enxameação: saber o que fazer no terreno

Para saber o que fazer no terreno neste período de enxameação há que começar pelo “saber”. Como em todas as actividades, tenham elas um carácter mais profissional ou mais lúdico, o SABER qualifica o desempenho, abre caminhos, alavanca os resultados. Também na Apicultura assim é.

Esta introdução vem a propósito da capacitação que me é exigida, e bem, quando presto os meus serviços de apoio técnico no apiário, como aconteceu na passada sexta-feira e no passado sábado.

Na sexta-feira duas colónias, com sinais inequívocos de terem iniciado o processo de enxameação, originaram 7 com a utilização de uma intervenção de segunda linha. As fotos em baixo.

No sábado, logo pela manhã, cerca das 9h30, noutro apiário e com outro cliente, uma colónia originou 4, com utilização de uma intervenção de terceira linha. A foto em baixo.

Nas 5 horas seguintes, em dois outros apiários do mesmo cliente, fizemos mais 10 colónias, com utilização de uma intervenção de primeira linha. A foto em baixo, representativa de uma etapa do processo, com introdução de rainha da casa Macmel.

Se desejar qualificar-se, para intervir com SABER e COMPETÊNCIA, recorrendo a cada uma destas 3 linhas de intervenção quando as condições no terreno o exigem, tenho uma sessão por Zoom para o efeito, agendada para o próximo dia 25 de março, com início às 21h30, sobre a Prevenção, Controlo da Enxameação e Desdobramentos.

Os interessados devem contactar-me enviando e-mail para jejgomes@gmail.com

Para uma Apicultura Rentável e Qualificada!

com as botas (molhadas) no terreno

Ontem foi um dia longo, com cerca de 9h nos apiários. E no final o meu cliente e eu saímos do último apiário, já ao lusco fusco das 19h00, com aquele bom sentimento de trabalho bem feito e objectivos cumpridos.

As tarefas desta época enquadram-se num sistema amplo e circular de gestão de apiários que fui construíndo e aperfeiçoando ao longo dos anos, com a integração dos outputs/produtos, que decorrem de aplicação de uma determinada fase deste sistema, num circuíto harmonioso de novos processos que continuam os anteriores e que, por sua vez, geram novos outputs/produtos que serão integrados novamente neste sistema que evolui à semelhança de um círculo, ou melhor de uma espiral.

Para concretizar esta estratégia de maneio, ontem com as botas no terreno, fizemos o maneio de prevenção da enxameação que fornece a matéria prima à multiplicação das colónias, maneio integrado num processo devidamente planeado e faseado.

Resultado da aplicação deste sistema: ontem o meu cliente aumentou o seu património apícola em mais 8 enxames. Há cerca de 15 dias atrás o saldo positivo foi de mais 10 enxames. Neste apiário, onde estão a ser trabalhadas 20 colmeias, estas contribuíram em duas semanas para a quase duplicação do efectivo e, cereja no topo do bolo, tudo sem colocar em causa o potencial produtivo das colónias-mãe. Como não permitimos que a varroose matasse uma só colónia, a operação do meu cliente está a crescer de forma consolidada. O controlo da situação é nosso, não da varroa, não da enxameação!

Alguns detalhes em imagens:

Rápida observação dos núcleos formados há 15 dias, onde introduzimos álveolos reais do Eduardo Corte Real, criador de Cantanhede.
Tendo ficado no apiário das colónias-mãe estão bem povoados.
Nas colónias mãe o novo… ciclo
Estacionada para fazer um retoque na pintura
No ponto para corte
8 novas colónias prontas a sair para outro apiário
E depois de um telefonema desviámos até Cantanhede, onde o Eduardo Corte Real nos esperava para nos entregar mais um lote de alvéolos reais

Para os que desejarem aumentar o efectivo mantendo o potencial produtivo das colónias-mãe, prevenindo em simultâneo a enxameação, tenho um sistema integrado para apresentar, não meia-dúzia de ideias desgarradas. Vou estar disponível no próximo dia 25 de março, em sessão Zoom a iniciar às 21h30. Os que não querem perder centenas ou milhares de euros de potencial produtivo neste ano, que se adivinha ser ano de enxameação, podem solicitar a inscrição através do e-mail: jejgomes@gmail.com

Venha aprender com quem anda com as botas no terreno, a fazer uma apicultura serena, sem correrias atrás do prejuízo!

a qualidade e fidedignidade dos testes de infestação

A propósito desta foto:

A primeira medição foi feita pelo proprietário com recurso ao açúcar e a segunda foi feita com álcool, a 96%, na data da minha visita técnica.

