apiário pedagógico de Coimbra: da observação à aprendizagem

Ontem, numa manhã nublada, na companhia do Nuno Capela, prossegui o trabalho de observação sistemática, recolha de dados, registo, análise, reflexão e aprendizagem a partir das 5 colónias do apiário pedagógico de Coimbra e que tenho vindo a efectuar desde a primeira semana de abril.

Ficam algumas fotos que documentam as etapas deste processo.

Histórico da Colónia C1.
Avaliação da taxa de infestação em 300 abelhas adultas da colónia C2.
Colónia C4 e quadro de criação intensiva de zângãos.
Observação da infestação por varroa em criação de zângão na colónia C4.
Colónia C5 onde, no passado dia 15 de junho e no âmbito da 4ª edição do workshop Controlo da Varroose, encontrámos várias rainhas virgens e a rainha mãe, esta ainda em postura. Ontem, 28, encontrei uma rainha nova em postura.

Eduardo Gomes: serviços de formação presencial e on-line, consultoria presencial e on-line e apoio técnico em apiário (contactos: 935 251 670; jejgomes@gmail.com)

4ª visita técnica: um apicultor que continua satisfeito e orgulhoso com o que alcançámos

Na semana passada levei a cabo a 4ª visita técnica aos dois apiários de um colega apicultor de Coimbra.

A primeira tarefa passou por recolher o pólen. A produção deste produto está a correr bem e a deixar o meu cliente muito satisfeito.

Gaveta cheia! Os ninhos bem desbloqueados potenciam esta produção.

Para minha surpresa fomos encontrar uma colónia enxameada e uma outra prestes a enxamear. Na primeira fizemos um desdobramento com pelo menos uma rainha virgem, tendo assegurado que a colónia mãe ficava também com pelo menos outra rainha virgem. Na segunda fizemos outro desdobramento, desta feita com a rainha-mãe. Deixámos 3 mestreiros na colmeia mãe e utilizámos alguns para promover a resolução de um caso de uma colmeia top-bar zanganeira.

Um dos desdobramentos feito.
Alguns mestreiros que foram utilizados para fazer enxertia numa colónia zanganeira top-bar.
Enxertia dos mestreiros.

Avaliámos a taxa de infestação em abelhas adultas e fizemos o corte de criação de zângão para diminuir a população de varroas.

Lavagem com álcool de abelhas nutrizes.
Se cada quadro tiver cerca de 10 % da população das varroas na fase de reprodução, um terço terá cerca de 3%. Se a criação de zângão atrair 5x a 10x mais varroas do que a criação de obreira, podemos almejar ter diminuído entre 7,5% a 15% da população com o corte de zângão nesta face do quadro.

Se, nesta altura do ano, a taxa de infestação estiver nos 3% quando reduzimos a sua população em 15% com um corte da criação de zângão, na quinzena seguinte a taxa de infestação estará nos… 4%!!!

É apenas uma simulação… mas feita num simulador reconhecido por especialistas e apicultores por este mundo fora. Qualquer coincidência com a realidade não é um acaso!

E vimos também o trabalho das novas rainhas, criadas naturalmente, nos desdobramentos feitos nas semanas anteriores. Bem nesse momento, brilharam os olhos do meu cliente e os meus também.

Postura exemplar de uma das rainhas criada naturalmente, num dos vários desdobramentos feitos à entrada de abril. Desdobramentos com os ninhos cheios de abelhas e que produzirão este ano mel e pólen, assim as condições edafo-climáticas o permitam.
Um apicultor satisfeito e orgulhoso com o que alcançamos até agora!

Eduardo Gomes: serviços de formação presencial e on-line, consultoria presencial e on-line e apoio técnico em apiário (contactos: 935 251 670; jejgomes@gmail.com)

bem hajas, Francisco!

A comunidade de apicultores nacional é muito heterogénea. Desde apicultores hobistas a apicultores profissionais, apicultores veteranos com muitos anos de experiência apícola a apicultores que estão a iniciar a sua experiência, apicultores muito jovens a apicultores menos jovens, esta comunidade é feita de mil ramos com um tronco comum, o interesse e paixão pela abelha melífera.

Dentro desta comunidade tão diversa, temos alguns de nós que pela sua influência positiva ao longo de muitos anos se têm destacado no sector. Entre eles está o Francisco Rogão.

Conheço o Francisco praticamente desde o início da minha aventura apícola. Como poderia ser de outro modo? Desde esse início que tenho aprendido com ele aspectos práticos e efectivos de maneio e que me serviram bem quando os apliquei. Lembro-me que em 2015 ou 2016, depois de ter estado presente numa palestra que apresentou no Porto, uma das suas propostas de desdobramentos me serviu como uma luva no quadro da gestão de um apiário que tinha em Coimbra. Dos 40 desdobramentos que realizei em duas semanas consecutivas, 38 resultaram. E esse enriquecimento, quer do meu património apícola e sobretudo do meu nível de conhecimentos, teve origem na generosidade do Francisco na partilha dos seus conhecimentos e práticas dirigidas  ao grupo de apicultores presentes nesse fim de tarde no Porto. Este é um caso, entre outros, do meu maneio, onde a inspiração, o “saber fazer” e a motivação para agir foram determinados e orientados pelas “dicas” preciosas do Francisco. 

