hora de dar espaço de armazenamento: a 900 m de altitude

Ontem, 25 de maio, percorridos os 150 km que me separam de Coimbra dos apiários na Beira Alta, cheguei ao local onde decidi iniciar o maneio esta semana. Dirigi-me ao único apiário que tenho, neste momento, a 900 m de altitude. Cheguei por volta da 14.30h e por lá andei até às 19.00h. Depois da última visita, a 18 de maio (ver aqui), data em que coloquei as primeiras meia-alças sobre as colmeias direccionadas para a produção de mel (este ano direccionei a maior parte das colónias para a produção de enxames), verifiquei que uma boa parte delas estava já a “pedir” outra meia-alça. Com a marcavala no auge, com boas temperaturas (entre os 23-28ºC), com a varroa controlada de forma muito decente, com boas populações de abelhas e com rainhas em “andamentos altos”, tudo se conjuga para uma armazenagem rápida e muito satisfatória. Para este resultado contribui também o facto de estar a fornecer meias-alças com ceras puxadas às colmeias.

A marcavala (Echium lusitanicum), uma “vaca leiteira” nas palavras do meu grande Mestre, o meu pai, com quem comecei a visitar as abelhas, teria eu 7-8 anos.
Algumas das meias-alças que coloquei ontem.
Colónia no ninho e na qual coloquei a primeira meia-alça.
Colónia com a primeira meia-alça, colocada na visita anterior a 18.05.
Uma das meia-alças colocada a 18.05 e já com uma quantidade bastante apreciável de néctar. Verifiquei também a total ausência de criação nas primeiras meias-alças.
Esta foto serve para ilustrar como a combinação de quadros desbloqueados no ninh0 (modelos Langstroth e Lusitana) e fluxos intensos, que rapidamente ocupam as meias-alças, tendem a manter as rainhas, mesmo as mais prolíficas, no local desejado, o ninho.
A segunda meia-alça, para além de aumentar a capacidade de armazenagem da colónia, contribuindo para ninhos pouco bloqueados, facilita também o trabalho das abelhas na desidratação do néctar.
Inclusive colónias orientadas para a produção de enxames, com ninho e sobreninho, são utilizadas em simultâneo para a produção de mel em casos que o justificam.
Colmeia lusitana com ninho+sobreninho+meia alça/alça.

olá vera prima: a 900 m de altitude

Finalmente a primavera parece ter chegado aqui, ao lado norte da Serra da Estrela! No apiário que tenho a 900 m de altitude vejo, pela primeira vez neste ano atípico, que ao sacudir abelhas dos quadros para além das abelhas também cai néctar recente. Até aqui tem sido necessário suplementar com pasta. Estou certo que, caso o não tivesse feito regularmente, teria uma mortalidade por fome entre 90-95% das colónias. Consegui “aguentar o barco” e a mortalidade foi um redondo zero.

A primeira floração significativa, que dá néctar às abelhas e ao apicultor, neste apiário, o meu pai ensinou-me a chamar-lhe marcavala: uma “vaca leiteira” para as abelhas, nas suas palavras.

A marcavala hoje: excelente planta nectarífera, que dá um néctar muito claro, e que exsuda geralmente durante cerca de 3 a 4 semanas, entre o início e final de maio. Este ano começou a exsudar mais de 15 dias mais tarde.
Abelha libando na flor da marcavala (hoje).

Entre outras tarefas do dia de hoje, coloquei as primeiras meias-alças sobre uma série de colónias que estou a dedicar de corpo inteiro à produção de mel. Como de há vários anos para cá, prefiro que as primeiras meias-alças sejam com quadros com cera puxada. Verifico que as abelhas reconhecem mais rapidamente esse espaço como seu, e tendem a assenhorar-se dele logo nas horas seguintes.

Quadros de meia-alça com cera puxada, meio caminho andado para uma boa produção.
Com mais de 5 mil abelhas para nascer nos próximos dias em cada quadro como o da figura, estou optimista. Mas… só depois do mel estar nos potes/bidões se fazem contas certas.
Algumas das colmeias que receberam hoje a primeira meia-alça.

