opinião dos mais experimentados, mas também me lembro de sempre o fazer sem desligar o cérebro. Procurei e procuro cada vez mais intensamente ter a humildade e a capacidade de me manter um observador o mais possível neutro dos fenómenos naturais. Sempre que o consigo, a natureza amiúde encarrega-se de me dizer que não se move pelas linhas rectas que em determinada altura, no início do meu processo de aprendizagem, me cheguei a convencer existirem por ouvir tantas proclamaçãos cheias de certezas.
Hoje, no apiário das Lusitanas a 600m de altitude, o rosmaninho está a desabrolhar. Como no ano passado, assim como nos anteriores, antes de 15 de abril as abelhas pouco ou nada tirarão dele.
No entanto as colónias, como habitualmente, estão à frente do rosmaninho. Nunca foi do pólen e do néctar do rosmaninho que elas dependeram para crescer. Sim de diversas flores subsidiárias presentes no campo já em fevereiro. À entrada de abril as colónias, formadas por 20 mil ou um pouco mais de indivíduos , estão a atingir a maturidade. Algumas iniciam os últimos preparativos para se reproduzirem, enxameando. Ora como este ano vou ter menos disponibilidade para fazer a prevenção da enxameação nos moldes em que a tenho feito em anos anteriores, decidi queimar algumas etapas e antecipar-me. Em termos práticos isto significa que estou a isolar desde já rainhas de colónias que têm 8 quadros com criação e 10 quadros com abelhas. Isolo a rainha-mãe com 2 a 3 quadros e abelhas retiradas da colónia-mãe. Coloco-os em núcleo. Os núcleos são deixados num outro local do mesmo apiário, e por esta razão sacudo mais um ou dois quadros de abelhas, contando que uma parte delas regressará à colónia-mãe.
Para lá da identificação de boas colónias para entregar a um outro cliente, da verificação do estádio sanitários de todas as colónias, da alimentação de algumas e colocação de sobreninhos sobre umas poucas, foi o maneio de isolamento de rainhas o que mais tempo me levou e, simultaneamente, o mais prazeroso. Encontrar uma rainha entre 20 mil indivíduos e em menos de 5 minutos é um jogo que gosto de jogar comigo mesmo. Evitar que estas rainhas e abelhas, nas quais despendi tempo e recursos nos meses de outono-inverno, enxameiem e vão para um canto qualquer nesta altura do ano e que, ao contrário, as mantenho nas minhas caixas é uma recompensa que muito me agrada. Hoje neste apiário procurei seis rainhas, encontrei 6 rainhas e vi muitas dezenas de milhar de abelhas a passarem-me diante dos olhos e… não me cansei. No final da tarde entreguei os enxames ao meu cliente. Trabalho feito por hoje.
1ª rainha.
No núcleo.
Juntei mais 2 quadros com abelhas suas filhas e sacudi umas quantas mais.
Deixei alimento.
Anotei.
5 dos 6 núcleos onde isolei as rainhas-mãe.
A 2ª rainha.
A 3ª rainha.
A 4ª rainha.
A 5ª rainha.
A 6ª rainha.
As 6 colónias orfanadas vão levar a cabo a criação de novas rainhas. Esta realidade não precisa de mim.
Uma das colónias orfanadas.
Com tanta mão de obra o que falta fazer será bem feito… assim estou convicto.
Hoje, a 900 m de altitude, entrei no apiário por volta das 13h30. A temperatura rondava os 11ºC, o vento era fraco e o sol ía aparecendo por detrás de algumas nuvens ocasionais. As colónias estão saudáveis e a crescer.
A 900 m de altitude, o meu apiário mais lindo e mais antigo, com 13 anos.
Os objectivos centrais desta inspecção eram dois: (i) alimentar as colónias com pasta de açúcar; (ii) identificar colónias fortes, com pelo menos 7 quadros com criação e 9 quadros bem cobertos de abelhas, para entregar amanhã a um dos meus clientes. Como habitualmente tirei umas fotos.
Uma das colónias seleccionadas para entregar ao meu cliente. Pronta para receber meia-alça ou um sobreninho.
Uma colónia representativa da maior parte das minhas colónias no que respeita ao comportamento. Abelhas agarradas ao quadro que quase não levantam voo quando as trabalho sem fumo e calmamente. A rainha saiu virgem da empresa apícola Vale do Rosmaninho. Foi fecundada em junho do ano passado num dos meus apiários.
Um pormenor a observar. Larvas bem alimentadas a nadar em geleia de operária.
Uma senhora rainha, esta criada e nascida nos meus apiários.