As considerações que os resultados me induzem a fazer são:

  • o proprietário, baseado nos resultados do teste com açúcar, ficou convencido que não era necessário tratar nos meses mais próximos;
  • com base no resultados do teste com álcool, efectuados poucos dias depois, aconselhei-o a tratar com alguma urgência;
  • as taxas de infestação devem ser medidas regularmente, e com as técnicas mais fidedignas que dispomos;
  • como não é suficiente colocar os medicamentos nas colmeias e “virar costas”, também não é suficiente medir, é necessário aprender a medir correctamente.

Das minhas observações pessoais os testes com açúcar tendem a subestimar a taxa de infestação. Randy Oliver fez testes comparativos e os resultados são muito elucidativos.

Utilizando o açucar, apenas 2 em 10 dos testes (20%) fizeram cair 95% das varroas presentes nas amostras.
Utilizando o álcool a 91% de concentração, mais de 95 % dos testes realizados fizeram cair 95% das varroas presentes na amostra.

Este aspecto, as técnicas para recolher correctamente as amostras, interpretação dos resultados e sua transferência para o simulador do Randy Oliver do crescimento da populaçao de varroas, são alguns dos “pormaiores” que partilho nas minhas sessões de Zoom, com os clientes dos meus serviços técnicos e nas palestras presenciais em que sou convidado a palestrar. Orgulho-me de entregar conteúdos inovadores, práticos e efectivos. A re-inscrição acima de 90% dos formandos noutras sessões Zoom são a prova inquestionável.

Dado o contínuo interesse nas minhas sessões Zoom, em particular sobre o Controlo efectivo da Varroose, abro nova data para os que desejarem iniciar o percurso formativo que os levará a conhecerem o protocolo no no nível 3 e que estou a utilizar e testar com resultados surpreendentes.

Protocolo de tratamento inovador aplicado a 14 de fevereiro.

Os que desejarem entrar neste percurso formativo que, desde que devidamente aplicado nos apiários, contribuirá para pouparem centenas, milhares e dezenas de milhares de euros (dependendo da dimensão da operação apícola que possuem) podem entrar em contacto através do e-mail: jejgomes@gmail.com

um caso perdido para a varroa?

Começo pelas imagens, que são mais expressivas e claras do que qualquer afirmação que possa fazer.

Um quadro muito maltratado pela varroa e vírus que veícula e replica
A 18 de fevereiro deste ano, a taxa de infestação numa amostra de 300 abelhas desta colónia aproximava-se de 25%. Ontem apliquei-lhe um protocolo inovador de tratamento. É mais um teste que faço a este protocolo em condições extremas

Esta colónia é um caso perdido? Talvez, mas ainda não deitei a toalha ao chão.

Tratei-a com um protocolo inovador ontem. Tenho alguma esperança sustentada no que vi até agora acerca deste protocolo inovador. Mas não nego que o caso é muito difícil. Vamos ver como estará daqui a 15-20 dias.

Com a receita das tiras de oxálico com glicerina que aqui apresentei em tempos neste blog, para responder a pedidos de informação de vários apicultores, contribuí para salvar muitas colmeias no nosso país. Quantos milhares nunca saberei, mas disseram-me que a sul do país estas tiras estavam a ser muito utilizadas para substituir o amitraz, cuja aquisição nas botelhas verdes e outras era cada vez mais difícil e algum que se encontrava matava mais abelhas que a própria varroa.

A ver vamos quantas colónias este protocolo inovador salvará. Nos apiários dos meus clientes já começou a salvar.

Estou disponível para partilhar este protocolo. Pode entrar em contacto pelo e-mail: jejgomes@gmail.com onde lhe proporei 3 níveis de formação de alto nível e conteúdos inovadores para um Controlo efectivo da Varroose.

Por uma apicultura informada, fundamentada, eficaz e com muita, muita menos mortalidade de colónias por Varroose.

Ontem foi dia de muito trabalho em apiário e algum em laboratório.