Nos últimos 3 anos tenho colaborado mais activamente com o Francisco nos cursos que disponibiliza on-line e nas duas últimas Jornadas da Macmel. Estes desafios/convites à colaboração de palestrantes de diversas áreas, mostram outra faceta do Francisco, associada à sua generosidade: um espírito aberto e agregador. Um espírito aberto que se expressa na sua atenção e foco nos avanços que vão acontecendo na apicultura nas mais variadas áreas, dos equipamentos às técnicas de maneio e dimensão estratégica de uma apicultura sustentável; um espírito agregador que se expressa nos eventos que promove e em que participa, quer em Macedo de Cavaleiros quer noutros territórios do nosso Portugal continental e insular, e que funciona como uma cola que une pessoas e experiências tão diversas.

Esta publicação e estas linhas simples e incompletas servem para dar um grande Bem-Haja ao Francisco que estendo à Manuela, ao Rúben e à Raquel.

Francisco e Manuela.
Macmel

acompanhamento e serviço técnico em apiário: 2ª sessão

Cerca de duas semanas depois da primeira intervenção no apiário de um companheiro, situado nas proximidades de Coimbra, combinámos para hoje uma nova sessão de trabalho (ver aqui o resumo da intervenção anterior).

No final das 7 horas de trabalho, o apicultor contava com mais 16 novas colónias, resultantes dos desdobramentos efectuados, uns motivados por razões de controlo da enxameação e outros por necessidade de substituir rainhas semi-esgotadas, com um padrão de postura medíocre.

Para além dos desdobramentos procedi também a:

  • avaliação da taxa de infestação em abelhas adultas;
  • inspecção de todos os 32 ninhos das colónias estabelecidas ali instaladas;
  • organização dos ninhos;
  • transporte e instalação de 8 desdobramentos para/num segundo apiário.

De referir que num ano de intensa enxameação, a este companheiro só um enxame lhe fugiu para as árvores. As técnicas de prevenção e também as técnicas de controlo da enxameação que tenho levado a cabo têm sido oportunas e suficientes neste caso, com estas duas visitas intervaladas em cerca de 15 dias.

Em baixo um pequeno foto-filme de alguns momentos do trabalho hoje efectuado.

Colmeia que se preparava para enxamear nos próximos dias. Foi submetida ao controlo de enxameação e não enxameará.
Um dos quadros com uma rainha de colónia em situação de breve enxameação, colocado em caixa nova. Esta continuará a trabalhar em caixa do meu amigo. Confidenciou-me que não gosta de andar a apanhar enxames nos galhos das árvores. Partilhamos esse gosto de não gostar do mesmo!
Medição da taxa de infestação. Bastante baixa hoje, depois de ter estado bastante alta, em resultado de várias medidas correctivas que sugeri ao longo dos últimos 3 meses que acompanho mais regularmente as colónias.
Mias uma carga com 8 desdobramentos, que a juntar aos 24 efectuados nestas duas visitas técnicas permitiu ao companheiro duplicar o seu efectivo.

Para conversar e agendar acompanhamento técnico em apiário podem contactar-me para jejgomes@gmail.com

questionário “levantamento de problemáticas na notificação de doenças apícolas”

O investigador João Santos solicitou-me a divulgação do questionário em baixo junto da comunidade dos leitores deste blog. Apelo aos companheiros apicultores para que participem, respondendo ao mesmo. Desde já o meu agradecimento para com a V. disponibilidade e deixo o texto que o João Santos me enviou para acompanhar esta publicação, assim como a hiperligação (a azul sublinhado) para acederem ao questionário.

Um dos projetos principais do Laboratório de Genómica Microbiana e Simbiose do Instituto Gulbenkian de Ciência foca-se  nas bactérias do intestino da abelha do mel. Sabemos que as pragas e doenças interferem significativamente no estado destas bactérias benéficas, e estamos interessados em conhecer em maior detalhe quais as principais dificuldades por que passam os apicultores em Portugal, quais os conhecimentos base que possuem na identificação de doenças apícolas e como lidam com as doenças/pragas que surgem nos seus apiários.
Este é um pequeno questionário (cerca de 5 minutos), construído com o auxílio de outros colegas apicultores, para que os participantes o possam preencher de forma completamente anónima. Pretende-se com este questionário organizar os dados e compreender como tem evoluído o conhecimento nesta área e quais os maiores desafios à apicultura atualmente. Por favor, não deixe de colaborar e de enviar a outros colegas apicultores, no sentido de obtermos uma maior participação.

Obrigado pela sua colaboração.

João Santos,
Microbial Genomics and Symbiosis Lab

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdP7ueTC7mWOW5Me-62tXg8ugjoC1ZgZt1ayYm1vjRETVjr3g/viewform

vespa velutina: o que procura nas flores?

A V. velutina, assim como as suas primas, a V. crabro e a V. orientalis, são vistas frequentemente sobre as flores.

