controlo da enxameação: uma abordagem

O controlo da enxameação, por definição, são todas as medidas empreendidas pelo apicultor para evitar a mesma a partir do momento em que encontra mestreiros de enxameação nas suas colónias. Mestreiros são todas as células reais onde já se encontra em desenvolvimento uma larva ou pupa. A prevenção da enxameação, por definição, são todas as medidas empreendidas pelo apicultor para evitar o surgimento dos ditos mestreiros, isto é, evitar que a colónia entre em modo de enxameação.

Ainda que o comportamento de enxameação tenha uma componente hereditária, há anos em que ele é mais elevado que noutros. Parece, portanto que o factor hereditário/genético não explica tudo e que factores ambientais, ou de contexto, devem ser considerados. Mais, o melhoramento perseguido pela selecção de linhas menos enxameadoras tem sido lento e com resultados menos consistentes. O comportamento de enxameação parece ser um traço com baixa heritabilidade. Para alguns especialistas anda na ordem dos 0,20-0,30, numa escala entre 0 e 1.

Uma das abordagens que utilizo com regularidade passa por assinalar, sempre que o observo, sinais da possível preparação da colónia para enxamear: backfilling, taças/cálices reais em grande número, cálices reais com ovos e presença de mestreiros. Este trabalho inspectivo decorre normalmente e integrado no trabalho mais abrangente de “abertura” dos ninhos, equalização, palmerização, avaliação da qualidade da postura da rainha, selecção de colónias para fornecer a clientes, avaliação da eficácia da luta contra a varroose, avaliação do estado de saúde da criação, e outros que realizo no período pré-enxameatório.

Encontrada uma colónia com sinais inequívocos de pretensão de enxamear, entre outras abordagens, a que utilizo mais frequentemente é a divisão da mesma.

No local, sempre que possível, fica uma divisão orfanada.

A rainha, depois de encontrada (tarefa que não deve ultrapassar os 4 a 6 min.) é colocada numa outra divisão com menos abelhas e levada para outro apiário.

O número de divisões/desdobramentos depende da força/população do enxame inicial e da população que desejamos fornecer a cada um dos desdobramentos.

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