A terminar uma imagem do meu companheiro habitual dos últimos 5 anos. Há coisas que valem bem o “dinheirão” que se dá por elas, e este fato é um exemplo disso.

maneio a 900m de altitude

No meu apiário a 900 m de altitude, em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, aproveitei o passado dia 22.04 com boas temperaturas máximas, a rondar os 17ºC, para transferir algumas colónias das caixas-núcleo, onde foram criadas, para colmeias onde continuarão o seu desenvolvimento.

Núcleo com 5 quadros já bem cobertos de abelhas e com 4 quadros com criação.
Nova casa para que a família se expanda.

Hoje, 26.04, e depois consultada e analisada a previsão meteorológica do IPMA para a semana que se inicia, e face à promessa de temperaturas máximas baixas (entre 10ºC e 12ºC), vários dias com chuva e aguaceiros, entendi ir ver como estavam de reservas. E a grande maioria estava no “osso”. Não as alimentasse hoje e no fim desta semana uma boa parte das colónias estaria morta (alimentei cerca de 80% das colónias).

Colónia com as abelhas a cobrir os 10 quadros e com 7 quadros com criação… e muito seca.
Saco anteriormente colocado e igualmente seco. Interessante constatar a água condensada no plástico. Boa parte desta humidade resulta da respiração de cada uma das cerca de 20 mil abelhas desta colónia. Esta, entre outras, é uma das razões que me leva preferir a pasta… absorve boa parte desta humidade.
Cerca 1,25 kgs de pasta que deverá chegar até à próxima sexta-feira, dia em que se prevê uma máxima a rondar os 14ºC e algum sol.
A marcavala, à espera de dias mais quentes, e que muito em breve estará a alimentar as minhas abelhitas.

mudam-se os tempos…

Nos últimos dois anos passei de 13 apiários para três. Esta evolução/involução do meu contexto está a modificar as minhas opções quanto aos desdobramentos/divisões. Se antes, e para evitar a drenagem de abelhas campeiras, optava por levar a(s) caixa(s) com a rainha e/ou órfãs para outro apiário, actualmente estou a deixar a caixa com a rainha e a segunda ou até a terceira caixa, resultantes das divisões, no mesmo apiário.

Colónias armazém com ninho e sobreninho são divididas em 4. Num núcleo coloco a rainha sempre que a encontro (cerca de 95% das vezes).
Podes esconder-te mas não podes fugir!
O quadro onde encontro a rainha é colocado num núcleo juntamente com mais um quadro ou dois, com mais alguma criação operculada e reservas.
Núcleo com quadro com rainha e um ou dois quadros com criação operculada/reservas e mais dois ou três quadros com cera laminada.
Núcleo com alimento suplementar não vá o diabo tecê-las, até porque vai perder campeiras durante os próximos dois ou três dias!
Neste momento estou a colocar o núcleo com a rainha em cima da colmeia mãe com a entrada orientada no sentido inverso ao da entrada da colmeia (num post futuro conto explicar a razão para aqueles que ainda a não descortinaram).
Ninho de uma colmeia armazém depois de desdobrada.
Para além do núcleo onde coloquei a rainha e para além do ninho ilustrado em cima, dividi ainda esta colónia para estas duas caixas.
Porque razão haveria de trocar uma rainha com esta prova da sua qualidade, eliminando-a, por uma nova rainha sem provas nenhumas da sua qualidade?

Novos tempos… novas opções!

detalhes…

Ilustro, com as fotos em baixo, alguns detalhes observados nestes últimos dias de trabalho nos apiários.

Rosmaninho praticamente só com a espiga e sem flores. Com fluxo lento de néctar as colónias não entram em modo de armazenamento e o modo de enxameação contagia um número mais elevado .
Pela dimensão do buraco este mestreiro foi provavelmente roído pelas abelhas.
Abelha a emergir do alvéolo.

