varroose: aplicação de medidas mecânicas nas colónias

No passado sábado, num dos apiários de um cliente dos meus serviços de apoio técnico, a tarefa principal passou por preparar as colmeias para a produção de novos enxames, ao longo de 2,5 meses, mantendo as colónias doadoras/mãe com o seu potencial produtivo intacto. Foi também o dia de corte de criação de zângão.

Na hora do haraquiri… é por uma causa nobre
Quadro de criação intensiva de zângãos, muito muito low tech
O apicultor, high tech, com o quadro low tech
Lusitana profundo
Em casa a medição… um redondo zero

Ainda que a estratégia esteja sustentada na abordagem química (orgânicos + sintéticos) —como poderia ser de outra forma? lanço mão do que sei ser mais eficaz e exequível que encontro na estratégia mecânica/biotécnica, para que a mortalidade por varroa, que nos últimos 12 meses foi outro zero, se mantenha assim nos próximos 12 meses.

Nota: para os seguidores do blogue, abri um novo tema nas sessões Zoom: “Criação de rainhas por métodos orgânicos”. Os interessados entrem em contacto para o e-mail jejgomes@gmail.com

Ao Vosso dispor. Por uma apicultura informada!

testagem na cria: o diabo está nos detalhes

No passado dia 30 de janeiro, acompanhei o Marcelo Murta ao seu apiário onde, entre outras tarefas, recolhi um pedaço de favo com criação de obreira operculada para efectuar uma monitorização da infestação por varroa na fase de reprodução, conhecido por teste na cria.

Na semana anterior, o Marcelo, tinha feito a avaliação da taxa de infestação em abelhas adultas com os procedimentos habituais. A colónia com a taxa mais alta de infestação que encontrou com esta testagem foi uma que nas 300 abelhas lavadas apresentou 4 varroas, o que corresponde a uma infestação de 1,3%.

Foi nesta colónia que recolhi o favo com 98 pupas de obreira, que apresento em baixo.

Feita a avaliação de acordo com o protocolo da FNOSAD (federação nacional francesa das organizações sanitárias departamentais) encontrei uma pupa infestada, portanto 1% de infestação na cria.

Surpreendeu-me a infestação na cria não ser 3 a 4 vezes superior comparada com a infestação nas abelhas adultas, mas a introdução dos dados no simulador de varroa do Randy Oliver depressa me esclareceu que o estranho seria ter obtido 3-4% de infestação na cria nas condições actuais das colónias neste apiário.

Este, é apenas um detalhe que abordo nas sessões que estou a orientar pelo Zoom. Na sessão do dia 18 de fevereiro, às 21h30, tenho duas vagas disponíveis por agora. Caso esteja interessado pode enviar e-mail para jejgomes@gmail.com

abelhas resistentes em Coimbra: resultados intermédios de uma experiência

O Nuno Capela, investigador no Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, iniciou o ano passado um teste com vista a verificar a resistência natural ao ácaro Varroa num conjunto de 40 colónias de abelhas ibéricas.

Este teste está integrado numa linha de investigação internacional, com o objectivo de aplicar e testar protocolos simples e muito orgânicos de identificação de colónias resistentes e sua futura multiplicação. A inspiração deste protocolo tem raízes no trabalho de John Kefuss e no célebre lema “live and let die”, ou seja “não faças nada e espera para ver o que acontece”.

Em Fevereiro falámos e o Nuno colocou-me ao corrente do que desejava fazer e solicitou a minha orientação e guidelines para planear os desdobramentos. Colaborei com ele na planificação e linha temporal dos procedimentos a realizar com vista a passar das 20 colónias mãe que estavam disponíveis em março, para 80 até meados/finais de abril. Uma condição importante que tinha de ser respeitada era que as novas rainhas fossem criadas pelas colónias-mãe num estado de orfanação e de forma completamente orgânica, com um nível de intervenção mínimo. Indiquei-lhe os detalhes a respeitar para operacionalizar e concretizar estes objectivos e, ao mesmo tempo, conseguir produzir rainhas de qualidade neste contexto.