Pickando… pequenas larvas de uma colónia incrível.

quando o amitraz começa a falhar, capítulo 2

Ontem, num apiário de Cernache de um cliente, entre a equalização de colónias e a produção de novas colónias, fui fazendo mais alguns testes de infestação em 300 abelhas adultas lavadas com álcool. Imbuído do sábio princípio de Peter Drucker que só CONTROLA quem mede.

(Não temos que inventar muita coisa na vida para sermos bem sucedidos, temos sobretudo de ser capazes de andar aos ombros de GIGANTES. E para andarmos aos ombros dos gigantes, temos de ler e ouvir o que eles nos disseram ou escreveram, temos de reflectir (pensar e tornar a pensar sobre o que lemos e ouvimos deles) e temos que fazer nosso, integrar nos nossos mapas cognitivos, o que era o sumo do pensamento e experiência desses GIGANTES. Muitas das vezes temos também de ligar pontos, até aí desligados ou com conexões pouco visíveis. E finalmente, se o desejarmos, estamos em condições de partilhar a apropriação que fizemos desse conhecimento, por nós re-elaborado, com a nossa família, com os amigos, com os clientes, enfim com quem quisermos e nos apetecer.)

E passados cerca de 8 semanas sobre o início do tratamento com tiras de um medicamento homologado com amitraz, os resultados não sendo catastróficos estão muito longe de serem os desejados. Relembro que os especialistas da FNOSAD estabeleceram que um tratamento para a varroose, seja ele do tipo que for, só é eficaz quando leva a taxa de infestação em abelhas adultas abaixo de 0,5%.

E, uma vez mais, um outro medicamento homologado e baseado no amitraz está muito longe de o conseguir, como se retira das medições que ontem realizei.

No outro lado do espectro, nas quatro colónias onde testei um tratamento inovador (que não tinham sido tratadas com o medicamento homologado), os resultados são muito diferentes, felizmente. Este tratamento foi aplicado a 5 de fevereiro.

Deixo os dados de 2 destas colónias em baixo. A taxa de infestação máxima que encontrei nestas 4 colónias foi de 0,3% após o tratamento, e replica os resultados de outros apiários onde o tenho testado.

Com as mais que prováveis mutações de genes nos ácaros varroa, que lhes conferem graus de resistência à molécula de amitraz, o tratamento com este princípio activo é cada vez mais imprevisível.

Saibamos nós andar aos ombros de GIGANTES, para encontrar as melhores soluções possíveis! Não queiramos também andar sempre e em qualquer circunstância à borla nesses ombros, saibamos dar valor ao trabalho que merece esse valor! Espero assim ter sido claro e evitar certo tipo de abordagens que me fazem, cada vez menos felizmente, do tipo “diz lá a receita”.

Fico ao Vosso dispor neste e-mail para para os que estão genuinamente interessados em valorizar o meu trabalho e ouvir o que tenho para dizer sobre este tema: jejgomes@gmail.com

quando o amitraz começa a falhar

Tenho recebido relatos de apicultores, sobretudo da zona sul do país, muito preocupados com a aparente falta de eficácia das pulverizações de abelhas com amitraz ou outras aplicações com o mesmo princípio activo.

Nesta publicação venho apresentar os dados mais recentes que possuo e que estou a recolher por via da testagem em abelhas adultas, de um medicamento homologado baseado no amitraz.

No apiário de um cliente e não em todas as colónias, em algumas apenas, a luta está a ser mais difícil e prolongada do que era usual ser. Após duas aplicações do medicamento, como recomenda o fabricante, encontramos taxas de infestação na ordem dos 5%.

Sabemos que um tratamentos eficaz, seja ele feito desta ou daquela forma, só “compra” o tempo desejável, se levar a taxa de infestação abaixo de 0,5%. Portanto estas duas aplicações deste medicamento deveriam ter tido uma eficácia 10x superior nestas colónias para “comprar” o tempo desejável até ao próximo tratamento.

O que se está a passar com este princípio activo? Muito provavelmente estamos a ser confrontados cada vez mais em Portugal, como em França e Espanha, com populações de varroas com graus diferentes de resistência e susceptibilidade ao amitraz. Aquilo que ontem era garantido, hoje é uma roleta russa — um pouco como na geopolítica actual!

