varroose: uma testagem de confirmação

Ontem, numa manhã muito agradável, acompanhei o Marcelo Murta nas várias tarefas planeadas fazer no seu apiário onde tem instaladas 14 colónias em colmeias do modelo Langstroth.

Vista geral de um dos dois apiários do Marcelo.

Entre outras tarefas voltámos a testar a taxa de infestação através da lavagem em álcool de amostras com cerca de 300 abelhas adultas. Nas 8 amostras que retirámos de 8 colónias, uma “largou” 2 varroas, outra uma varroa, e as restantes 6 amostras não “largaram” varroa alguma.

Numa das colónias onde a queda de varroas na amostra foi zero, uma colónia com ninho e sobreninho, com criação no ninho e criação no sobreninho, em suma uma colónia forte, fiz o corte de dois pedaços de favo com criação de zângão. Trouxe esses pedaços de favo para casa e coloquei-os no congelador. Hoje meti mão à obra e desoperculei cerca de 50 + 35 larvas/alvéolos nesses favos à procura de varroas. Encontrei zero varroas.

Este exercício visou refutar a testagem em abelhas adultas. Não o consegui. Caso o número de alvéolos de zângão infestados tivesse sido superior a 8-10 poderia ficar um pouco céptico em relação à fiabilidade dos números de varroa obtidos por lavagem de abelhas adultas. Claramente não foi o que aconteceu neste caso particular, esta segunda verificação confirma a fiabilidade da testagem em abelhas adultas desta colónia.

Em baixo deixo fotos deste procedimento um bocado entediante: contar o número de alvéolos de zângão infestados por varroa. São estes exercícios entediantes que muitas das vezes nos permitem deixar de trabalhar na dimensão da auto-ilusão, do “opinismo” fracote, para pisarmos com mais solidez a dimensão da realidade.

Os favos e as ferramentas utilizadas.
Cerca de 50 larvas de zângão, onde não encontrei varroas, com pequenos pedaços de cera que não se devem confundir com os ácaros.
Fundo de mais cerca de 35 alvéolos ampliados por lupa, onde também não encontrei varroas.

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