Em maio o objectivo tinha sido alcançados a um nível muito aceitável. Tínhamos cerca de 70 colónias filhas funcionais, 20 com as rainhas mãe originais e cerca de 50 com rainhas novas de boa qualidade. Destas, 40 foram integradas no projecto resistência e, desde essa altura, deixaram de ser tratadas contra a varroa.

Em setembro começam a surgir os primeiros colapsos neste grupo de 40. Em outubro, novembro e dezembro as colónias continuam a “cair”, consequência da varroa e viroses associadas.

No final do ano, das 40 inicias, 4 colónias estavam vivas. Na passada sexta-feira o Nuno e eu fomos ver essas e outras colónias do apiário experimental de Coimbra) e encontrámos 2 vivas. Uma com cerca de 5 a 6 quadros de abelhas e outra, que me deixou muito admirado, com 9 a 10 quadros de abelhas. Dadas as pobres condições metereológicas, não fizemos a revisão que gostaríamos a estas duas colónias, que foi adiada para uma próxima visita.

Neste momento temos duas sobreviventes, que poderão vir a ser mães de algumas dezenas de colmeias este ano. Temos uma certeza: este será o primeiro passo de uma caminhada muito interessante, atinja-se algo mais ou não, a caminhada por si já é muito estimulante. Mais, sabendo e estando apoiados num estudo recente que concluiu que os traços de resistência são herdados do lado materno, e que se conseguem melhorias significativas em duas ou três gerações, seguramente não perderemos a ilusão.

O Nuno a tirar notas para o telemóvel e com a colónia resistente dos 10 quadros de abelhas.
A colónia resistente com cerca de 9 a 10 quadros com abelhas.

As fotos em baixo, tiradas na sexta-feira, são de uma das duas colónias que colapsou nestes últimos dias. O cenário habitual, que muito nos custa observar, com a excepção de que desta vez estas vítimas poderão contribuir para algo maior e melhor.

abrindo caminhos

Hoje, com o Nuno Capela, prosseguimos e demos seguimento às tarefas realizadas na anterior visita de campo (ver aqui).

À chegada ao apiário a manhã já ía relativamente quente, a rondar os 12ºC, e o Nuno agarrou na motoroçadora que levou para abrir uma passagem entre silvas e que muito nos irá facilitar o acesso ao apiário.

O investigador, a motoroçadora, a abertura do caminho, literalmente.

Enquanto o Nuno se entretinha a com a motoroçadora, fui fazendo o que tinha ficado agendado da visita anterior: colocar medicamentos de actuação lenta e prolongada (neste caso o Apitraz) numa altura em que as colónias apresentam, na sua maioria, taxas de infestação abaixo dos 2%.

Acho que faz sentido utilizar medicamentos de acção lenta numa fase de crescimento lento da população de varroas. A testagem posterior nos dirá. O que não faz sentido, para nós bem-entendido, é utilizar medicamentos de acção lenta em momentos em que o crescimento da população de varroas já é demasiado rápido. Esta assíncronia resulta, inúmeras vezes, em tratamentos falhados.

Como a próxima semana promete chuva do início ao fim, renovámos o fondant em algumas colmeias.

Fico tranquilo quando as vejo a consumir o fondant desta forma, circular.

Deixámos 4 colmeias por tratar, com vista a abertura e teste de novos caminhos no controlo da varroa. Outros caminhos se estão a abrir, é um imperativo.

O novo caminho.

Eduardo Gomes: serviços de formação presencial e on-line, consultoria presencial e on-line e apoio técnico em apiário (contactos: 935 251 670; jejgomes@gmail.com)

trabalho de campo no início do ano

Hoje, acompanhei o Nuno Capela, investigador no Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, a dois dos apiários experimentais que estabeleceu nas proximidades de Coimbra.

Os objectivos desta saída para o campo eram fundamentalmente três:

  • avaliar a taxa de infestação por varroa em amostras de 300 abelhas adultas;
  • “abrir os ninhos” que estivessem bloqueados por mel, néctar ou pão de abelha;
  • colocar sobreninhos sobre as colmeias mais desenvolvidas.

Relativamente ao primeiro ponto, passados dois meses e meio sobre a conclusão do último tratamento (com Apitraz, aplicado do início de setembro e concluído em finais de outubro) as taxas de infestação encontradas situavam-se entre 1,3% (4 varroas) e 3% (9 varroas).

