A Associação Alemã de Apicultores Profissionais (DBIB) e a Associação Europeia de Apicultores Profissionais (EPBA) recolheram anonimamente e independentemente amostras de mel em supermercados. A coleta de amostras foi acompanhada por uma TV, e o documentário será exibido em breve.
Os testes de RMN, IRMS e LC/MS analisaram os perfis de açúcar do mel e não mostraram irregularidades. No entanto, o sequenciamento de DNA revelou que 80% das amostras estavam adulteradas.
Uma explicação mais detalhada pode ser encontrada neste vídeo:
A situação, descrita por Bernhard Heuvel, presidente da associação de apicultores profissionais europeus, tem as seguintes implicações na apicultura profissional europeia:
- nos últimos dois anos são muitas as dificuldades encontradas pelos apicultores profissionais na comercialização de mel a granel;
- a consequência é de um baixo retorno financeiro da actividade para os apicultores e suas famílias;
- os apicultores estão a desistir da actividade; em alguns países da Europa 75% dos apicultores profissionais encerraram a sua actividade;
- os apicultores estão a reduzir de forma drástica o seu efectivo;
- a polinização está em risco — as consequências para a natureza são tão severas como as alterações climáticas.
Como escrevi há cerca de 6 anos, a maior ameaça com que a apicultura moderna e profissional europeia se depara é de natureza ECONÓMICA.
Não haverá maneira de controlar todo o mel que entra na Europa? Sabe-se que o problema existe então porque não controlar? Porque algum mel chinês é 100% contrafeito.
Boa tarde Adriano! Sim há, é fazer como fizeram nos EUA: “mel” barato não entra lá desde 2021. Não é possível produzir mel verdadeiro aos preços que é vendido pelos chineses, indianos e outros, se o vendem ao preço que o vendem só pode ser falso.
A Europa devia restringir a entrada do “suposto mel”. Em alternativa deveriam fazer um controlo rigoroso à qualidade, caso não cumpra os requisitos deviam impedir a sua comercialização. É uma vergonha o que se está a passar.