Nunca satisfeito com o pouco que sei, vou lendo… vou lendo literatura recente mas também alguma literatura apícola com um século ou mais. Em toda ela aprendo. Desta vez trago um excerto de um pequeno livro, publicado em 1909, com uma técnica que o autor, Henry Jones, advoga funcionar sempre e em qualquer lugar para fazer a prevenção e o controlo da enxameação. Nunca a experimentei, mas parece-me uma técnica credível e merecedora de um ensaio-piloto em algumas colónias. Correndo tudo normalmente, conto utilizá-la ainda este ano e fazer a avaliação dos resultados atingidos. Para já deixo a tradução em baixo.
“O que os apicultores de todo o mundo estão à espera é de um plano melhor, um método simples, seguro e confiável que evitará a enxameação em todos os momentos e em todas as circunstâncias. Existe, ou pode existir, alguma gestão, algum processo ou tratamento, que venha a preencher esses requisitos? A resposta esperada seria “Não”. Os bons e velhos métodos ortodoxos atraem fortemente a grande maioria dos apicultores, e parece difícil para eles se desvencilhar dos velhos métodos que têm a sanção da antiguidade. Os mitos, fábulas e superstições sobre as abelhas – herança de nossos ancestrais – ainda nos prendem com uma estranha persistência, e quase todos os avanços na apicultura tiveram que defrontar os caprichos, preconceitos e conservadorismo das massas. Nestes dias de progresso e descoberta é seguro negar alguma coisa? Muitos dos enigmas não resolvidos do passado estão sendo resolvidos hoje, e por que o enigma da enxameação deveria permanecer sem solução. Agora, irmãos apicultores, isso pode causar alguma surpresa e pode despertar em vocês algum cepticismo quando eu fizer a afirmação ampla e ousada de que posso esboçar um método de tratamento que irá curar a enxameação toda vez e todo o tempo. Ele funcionará onde as abelhas existirem, pois é baseado em um instinto da abelha que é infalível. O tratamento curará o “impulso de enxameação” se já adquirido, ou, se dado antes que as abelhas pensem em enxamear, impedirá a preparação do enxame. Ou é uma medida preventiva ou uma medida curativa, dependendo do momento do tratamento. Impedirá e impede absolutamente todos os enxames em todos os momentos e em todas as circunstâncias, apesar da velha lenda de que “as abelhas não fazem nada invariavelmente”. Não querendo sobrecarregar sua credulidade até o ponto de ruptura, nem desejando que você pense que essas linhas foram escritas com espírito de egoísmo, desistirei de quaisquer outras declarações preliminares e delinearei o plano que tenho seguido nos últimos quatro anos.
Capa do pequeno livro do qual obtive uma cópia on-line.
“Use todos os métodos bem conhecidos no início da primavera para fortalecer as colónias de abelhas antes que o fluxo de mel comece. Então, quando as colmeias estiverem cheias de abelhas e você tiver toda a força que quiser – todas as abelhas necessárias para fazer a colheita – vá a essas colónias poderosas, abra as colmeias e com a faca desoperculadora ou algum outro instrumento afiado desopercule toda a cria selada que você encontrar, exceto dois quadros da cria selada em cada colmeia que você vai deixar intacta. Os dois quadros de cria eclodindo manterão a força da colónia durante o fluxo de néctar. A qualquer momento após quinze dias faça um segundo tratamento, o mesmo que o primeiro, se você encontrar alguma colónia fazendo preparativos para enxamear. Este tratamento evitará toda enxameação e permitirá ao apicultor manter toda a sua força de operários reunida durante a colheita do mel. As abelhas imediatamente começam a retirar a cria decepada e a espalhá-la por toda parte, e em doze a vinte e quatro horas todo vestígio de cria sem cabeça será removido da colmeia. As abelhas irão polir os alvéolos das quais removeram a criação morta e a rainha começará a colocar ovos neles imediatamente, em vez de as abelhas os encherem com néctar, como seria de esperar. As abelhas começam a trabalhar imediatamente com todo o vigor e energia de um enxame primário, sem mais nenhuma tentativa de enxamear. É simplesmente maravilhoso como rapidamente uma colmeia cheia de abelhas prestes a fugir pode ser transformada numa equipa trabalhadora e enérgica.“
Bob Binnie tem as sua operação apícola na Geórgia, EUA. Já a minha pequena operação tem a sua base na Guarda, Portugal. Vários milhares de kms separam estes dois territórios. Decorrente desta variável inegável, seria de esperar que o que observo e o que faço fosse diferente daquilo que o Bob observa e faz, em especial se considerarmos os timings das operações e o facto de ele trabalhar com híbridos de cárnicas x caucásicas.
