Ontem, numa manhã nublada, na companhia do Nuno Capela, prossegui o trabalho de observação sistemática, recolha de dados, registo, análise, reflexão e aprendizagem a partir das 5 colónias do apiário pedagógico de Coimbra e que tenho vindo a efectuar desde a primeira semana de abril.
Ficam algumas fotos que documentam as etapas deste processo.
Eduardo Gomes: serviços de formação presencial e on-line, consultoria presencial e on-line e apoio técnico em apiário (contactos: 935 251 670; jejgomes@gmail.com)
Território no fluxo de castanheiro e se espera a melada de carvalho:
Território onde o mel de rosmaninho está armazenado e se espera a melada de azinheira:
Eduardo Gomes: serviços de formação presencial e on-line, consultoria presencial e on-line e apoio técnico em apiário (contactos: 935 251 670; jejgomes@gmail.com)
De manhã foi tempo de apresentar os fundamentos e a proposta de intervenção. Foi também oportunidade de partilharmos questões, experiências, dilemas e pontos de vista sobre um conjunto de medicamentos e opções de tratamentos. Estes workshops são feitos para tod@s e por tod@s os presentes.
E foi das práticas críticas e incontornáveis, integradas num processo mais vasto de controlo efectivo da população de varroas, dos detalhes de sua aplicação, das potencialidades e limitações de cada uma delas, da interpretação correcta dos resultados recolhidos, da tomada de decisão à luz desses dados, das propostas para ultrapassar dilemas, da distinção entre o que é relevante e o que não o é, do fazer com rigor e precisão, das conversas partilhadas sobre experiências diversas, que se preencheram as cerca de 3 horas de campo nesta tarde de 15 de junho.
A minha gratidão à atenção, questionamentos, empenhamento e simpatia de tod@s presentes.
Em baixo fotos dos companheir@s desta tarde de 15 de junho… que também lembrarei com um carinho especial.
Ontem fiz a primeira visita técnica a 3 apiários do Miguel, situados no concelho de Pombal.
Acompanhado por ele e seu pai, o Sr. António, inspeccionámos as colmeias do apiário em baixo, parcialmente protegidos do sol pela sombra dos pinheiros.
Verificámos a postura de rainhas nos novos desdobramentos, organizámos os ninhos e verificámos a taxa de infestação por varroa.
O Miguel no ano passado teve uma mortalidade elevada, acima de 50% do efectivo, devido à varroose. Frequentou a segunda edição do workshop avançado Controlo da Varroose para evitar cair nos erros do passado e ficou consciente da rapidez com que a população de varroas cresce nesta época do ano, de forma invisível à observação simples, e da importância crítica de avaliar com técnicas confiáveis e interpretar devidamente os dados obtidos para tomar as melhores decisões.
No seguimento do workshop solicitou a minha colaboração para avaliar as taxas de infestação nos seus apiários e orientá-lo nas medidas a tomar. Ontem concretizámos a visita técnica.
Com cerca de 5% de infestação o Miguel tem nas suas colmeias uma população de cerca de 5 mil varroas nesta altura. No início de julho terá cerca de 10 mil. Esta população de varroas elevará a taxa de infestação em abelhas adultas a cerca de 15% (45 varroas em 300 abelhas), atendendo à dinâmica populacional das abelhas entre junho e julho.
Nota: “acima de 30 varroas por 300 abelhas, pode levar muito tempo a uma colónia recuperar da epidemia de vírus, mesmo com um tratamento eficaz contra a varroa.” (Randy’s Varroa Model v2023a)
Na semana passada levei a cabo a 4ª visita técnica aos dois apiários de um colega apicultor de Coimbra.
A primeira tarefa passou por recolher o pólen. A produção deste produto está a correr bem e a deixar o meu cliente muito satisfeito.
Para minha surpresa fomos encontrar uma colónia enxameada e uma outra prestes a enxamear. Na primeira fizemos um desdobramento com pelo menos uma rainha virgem, tendo assegurado que a colónia mãe ficava também com pelo menos outra rainha virgem. Na segunda fizemos outro desdobramento, desta feita com a rainha-mãe. Deixámos 3 mestreiros na colmeia mãe e utilizámos alguns para promover a resolução de um caso de uma colmeia top-bar zanganeira.
Avaliámos a taxa de infestação em abelhas adultas e fizemos o corte de criação de zângão para diminuir a população de varroas.
Se, nesta altura do ano, a taxa de infestação estiver nos 3% quando reduzimos a sua população em 15% com um corte da criação de zângão, na quinzena seguinte a taxa de infestação estará nos… 4%!!!
E vimos também o trabalho das novas rainhas, criadas naturalmente, nos desdobramentos feitos nas semanas anteriores. Bem nesse momento, brilharam os olhos do meu cliente e os meus também.
Eduardo Gomes: serviços de formação presencial e on-line, consultoria presencial e on-line e apoio técnico em apiário (contactos: 935 251 670; jejgomes@gmail.com)
De manhã foi tempo de apresentar os fundamentos e a proposta de intervenção. Foi também oportunidade de partilharmos questões, experiências, dilemas e pontos de vista sobre um conjunto de medicamentos e opções de tratamentos. Estes workshops são feitos para tod@s e por tod@s os presentes.
E foi das práticas críticas e incontornáveis, integradas num processo mais vasto de controlo efectivo da população de varroas, dos detalhes de sua aplicação, das potencialidades e limitações de cada uma delas, da interpretação correcta dos resultados recolhidos, da tomada de decisão à luz desses dados, das propostas para ultrapassar dilemas, da distinção entre o que é relevante e o que não o é, do fazer com rigor e precisão, das conversas partilhadas sobre experiências diversas, que se preencheram as cerca de 3 horas de campo nesta tarde de 25 de maio.