Cálice real à esquerda a evoluir para mestreiro, com larva e geleia real depositados no fundo.
Quando soldo a cera a tocar no travessão inferior do quadro, as abelhas aproveitam com frequência as três ou quatro filas de alvéolos junto a esse travessão para fazerem criação de zângão. Acredito que tal se deve ao facto das temperaturas oscilarem mais nessa zona do quadro. Está estabelecido que a criação de zângão tolera melhor essas oscilações que a criação de obreira.
Cada vez acontece menos, mas ainda vai aparecendo um ou outro.
Ferramentas que utilizo para, logo ali, solucionar este contratempo.
Resolvido, porque um quadro destes não se desperdiça, é colocado na colmeia.
Para o evitar, os quadros comprados nos últimos anos vêm com aquele agrafo lateral.

trabalho de oficina

Com o dia enevoado, frio e chuvoso aproveitei para soldar umas ceras laminadas, que planeio utilizar em desdobramentos a efectuar nos dias mais próximos.

O incrustador, que tem durado mais que as pilhas duracell, e o carretel de arame inox.
A cera, rígida, e por essa razão é necessário muito cuidado para não a quebrar logo ali no momento de a tirar para a colocar no quadro.
Lâmina de cera pronta a soldar.
Um dos detalhes que mais me importa ver nos quadros.
Qual é a pressa?… com tranquilidade preparei 12 caixas com quadros para os próximos dias.
Aproveitei para arrumar algumas coisas e, sem as procurar, vieram parar-me às mãos estas gaiolas de rainhas encomendadas a 4 criadores diferentes.
Algum do material armazenado na oficina, pré-preparado para ir para o campo nas duas próximas semanas.

4 dias depois, as saudades que eu já tinha das minhas abelhas

Neste post referi que a 14.04 encontrei 4 colmeias com sinais de enxameação. Em três delas encontrei alguns cálices reais com ovos e numa mestreiros abertos com larvas. Logo nesse dia realizei um conjunto de procedimentos tendo em conta os materiais que tinha à disposição e os meus objectivos para este ano, mais focados na duplicação de enxames e na verificação/confirmação da efectividade de algumas técnicas para adiar ou mesmo impedir a enxameação reprodutiva. Passo a descrever os procedimentos e no final os resultados alcançados.

Uma das colmeias em que encontrei cálices reais com ovos. O que fiz foi retirar 3 quadros com criação e nos espaços vazios intercalei 3 quadros com ceras laminadas (a pensar no checkerboarding de Walt Wright).
A aplicação do mesmo procedimento numa outra colónia.
Quadro com cera laminada que foi introduzido num dos espaços livre criado.
Anotação no tecto do estado da colmeia (a data errada revela bem que o calendário nem sempre está de acordo comigo).

Hoje, 18.04, passados 4 dias voltei ao apiário, para durante 5 horas realizar diversos procedimentos, entre os quais verificar se estas 4 colónias, identificadas 4 dias antes com ânimo para enxamearem, viram os seus ímpetos cerceados pelos procedimentos acima descritos. Nas três colmeias que tinham cálices reais com ovos o procedimento foi eficaz, por enquanto. Atentamente inspeccionadas nenhuma delas apresentava cálices reais com ovos ou mesmo mestreiros. As três rainhas destas colónias iniciaram postura nesses quadros.

Localizada a “walli”! Rainha muito calma, que pousou para a foto (com as luvas de apicultor levo em regra 30 a 50 segundos a tirar uma foto). Pelo seu comportamento esta rainha tem pelo menos 2 anos. Se, contudo, tivesse que apostar dinheiro, e porque andou calmamente por “ali”, dava-lhe três anos.
Este é um dos seus quadros de postura. Há rainhas que me lembram o que se diz acerca do vinho do Porto.

Na colmeia que 4 dias antes apresentava mestreiros abertos com larvas (não mestreiros rotos) a técnica não resultou. Hoje fui encontrar mais mestreiros abertos com larva. Encontrada a rainha dividi/desdobrei esta colónia. Num post próximo conto descrever o procedimento mais detalhadamente.