Só controlamos o que medimos.
Não vimos varroa alguma nas abelhas, mas esta colmeia terá cerca de 1500 varroas a parasitar as abelhas e a transmitir-lhes vírus.

Quanto ao segundo ponto, “abrimos” aproximadamente 70% dos ninhos.

Colónia com criação nos quadros na posição 3, 4 e 5. “Abertura” do ninho com colocação de um quadro desbloqueado escuro (a cera preferida pelas rainhas nesta altura do ano) na posição 6.

No que respeita ao terceiro ponto colocámos 13 sobreninhos em colónias muito fortes, num universo de 46.

Colónia muito forte, com as abelhas a cobrirem em elevado número os 10 quadros do ninho.
A colocação do sobreninho é, a nosso ver, uma ferramenta essencial para o prosseguimento dos objectivos de prevenção da enxameação e preparação para a produção de novas colónias, numa altura e zona de fluxo constante mas não muito forte.

Como é habitual, nesta visita de campo fui brindado com uma surpresa relativa: uma colónia com uma rainha nova, não marcada, com postura recente, o que me faz levantar a hipótese de ter sido fecundada em Dezembro.

Eduardo Gomes: serviços de formação presencial e on-line, consultoria presencial e on-line e apoio técnico em apiário (contactos: 935 251 670; jejgomes@gmail.com)

varroose: uma testagem de confirmação

Ontem, numa manhã muito agradável, acompanhei o Marcelo Murta nas várias tarefas planeadas fazer no seu apiário onde tem instaladas 14 colónias em colmeias do modelo Langstroth.

Vista geral de um dos dois apiários do Marcelo.

Entre outras tarefas voltámos a testar a taxa de infestação através da lavagem em álcool de amostras com cerca de 300 abelhas adultas. Nas 8 amostras que retirámos de 8 colónias, uma “largou” 2 varroas, outra uma varroa, e as restantes 6 amostras não “largaram” varroa alguma.

Numa das colónias onde a queda de varroas na amostra foi zero, uma colónia com ninho e sobreninho, com criação no ninho e criação no sobreninho, em suma uma colónia forte, fiz o corte de dois pedaços de favo com criação de zângão. Trouxe esses pedaços de favo para casa e coloquei-os no congelador. Hoje meti mão à obra e desoperculei cerca de 50 + 35 larvas/alvéolos nesses favos à procura de varroas. Encontrei zero varroas.

Este exercício visou refutar a testagem em abelhas adultas. Não o consegui. Caso o número de alvéolos de zângão infestados tivesse sido superior a 8-10 poderia ficar um pouco céptico em relação à fiabilidade dos números de varroa obtidos por lavagem de abelhas adultas. Claramente não foi o que aconteceu neste caso particular, esta segunda verificação confirma a fiabilidade da testagem em abelhas adultas desta colónia.

Em baixo deixo fotos deste procedimento um bocado entediante: contar o número de alvéolos de zângão infestados por varroa. São estes exercícios entediantes que muitas das vezes nos permitem deixar de trabalhar na dimensão da auto-ilusão, do “opinismo” fracote, para pisarmos com mais solidez a dimensão da realidade.

Os favos e as ferramentas utilizadas.
Cerca de 50 larvas de zângão, onde não encontrei varroas, com pequenos pedaços de cera que não se devem confundir com os ácaros.
Fundo de mais cerca de 35 alvéolos ampliados por lupa, onde também não encontrei varroas.

medidas de controlo dos inimigos: vespa velutina e varroa

Na passada sexta-feira o Armando Monteiro convidou-me para ir aos seus dois apiários situados nas proximidades de Coimbra. Pretendeu 1) mostrar-me o efeito quase imediato das suas harpas combinado com a utilização de rede na redução da pressão das velutinas sobre as suas colónias de abelhas; 2) ajuda na medição da taxa de infestação por varroa em abelhas adultas.

