confinamento de rainhas no ninho

Nesta publicação descrevi o que observei nas duas colónias que submeti à técnica “cura radical da enxameação“. Hoje voltei a inspeccionar estas duas colónias e observo que apesar de terem sido submetidas duas vezes à técnica ainda assim enxamearam.

Num outro apiário, a 900 m de altitude, procedi hoje ao confinamento de rainhas no ninho de várias colónias estabelecidas em colmeias do modelo Lusitana e que desde há 3-4 semanas se encontram na configuração ninho+sobreninho. Em baixo fica o foto-filme com alguns detalhes deste procedimento.

Colmeia do modelo Lusitana na configuração ninho + sobreninho.
Vista do sobreninho hoje logo após a abertura da colmeia. No passado dia 18 de abril verifiquei que a rainha tinha iniciado postura no sobreninho.
Rainha completamente negra sobre o amarelo de cera nova.
Rainha é colocada no quadro em que andava na posição 7.
Transfiro mais 6 quadros do sobreninho para o ninho. Os 6 quadros que transfiro para o ninho estavam muito desbloqueados repletos de ovos e larvas…
… ou com criação operculada em mais de 80% da sua área e com abóbadas de mel reduzidas. Neste apiário o primeiro fluxo principal de néctar está para começar nos próximos 10 dias. Nesta altura não é necessário abóbadas de mel a ocuparem 30% ou mais da superfície dos quadros no ninho. Os quadros mais bloqueados com mel/néctar e pão de abelha foram transferidos para o sobreninho.
Vista do ninho depois da transferência de quadros.
Todos os passos anteriores foram executados para colocar este equipamento sobre o ninho.
Vista da colónia após o maneio.
Anotação do maneio hoje, 10 de maio: colocação da excluidora de rainhas com a rainha na caixa inferior.

2 comentários em “confinamento de rainhas no ninho”

  1. Caro José Eduardo,
    Quem me dera que nos Açores, ilha Terceira fosse possível reunir condições para trabalhar com os dois ninhos de Lusitana, seria sinal de forte disponibilidade de néctar. Infelizmente, não acontece.
    É pouco provável que a chamada cura da enxamecao funcione, mas aguardemos pelas conclusões, que serão certamente, ponderadas e assertivas.

    1. Boa tarde, César! Utilizo os sobreninhos nas colónias prematuramente fortes para prevenir a enxameação e fazer desdobramentos com recurso à técnica Doolittle. Resulta inúmeras vezes para o alcance destes objectivos. Caso não utilize a excluidora para confinar a rainha ao ninho e nas colónias com esta configuração verifico frequentemente que a rainha se instala no sobreninho e os quadros do ninho são utilizados para armazenar sobretudo pão-de-abelha. São dez quadros no ninho que no final da temporada ficam sem grande préstimo para o apicultor e porventura para as abelhas. Sobre a cura radical da enxameação que utilizei em duas colónias, e ao contrário do que eram as minhas expectativas, não resultou. Como referi nesta publicação estas colónias acabaram por enxamear.

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