Relembro esta publicação de 2023, porque esta reflexão não é nova no meu blog.

Após duas aplicações e na lavagem pós-tratamento de 300 abelhas com álcool caíram 15 varroas. Foi feita a terceira ronda e em dose reforçada.
Já convenci o meu cliente que tem de mudar para outras soluções.

Assim como terão mudar os apicultores norte-americanos que estão novamente a passar por um episódio de altíssimas taxas de mortalidade, como relatado neste webinar que tive o gosto de acompanhar no dia 28 de fevereiro.

Se deseja conhecer alternativas ao amitraz, testadas por mim e/ou em estudos controlados, pode entrar em contacto para o e-mail: jejgomes@gmail.com

Para uma apicultura mais informada, prazerosa e rentável!

sobre a minha profissão e um tratamento muito eficaz

Tenho actividade aberta nas Finanças nas áreas de consultoria, formação e apicultura. Estas são as minhas áreas profissionais. E como todos os profissionais é do exercício destas funções que obtenho os meus rendimentos. E orgulho-me de as desempenhar com elevado profissionalismo e inovação. Orgulho-me de entregar aos meus clientes um serviço do qual retiram retornos muito superiores ao investimento que fazem na aquisição dos mesmos.

Detenho informação vasta sobre a apicultura, em particular nas áreas da Varroose, Enxameação e V. velutina, e contínuo disponível para a ampliar, ora com leituras ora com a experiência, retirada de ter as botas no terreno, e da partilha com com os meus amigos e clientes.

Passei milhares de horas a informar-me e manter-me actualizado sobre o que de mais actual se estuda e investiga sobre as abelhas, num processo de auto-formação contínua. Passei tantas ou mais horas a trabalhar as minhas colónias e colónias dos meus clientes, sabendo bem o que é trabalhar longas horas no apiário, descodificando com bom nível de certeza os “mistérios da colmeia”, controlando com bom grau os seus fenómenos.

Mais recentemente tenho aproveitado as virtualidades que o Zoom permite para fazer chegar aos apicultores, no conforto de suas casas, este acumular de conhecimentos e experiências que fui adquirindo nos últimos 16 anos.

A resposta de um conjunto de apicultores à minha convocatória para ingressarem neste caminho de iluminação ultrapassou as minhas expectativas. Julgo que tal se deve a dois factores: 1) procura de informação fundamentada, válida e testada no terreno; 2) a confiabilidade de que sou, entre poucos, a pessoa certa para entregar a informação com as características enunciadas no ponto anterior.

Se os formandos das sessões Zoom que já ministrei se re-inscrevem noutras sessões numa taxa acima dos 90%, não pode haver melhor confirmação do que refiro em cima.

Por este respeito mútuo, do meu lado a exigência que coloco a mim mesmo para entregar um serviço com informação de qualidade e inovadora, pelo lado dos formandos por estarem disponíveis para valorizar o meu trabalho, disponibilizando-se a pagar este serviço profissional, comprometi-me a apresentar uma proposta de solução a este grupo de formandos, que esteve presente nas duas primeiras sessões que ministrei sobre o Controlo da Varroose, e que estão a passar por sérias dificuldades para controlar o ectoparasita Varroa destructor.

Para todos os que estejam interessados em fazer o mesmo percurso formativo, nesta lógica de respeito mútuo que apresentei no parágrafo anterior, fico ao dispor para receber os Vossos contactos por e-mail (jejgomes@gmail.com) ou através do Messenger.

Em baixo deixo algumas fotos bem reveladoras da eficácia elevada e rápida do tratamento acerca do qual disponho informação fundamentada e testada.

visita técnica a apiário: sobre a autonomia, a estética e abelhas supreendentes

A espaços tenho sido solicitado pelo Luís Martins, advogado de reconhecido mérito na sua área e com diversos livros publicados, para visitar o seu apiário.

A primeira visita ocorreu em finais de março do ano passado e teve um carácter generalista, desde o ensino e demonstração acerca de como efectuar correctamente o teste de infestação em abelhas adultas, passando pela realização de alguns desdobramentos e avaliação de enxames que tinha comprado na região de Setúbal a um apicultor conhecido, rearranjo dos ninhos com vista a uma melhor eficiência termodinâmica e um outro conjunto de pequenas tarefas.