Relativamente ao ponto 1) e começando pelo princípio, dizer que o Armando teve o cuidado de desligar as harpas cerca de uma hora antes de eu chegar ao seu apiário, para que pudesse ver ao vivo a rapidez da dissuasão das mesmas. Assim, quando cheguei ao apiário estavam 20-30 vespas a pairar nas proximidades das colónias, com as abelhitas paralisadas de medo no interior e entradas das colmeias. Ligadas as harpas observei rapidamente o seu efeito: velutinas “chocadas” de forma dolorosa (a dor tem um efeito aversivo sobre todos os animais) e até letal (muitas delas morriam ou ficavam com as asas queimadas) por aqueles fios. Após 10-15 minutos estarem ligadas, a presença de velutinas reduziu-se para próximo do zero.

O apiário, com harpas colocadas de 7 em 7 colmeias, envoltas numa rede de plástico com uma malha de 13mm, que cai à frente apenas até 20 cm do solo com a intenção de permitir a entrada rápida das abelhas nos voos de homing (voos de regresso a casa). O Armando diz-me que neste sistema as poucas velutinas que entram para o interior desta muralha de rede, quando apanham uma abelha tendem a subir, batem no tecto de rede, e acabam por tentar sair pela lateral… onde chocam literalmente nas harpas.
A rede chega até cerca de 20 cm do chão, para que esteja sensivelmente à altura das rampas de voo, com a intenção de facilitar o voo de saída e entrada das abelhas. A passagem das velutinas por debaixo das harpas está impedido.
Uma das várias velutinas mortas ou incapazes de levantar voo.

Quanto ao ponto 2), depois de nos livrarmos das velutinas estávamos a abrir as colmeias passados cerca de 15 minutos a nossa entrada no apiário. O primeiro passo foi localizar o quadro onde andava a rainha nas colmeias que nos serviram de amostra. Esse quadro era posto de lado por momentos enquanto procedíamos à recolha de abelhas em quadros com criação. Das abelhas recolhidas e lavadas libertaram-se duas varroas, número que dá uma taxa de infestação de 0,6%.

O meu amigo Armando compara a mortalidade de colónias que teve o ano passado por varroose, cerca de 50%, com a mortalidade deste ano, 0%. Quando o questionei sobre o que estava a fazer de diferente este ano, referiu-me que no ano que corre decidiu introduzir um tratamento intermédio. De forma generosa disse-me que este blog o influenciou nesta mudança no regime de tratamentos deste ano.

Nota: 1) nesta publicação relato a experiência do meu amigo Fernando Moreira com as harpas e nesta outra a experiência do meu amigo Marcelo Murta com a monitorização da taxa de infestação por varroa em abelhas adultas.

litoral centro: avaliação da taxa de infestação por varroa no final de agosto e tratamento

Ontem, acompanhei o Marcelo Murta na realização de duas tarefas nas colónias que tem assentes no seu apiário nas proximidades de Coimbra: 1) avaliação da taxa de infestação por varroa em abelhas adultas; 2) aplicação por gotejamento de ácido oxálico diluído em xarope de açucar.

Como referi nesta publicação, no dia 19 de Julho o Marcelo fez a avaliação da taxa de infestação e deparou-se com 8,14% e 8,4% de infestação em duas colónias (13% das colónias no apiário).

Como é um apicultor munido de um bom arsenal de conhecimentos e forte motivação, sabia que tinha que fazer descer essa taxa para abaixo dos 2% com o objectivo de garantir abelhas saudáveis e ficar tranquilo com os desafios que as suas colónias vão enfrentar no final do verão e na entrada do outono. E com essa motivação iniciou o terceiro tratamento do ano nos últimos dias de julho. Utilizou o Amicel em três rondas, com espaçamento de 12 dias entre as duas primeiras aplicações da tira de Amicel e de 8 dias para a terceira tira.

Ontem, 31 de Agosto, os resultados da medição da actual taxa de infestação nas colónias anteriormente avaliadas em julho são muito positivos: 0,86% e 1,02%.

Avaliação da taxa de infestação em cerca de 300 abelhas adultas através da lavagem em álcool.

Ainda que as taxas de infestação actual não sejam preocupantes, o meu amigo decidiu aproveitar a ausência de criação ou a pouca criação nas suas colónias para as gotejar com ácido oxálico diluído em xarope de açúcar. Como diz o Marcelo não devemos ser reactivos, sim pró-activos. E deste princípio os seus ganhos são evidentes: neste ano e até à altura a mortalidade por varroose é zero.