Muito pelo contrário… acho notável a semelhança nos timings e no fluxo de procedimentos de final do inverno/início da primavera que ambos utilizamos para abordar, entre outros aspectos, a multiplicação de colónias com recurso à técnica Doolittle, a equalização, a regra não mais de seis, a utilização do tabuleiro divisor, a forte preocupação com a prevenção da enxameação, o conhecimento do ritmo de crescimento das colónias e o planeamento do maneio à luz do ritmo de crescimento das colónias.
Ficam em baixo dois dos mais recentes vídeos que o Bob Binnie publicou e que, como habitualmente, prestam um enorme serviço à comunidade apícola por esse mundo fora.
No âmbito do curso apícola on-line organizado pela Macmel, no próximo dia 26, às 21h00, vou descrever o maneio que realizo de há uns anos para cá com a finalidade de prevenir e controlar a enxameação. Aproveito para agradecer publicamente o amável e honroso convite que o Francisco Rogão me dirigiu para participar.
Podem inscrever-se através deste link: https://formacaoapicultura.blogspot.com/2022/02/polen-propolis-e-controlo-de-enxameacao.html?fbclid=IwAR21-eMXMyz-bZCyCba2TkiunXADAi6DssLYCQ6E2ZOTbkryjXjU0HV6hZY
Se a prevenção da enxameação, como a concebo, tem como objectivo levar a colónia a sentir-se inacabada e desarrumada, e assim não produzir mestreiros de enxameação, o controlo da enxameação reúne o conjunto de procedimentos que impede a enxameação depois de iniciada a produção de mestreiros.
Deixo em baixo os grandes marcos do percurso da minha aprendizagem que me têm permitido perder muito poucos enxames quando estes, e apesar das medidas de prevenção da enxameação, evoluem na sua intenção de efectivamente enxamearem.
Quando vejo cálices reais com cera nova/clara nas suas paredes em geral faço a sua inspecção. Encontrando ovos parto do princípio que aquela colónia vai enxamear. Sabendo que os sinais inequívocos de enxameação são os mestreiros, isto é alvéolos reais com larvas assentes em quantidades generosas de geleia real, prefiro agir logo que presencie ovos em cálices reais.
1º marco) Distinguir enxameação reprodutiva de enxameação por congestionamento (ver aqui) e seus timings (ver aqui). Estou muito grato a dois enormes apicultores norte-americanos Walter Wright e Randy Oliver, Mestres virtuais com os quais tenho aprendido e evoluído.
2º marco) Definir e estar atento durante as inspecções regulares a um conjunto de bio-sensores habituais nas colónias que se preparam para enxamear (ver aqui, aqui e aqui).
3º marco) Conhecer, escolher e aplicar eficientemente as técnicas para fazer o controlo da enxameação. Neste momento tenho duas que utilizo preferencialmente. A opção por uma ou outra depende se pretendo fazer uma ou mais novas colónias (solução tipo 1, aqui e aqui) ou, pelo contrário, não pretendo aumentar o número de colónias (solução tipo 2, aqui e aqui).
4º marco) Reconhecer que a enxameação é muito mais determinada pelos factores abióticos e pelo maneio que pela genética (ver aqui e aqui) e percepcionar este fenómeno natural e necessário para a perpetuação da espécie de um outro ângulo (ver aqui).
A minha abordagem à prevenção da enxameação tem-se mostrado custo-efectiva. O que me mostram estes resultados? Coisas muito simples: que sou um apicultor realizado com o que alcancei nestes 13 anos, que não tendo inventado a roda soube compreendê-la e, com a mente aberta, observei os ciclos que os enxames cumprem ano após ano, ciclos estes que aprendi a interpretar, analisar e a aproveitar, sempre com muito trabalho e dedicação quer no campo quer na biblioteca. Com estes alicerces fui capaz de montar uma estratégia que me permite optimizar e rentabilizar os meus enxames.
Deixo a visão sintética e integrada dos principais marcos da minha abordagem e que foram sendo semeados por este blog. Estes marcos foram apropriados e aplicados por vários amigos, conhecidos e desconhecidos, que me vão testemunhando como lhes têm sido muito úteis.
1º marco) ritmo de crescimento de um enxame: com boas condições uma colónia cresce 1 a 2 quadros de abelhas por semana (modelo Langstroth e Lusitana) (ver mais aqui).
2º marco) quando a colónia atinge os 8 quadros com criação (ocupa 90% do ninho da colmeia/cavidade) inicia, por norma, a fase final do processo de enxameação, isto é, inicia a construção de mestreiros de enxameação (ver aqui, aqui e aqui).
3º marco) a preparação das colmeias armazém para onde vou drenando os quadros que resultam da conformação das colónias à regra “não mais de 6” (ver aqui e aqui).
4º marco) multiplicar enxames de forma simples e aproveitando harmoniosa e sincronamente os passos dados neste fluxo de actividades da prevenção da enxameação (ver aqui).