Uma boa parte da nossa conversa incidiu sobre as técnicas de controlo da varroose e prevenção da enxameação, sabendo que tinham sido estas as áreas que tinham sido mais problemáticas nos anos anteriores, comprometendo sempre a colheita do precioso néctar.

Mais adiante, em meados de julho, solicitou novamente a minha comparência e desta vez o foco foi a cresta de mel, a primeira que fez desde o início da sua apicultura, fruto do bom trabalho que realizou nas duas vertentes essenciais: manter as colónias saudáveis e mantê-las a trabalhar nas suas colmeias seguindo as orientações que lhe deixei. Para além de ter aumentado o efectivo, crestou cerca de 100 kgs de mel.

Entre estas visitas e a minha recente visita, no passado dia 20 de fevereiro, fomos falando pontualmente para esclarecer algumas dúvidas que tinha e definir algumas linhas de acção a tomar.

E ao longo deste tempo, constatei que o Luís, com a sua enorme capacidade de assimilar informação e competências, se autonomizou num patamar mais alto enquanto apicultor. Este é aliás um dos objectivos primeiros das minhas visitas: transmitir informação fundamental e conhecimento prático, com a preocupação de dar a inteligibilidade e o pragmatismo em doses suficientes que permitam aos meus clientes tornarem-se rapidamente mais competentes e autónomos.

O Luís, nesta visita recente, surpreendeu-me com três aspectos da sua apicultura:

  • a autonomia que referi em cima;
  • a dimensão e preocupação estética que teve com a implantação do seu apiário num novo local;
  • a qualidade de uns poucos de enxames que adquiriu recentemente na zona de Tomar a um velho apicultor, que conto visitar em breve.

Entretanto fizemos uns desdobramentos (4), avaliámos a taxa de infestação em várias colónias — desde a minha primeira visita, em marco do ano passado, e até à data não lhe morreu nenhum enxame por varroose — e ainda trago na memória o quanto o Luís evoluiu como apicultor, a beleza do seu novo apiário e aquelas abelhas do velho apicultor de Tomar.

As fotos ilustrativas:

O Luís (à direita) o Quim Zé (à esquerda) e o apiário (vista parcial)
Num momento do processo de testagem da infestação por varroa
O Solar S. Jacinto, na freguesia de Cardigos

varroose: uma realidade discrepante

Ontem, em Coimbra, no apiário de um cliente recente dos meus serviços técnicos, estive a aplicar o plano B em colónias muito infestadas (o plano B não passa pela utilização desse princípio activo em que provavelmente estão a pensar!). E estou certo que irei salvar da morte, desta morte anunciada, todas as colónias deste apiário.

A razão desta situação, com as colónias com taxas actuais de infestação entre os 5% e os 12% não se deve a um atraso no início do tratamento. O tratamento está a ser efectuado com um medicamento homologado de libertação lenta, e as colónias apresentavam taxas de infestação entre os 2-3% a 9 de janeiro, quando ele foi iniciado.

Caíram 35 varroas de 300 abelhas numa das colónias mais infestadas, cerca de 30 dias depois de iniciado o tratamento.
Nesta colónia, a fervilhar de abelhas

Num outro apiário do mesmo cliente, tratadas com o mesmo medicamento e com início também a 9 de janeiro, as taxas que medi no passado dia 5 de fevereiro não podiam ser mais contrastantes.

Fase do processo de lavagem em álcool de 300 abelhas no segundo apiário
Neste segundo apiário as taxas de infestação situam-se entre os 0% e 0,6%, em 5 de fevereiro, apenas 8 dias antes do teste realizado no apiário muito mais infestado

O mesmo medicamento, as mesmas doses, iniciado na mesma data nos dois apiários e com eficácia tão diferente entre apiários do mesmo concelho, Coimbra. Quais as razões? quais os factores determinantes do sucesso e insucesso?

Nas sessões Zoom que estou a ministrar sobre o controlo efectivo da Varroose, os inscritos irão ouvir a explicação que tenho para esta realidade discrepante.

Próxima sessão com inscrições abertas: dia 25 de fevereiro, às 21h30. Os interessados em inscrever-se contactem para o e-mail: jejgomes@gmail.com

Para uma apicultura mais informada!