Conclusão temporária: O número de casos aqui descritos é demasiado pequeno para me atrever a tirar conclusões mais sólidas, contudo os sinais motivam-me a continuar a utilizar esta técnica, desde que os sinais de pré-enxameação não tenham evoluído já para o estádio mestreiros abertos com larva. No estádio cálices com ovos pretendo continuar a utilizar este procedimento para o avaliar melhor, sempre que o equipamento necessário esteja às mãos e o objectivo seja atrasar ou evitar a enxameação.

Uma nota final para referir que outra da tarefas de hoje foi passar colónias de núcleos para colmeias. Estas colónias resultam de desdobramentos mais tardios do ano passado (realizados em meados de junho) e que passaram o outono/inverno em caixas de 5 quadros. Em baixo fica espelhado o padrão de postura destas rainhas de emergência.

Pobres rainhas de emergência!

prevenção da enxameação: a tarefa das últimas 3 semanas

A prevenção da enxameação descreve os passos dados para impedir uma colónia de “pensar” em enxamear, isto é, iniciar a construção de mestreiros de enxameação. (ver mais aqui o que podemos fazer ).

Ao contrário do que alguns possam pensar, a prevenção da enxameação é uma das principais tarefas a que muitos apicultores por esse mundo fora se dedicam no início da primavera (época com forte entrada de pólen nas colónias). Tenho para mim que a enxameação não é tanto uma questão genética, é mais uma questão de condições ambientais cruzadas com aspectos demográficos da colónia. Leio referências abundantes a estas medidas de prevenção de enxameação em apicultores que têm abelhas da Austrália a França, passando pelos EUA e Reino Unido. Estes apicultores que lidam com diversas linhagens de abelhas, referem frequentemente e detalhadamente os métodos e técnicas que utilizam para prevenir e, se necessário for, controlar a enxameação.

No meu caso, privilegio como regra de acção regular o grau de expansão da criação no ninho. Para o conseguir reduzo sempre que necessário o número de quadros com criação a 6 e em simultâneo inicio a criação de colmeias armazém de quadros com criação (modelos Langstroth e Lusitana), colmeias com ninho e sobreninho que recebem, desde que apresentem força para isso, os quadros retirados de colónias com mais de 6 ou 7 quadros com criação. Em baixo apresento um pequeno fotofilme que ilustra estes procedimentos e o seu gradualismo ao longo destas três últimas semanas.

Identificação de uma colónia forte o suficiente para “aguentar” o sobreninho. Colónia em regra com 7 a 8 quadros de criação e 9 a 10 quadros bem ocupados por abelhas.
Colónia armazém que recebeu os primeiros quadros com criação de uma outra colónia (1 ou 2 quadros no máximo) no dia 10 de março.
Colocação do 1º quadro com criação no sobreninho. Se colocar demasiados quadros com criação no sobreninho, e nesta época do ano (março), arrisco-me a que as abelhas não sejam suficientes para aquecer este número suplementar de criação, em especial nas noites com temperaturas abaixo do 5ºC.
Hoje (02.04.2020), os sobreninhos estão em geral com este aspecto. Entre a situação acima ilustrada (10.03.2020) e esta actual, estes sobreninhos foram reforçados com mais dois ou mesmo três quadros com criação no passado dia 21 de março.
Colónia, inicialmente com 7 quadros com criação, que ficou conformada à regra não mais que 6.
Tiro um quadro com criação neste tipo de colónias, escolhendo um quadro com criação operculada e prestes a emergir…
… e coloco um quadro com cera laminada de qualidade na periferia da zona de criação.
O quadro com criação é colocado na colónia armazém (acção realizada hoje dia 02.04.2020).

Ao dia de hoje, e neste apiário com 48 colónias do modelo Langstroth, estão 14 colónias armazém, e 34 colónias só com ninho. Em nenhuma delas, após inspecção atenta aos ninhos, vi sinais de enxameação.

