Na publicação anterior descrevi o caso de um apicultor amigo que depois de 5 tratamentos anuais chegou à última contagem de varroas do ano (em 22 de dezembro) com uma infestação abaixo dos 0,3%.
É possível que alguns leitores tenham feito uma leitura enviezada do fulcro da mensagem, que julguei ter deixado clara. A mensagem para nos lembrarmos é: não deixar a taxa de infestação subir acima de 1% para decidir tratar, tratar um a dois meses antes desta atingir os 3 a 4%, tratar quando a contagem de varroas por 300 abelhas nos dá 3 a 4 varroas e não 9 a 12 — ter bem presente que o número de varroas duplica a cada 30 dias.
Naturalmente que a estratégia tem a sua importância, quanto mais não seja para comunicar aos outros o caminho que seguimos para chegar aos resultados. Mas o caminho pode ser outro, e até um caminho melhor. Dito isto, o que mais deve relevar do caso descrito não são os meios mas sim os números, a taxa de infestação quando iniciamos os tratamentos e a taxa de infestação quando concluímos os tratamentos, e esta na minha opinião e de outros, como Russel Heitkam, desejavelmente não deve ultrapassar 1% em qualquer circunstância.
Se para isso são necessários cinco, três ou dez tratamentos é uma reposta que cada um tem que ser capaz de dar em função das avaliações que fizer das taxas de infestação nas suas colónias.
Para ilustrar estas ideia recorro uma vez mais ao simulador do Randy para nos ajudar a perceber que o que mais importa é replicar os números (os resultados, as taxas de infestação que o meu amigo atingiu a partir de agosto) e não o caminho (os caminhos podem ser outros).