A minha gratidão à atenção, questionamentos, empenhamento e simpatia de tod@s presentes.
Em baixo fotos dos companheir@s desta tarde de 25 de maio… que também lembrarei com um carinho especial.
Para a quarta edição, em Coimbra e a 15 de junho, há uma vaga disponível.
Eduardo Gomes: serviços de formação presencial e on-line, consultoria presencial e on-line e apoio técnico em apiário (contactos: 935 251 670; jejgomes@gmail.com)
Ontem, desloquei-me até próximo de Marco de Canaveses, mais especificamente Vila Boa do Bispo, para fazer acompanhamento técnico nos apiários do Adriano.
Paisagem magníficamente verde, de carvalhos, castanheiros e eucaliptos, um território tipicamente multifloral, ali entre os rios Tâmega e Douro.
Apiários muito bem organizados, limpos e quase todos atrás de portões são a marca geral que observei .
O Adriano tem mais de duas centenas de colmeias distribuídas por mais de uma dezena de apiários, mas não tem na apicultura a sua actividade principal. Contudo como me disse, nos fins de semana a sua profissão é a apicultura.
O Adriano esteve na segunda edição do workshop avançado “Controlo da Varroose”, realizado no passado dia 11 de maio em Coimbra, e no fim do mesmo solicitou a minha visita aos seus apiários para o ajudar/aconselhar.
Passados uns dias marcámos o dia da visita. Disse-me que tinha ficado muito preocupado com o que tinha ouvido no workshop sobre a dinâmica da população de varroas. Baseado nesta “boa” preocupação pretendia fazer testes em diversos apiários e receber orientações com base nos dados concretos que fossem recolhidos. E foi isso mesmo que fizemos.
Nos diversos apiários visitados, encontradas as rainhas num conjunto de colmeias, testámos.
E voltámos a testar e a testar. O último tratamento, supostamente potente e eficaz, foi concluído no início de março. Ainda assim… os resultados das contagens de ontem foram relativamente surpreendentes. Como uma imagem vale muitas palavras…
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Há uns dias iniciei o acompanhamento técnico de 4 apiários que se situam em territórios em que o rosmaninho tem uma presença significativa.
Durante dois dias inspeccionei cada uma das cerca de 120 colónias assentes nesses 4 apiários. O apicultor que contratou os meus serviços tem tido, no último ano, problemas de saúde que o têm impedido de efectuar o acompanhamento das suas colónias com a frequência e atenção que deseja.
Neste quadro, fui encontrar inúmeras colónias com pequenas populações, consequência da enxameação primária e secundária e com os ninhos bastante bloqueados com néctar. Com os recursos que tinha disponíveis iniciei o processo de desbloqueio destes ninhos, para que as novas rainhas tivessem álveolos disponíveis para iniciar a postura.
Em algumas colónias que encontrei prestes a enxamear realizei o controlo da enxameação, deixando o apicultor com mais alguns núcleos, visto que estando a superar os entraves de saúde que o apoquentaram, pretende aumentar o seu efectivo apícola.
Mas, como nem tudo é cinzento, também encontrei colónias muito boas e a fazerem um trabalho excepcional. No final dos dois dias teremos deixado mais cerca de 30 meias alças sobre as colmeias. O rosmaninho nas imediações de um apiário estava acabado, mas nos três outros apiários estava ainda em fluxo. E depois do rosmaninho ainda prevejo um fluxo muito interessante das meladas de azinho e carvalho ali muito presentes, em especial numa propriedade com 300 ha de uma riqueza de flora melífera rara e onde o meu cliente tem 2 apiários.
Ficaram previstas futuras visitas técnicas, com uma periodicidade quinzenal, para ajudar este companheiro, apaixonado pelas suas abelhas, a erguer a sua operação apícola ao nível que almeja.
Vai correr bem caro companheiro, tudo faremos para que sim!
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Há uns dias fiz o acompanhamento técnico a três apiários do Dr. Carlos Antunes, situados num território de grande diversidade de arbustos e árvores melíferas, com relevo para as éricas.
Durante as cerca de 10h deste acompanhamento técnico, abrimos e fizemos a inspecção e maneio necessário às cerca de 80 colónias do seu efectivo actual.
O Carlos comunicou-me que desejava fazer alguns desdobramentos como medida de prevenção para suprir as perdas que possam vir a ocorrer por varroose ou outros motivos.
No primeiro apiário encontrei 3 colmeias enxameadas, ainda com muitas abelhas e várias rainhas virgens em cada uma delas. Foi a oportunidade para materializar o ensejo de aumentar o efectivo, maximizando os recursos disponíveis, de forma extremamente económica. Fiz 3 novas colónias, aproveitando essas rainhas virgens e abelhas, que de outro modo teriam ido para as árvores e arbustos vizinhos num dos dias seguintes. Neste mesmo apiário encontrei ainda duas colónias prestes a enxamear. Sem problema! Foi encontrar as rainhas mãe e transferi-las juntamente com uma boa quantidade de abelhas para dois núcleos.
No segundo apiário fiz mais um núcleo com uma rainha virgem e abelhas de uma colónia que tinha enxameado.
No terceiro apiário, num local deslumbrante a 900m de altitude, estavam estacionadas cerca de 60 colónias. Depois de ingerida a bucha, foi meter mãos à obra, neste território de vastas encostas, vales abertos e coberto de éricas. Que cores, que aromas, que vistas!
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