Bom trabalho, protejam-se e muita saúde!

recuperação de uma colónia orfã/zanganeira

No dia de hoje, entre a selecção e preparação de 12 colmeias langstroth para entregar a um cliente nos próximos dias, alimentação de algumas colónias, reajustamento das tiras de apivar em 67 delas, preparação das colónias com sobreninho para a colocação da grelha excluidora de rainhas nos próximos dias, expansão do ninhos, ainda sobrou um pouco de tempo para iniciar a acção de recuperação de uma colónia que ficou orfã/zanganeira durante o inverno. Entre diversas formas de proceder para concretizar esta recuperação ganhei um gosto especial por esta que descrevo em baixo, pela sua simplicidade e eficiência, não por ser a melhor. Também nesta situação, como em quase todas as outras que me vão surgindo no dia-a-dia da apicultura, tenho a convicção que dificilmente encontrarei uma forma de agir que eu possa designar “a melhor…”, … fico até arrepiado quando ouço um apicultor dizer que esta ou aquela forma de fazer é “a melhor forma de…”.

Colónia que foi identificada como estando orfã/zanganeira há cerca de dois meses atrás. Merece o meu esforço de a apoiar a ultrapassar esta disfunção pelo elevado número de abelhas que apresenta.
Quadro com criação predominantemente operculada que esta colónia orfã recebeu. Este quadro oferece a esta colónia abelhas jovens e ajuda a equilibrar etariamente a sua população. Este procedimento será repetido uma vez mais esta semana, dentro de 3 a 4 dias. Na próxima semana o procedimento será repetido uma a duas vezes mais. Posteriormente será introduzida uma rainha virgem ou será permitido que a colónia crie a sua rainha.
Colónia doadora que tinha sete quadros com criação e que ficou conformada à regra “não mais que 6“.

para que não morram na praia

Com a menor taxa de mortalidade de inverno desde que me dediquei em exclusividade à apicultura (2,7% de colónias mortas ou disfuncionais até à data), não posso esquecer que os perigos do final de inverno estão mais do que nunca presentes nos meus apiários neste final de fevereiro—entrada de março, e de um momento para o outro podem fazer subir a taxa de mortalidade para percentagens acima dos 30%. A descrição do principal perigo nestas datas é fácil de compreender e felizmente a solução está ao meu alcance, como ao alcance de todos julgo eu.

Como já referi a entrada generosa de pólen, assim como a varroose devidamente controlada, são os gatilhos indispensáveis para que o turnover de abelhas de inverno para abelhas de verão se faça a um bom ritmo nos meses de fevereiro e março, nos meus apiários.
Nesta altura uma parte importante das minhas colónias apresenta quadros com criação operculada semelhantes aos que vemos em cima. Da criação operculada às abelhas emergidas (nascidas) vai pouco mais que uma semana e meia. As abelhas emergidas de cada um destes quadros serão as suficientes para cobrirem um novo quadro (são necessárias cerca de 2 mil abelhas para cobrirem um quadro langstroth).
O consumo energético das colónias neste período de intensa expansão aumenta de forma muito significativa quando comparado com o período anterior de dormência (entre novembro e janeiro nas minha zona). Há apicultores que afirmam que por cada quadro com criação é gasto um quadro com mel.
Na semana passada esta colónia tinha 4 quadros com criação operculada (reparar na posição das tiras acaricidas).
A mesma colmeia, esta semana apresenta 5 quadros com criação operculada (ver ajustamento que fiz das tiras acaricidas).
As reservas de mel vão sendo consumidas a bom ritmo…
… assim como o alimento suplementar fornecido em forma de pasta/fondant.
Sabendo por experiência que 1 Kg de fondant pode ser consumido em menos que meia-dúzia de dias numa colónia em franca expansão, e havendo previsões de tempo muito chuvoso na próxima semana para esta zona, a minha decisão foi jogar pelo seguro, suplementando com 2,5 kgs de fondant. Não me perguntem como o aprendi, mas há uns anos atrás concluí que entre finais de fevereiro e meados de abril, e no que diz respeito a suplementação de hidratos de carbono, mais vale “pecar” por excesso que por defeito.

Fica explicitado o perigo e apresentada a solução que encontrei para evitar sentir o sabor amargo de ver uma bela colónia de abelhas a morrer na praia. Que enorme desperdício quando tal acontece! E tão evitável!