Aplicação de 5 ml da mistura por cada espaço entre os quadros, segundo uma formulação proposta por Randy Oliver.
Decidiu pela formulação “hot” porque as colónias em Coimbra não vão passar por um período longo sem criação — 60 grs. de ácido + 600 ml de água + 600 grs. de açúcar.*

Entre as diversas trocas de impressões disse-lhe que esta opção me fazia lembrar um apicultor norte-americano com +3000 colónias, que tem como princípio não esperar que a taxa de infestação chegue aos 3%, para ele um limiar já demasiado alto e com riscos de os tratamentos falharem; prefere tratar para ter os níveis de infestação abaixo ou igual a 1%: trata não para fazer descer os níveis de infestação mas para evitar que eles subam; não confia cegamente em nenhum medicamento, acredita neles todos, na sua utilização frequente e diversificada**.

Assim como para a prevenção da enxameação é necessário andar um mês à frente das colónias, também o controlo da varroose nos obriga a estar, não um, mas dois meses à sua frente.

*https://scientificbeekeeping.com/oxalic-acid-treatment-table/

**https://honeybeehealthcoalition.org/wp-content/uploads/2021/06/Commercial_Beekeeping_060621.pdf

cresta 2023: no norte da beira alta

O meu amigo Fernando Moreira enviou-me fotos da sua cresta. Pedi-lhe autorização para as utilizar numa publicação e generosamente acedeu ao pedido. Deixo-vos aqui algumas delas, assim como as respostas que me deu a umas quantas informações que lhe pedi relativas ao seu trabalho de condução das colónias e condições ambientais que explicam e enquadram os resultados obtidos até agora.

Pedi-lhe: “Manda-me os seguintes detalhes: floração principal, zona aproximada para não localizar exactamente os apiários, média de produção, factores ambientais mais significativos este ano, aspectos do maneio que desejes realçar e média de produção.”

O Fernando deu-me estas informações: “Então a zona é: beira alta, bem encostado ao Douro. Floração predominante urze, rosmaninho, silva e castanheiro. Quanto à média está, mais coisa menos coisa, nos 18 kilos, mas ainda vou a meio. Pelo que tenho constatado as 50 colónias que ainda me faltam crestar estão bem compostas. Factores ambientais mais importantes este ano foram as abundantes chuvas de Inverno e noites amenas. Quanto ao maneio o principal culpado deste sucesso foste tu!!!! Com a regra não mais de 6!”

Obviamente que o Fernando foi bem sucedido com o seu maneio, e o sucesso deve-se a ele. Dito isto, fico muito satisfeito que a operacionalização da regra não mais de 6 também resulte a cerca de 80 km a norte, numa zona onde a Beira Alta começa a escorrer para o Douro.

litoral centro: avaliação da taxa de infestação por varroa em julho

Ontem, no seu apiário nas proximidades de Coimbra, o Marcelo Murta fez a avaliação da taxa de infestação por varroa em abelhas adultas.

Vista geral/parcial do apiário. O Marcelo fez a cresta no passado dia 3 de julho.

Nesta avaliação utilizou o álcool para fazer soltar as varroas do corpo das abelhas. Fez a avaliação em duas colónias (13% das colónias no apiário). As taxas de infestação foram 8,14% e 8,4%.

Contagem das abelhas das amostras utilizadas. Numa das amostras foram utilizadas 356 abelhas e na outra foram utilizadas 250 abelhas.
As colónias estão com muita criação ainda, segundo o Marcelo. Pouco abrandaram a criação, ao contrário do que acontece em outros anos mais quentes e secos por esta altura do calendário.

Neste apiário, em zona de eucalipto, as colónias estão a todo o gás desde o início do ano. Até ao momento, e neste verão relativamente ameno, não houve um abrandamento significativo na criação de abelhas. O Marcelo fez dois tratamentos para a varroose desde o início do ano. Ontem, depois dos resultados obtidos decidiu fazer o terceiro tratamento deste ano. Bom trabalho e sucesso neste combate, ao Marcelo e todos os apicultores!