O que procuram? Prioritariamente o néctar, para darem resposta à elevada quantidade de energia que os seus voos exigem. Como caçadores oportunistas que são não dizem que não à possibilidade de caçar um insecto ou outro mais distraído que tenha o azar de estar no local errado e à hora errada.

Vespa velutina a colectar néctar numa flor.
Vespa crabro a colectar néctar numa flor.
Vespa orientalis a colectar néctar numa flor.

Contudo, se a procura dos néctares responde a essa necessidade primária ela é também essencial para responder a necessidades sociais destas espécies. Neste artigo, Continuous exchange of nectar nutrients in an Oriental hornet colony, (2022), podemos apreender alguns detalhes do processo de troca contínua, em loop, dos nutrientes açucarados num ninho de V. orientalis — a probabilidade de se passar o mesmo com a V. velutina é grande.

“A troca de nutrientes entre indivíduos adultos em insetos sociais é bidirecional, ou seja, podem ser doadores e receptores do mesmo tipo de alimento ou nutriente. […] Nas vespas sociais, as secreções larvais constituem um dos principais recursos alimentares dos adultos. As larvas de vespas são alimentadas com presas (artrópodes ou carne) coletadas pelos adultos e, em troca, as larvas devolvem aos adultos os produtos da degradação proteica na forma de uma secreção contendo carboidratos simples e aminoácidos livres (resultantes da gliconeogénese e da quebra de proteínas, respectivamente). […] Sugere-se que esta troca recíproca e unilateral de nutrientes (isto é, proteínas versus carboidratos e aminoácidos livres) e a consequente co-dependência nutricional entre adultos e larvas seja a chave para o estabelecimento da sociabilidade em Vespidae.

Apesar das vespas sociais serem ferozes caçadoras de insetos, os adultos também são frequentemente observados alimentando-se de néctar floral de uma variedade de espécies de plantas diferentes. A vespa asiática (Vespa velutina nigrithorax), por exemplo, foi observada alimentando-se de néctar floral de 27 espécies de plantas. Este consumo de néctar, no entanto, tem sido frequentemente caracterizado simplesmente como um comportamento oportunista, uma vez que a visita às flores também pode estar associada à caça de presas. As operárias adultas são voadoras fortes com uma taxa metabólica extremamente alta e alimentam seu metabolismo com uma dieta rica em carboidratos e aminoácidos livres encontrados no néctar e nas secreções larvais. Estas dietas ricas em carboidratos também podem proteger os músculos de vôo do stresse oxidativo derivado do alto desempenho aeróbico. A composição de macronutrientes das secreções larvais é análoga ao néctar das plantas visitadas pelas vespidae, embora geralmente seja mais rico em concentração e diversidade de aminoácidos. Ao contrário das operárias, as larvas necessitam de alimentos ricos em aminoácidos para sintetizar as proteínas necessárias ao seu desenvolvimento e são sustentadas por uma dieta altamente proteica. Como as larvas são alimentadas com presas e as secreções larvais são mais nutritivas para os adultos do que o néctar, por que razão as vespas também se alimentam de néctar floral?

[…] Também investigamos a importância do néctar para a sobrevivência da colónia. Nossos resultados revelam um papel importante do néctar na nutrição das vespas. Mostramos que os nutrientes do néctar são trocados num ciclo contínuo entre todas as diferentes fases da vida dos membros da colónia, desafiando o conhecimento predominante neste campo até o momento.”

Notas para levar para casa:

  • mesmo na designada fase proteica, os vespões adultos continuam a procurar fontes açucaradas;
  • a presença destes vespões nas flores explica-se pela procura de néctares e não exclusivamente por ali poder emboscar e caçar insectos;
  • se as larvas são alimentadas predominantemente com proteínas, os vespões adultos também lhes entregam nutrientes açucarados;
  • uma parte destes nutrientes açucarados, enriquecidos com aminoácidos, retornam aos indivíduos adultos através do consumo que fazem das secreções que as larvas produzem.

a conta anual da apicultura: que rentabilidade?

Desde 2009, quando iniciei a minha actividade apícola, até 2023, quando a interrompi, sempre me acompanharam as folhas de Excel, que ía preenchendo sempre que fazia uma compra ou sempre que fazia uma venda. No final do ano apícola, último dia de setembro para mim, fazia o encontro de contas para avaliar o maior ou menor sucesso financeiro alcançado no ano. Como apicultor profissional esta era uma ferramenta indispensável de registo — mais vale um lápis pequeno do que uma grande memória, P. Drucker —, de memória, de análise, de comparação, de previsão, de planeamento e de reflexão.

Vista parcial da minha folha de Excel com as despesas do ano apícola 2015-2016.

Esta publicação vem a propósito do artigo The Economics of Honey Bee (Hymenoptera: Apidae) Management and Overwintering Strategies for Colonies Used to Pollinate Almonds (2019), onde Gloria Degrandi-Hofman, reputada investigadora, e colegas concluem que contas bem feitas a rentabilidade que os apicultores profissionais retiram com o aluguer de colmeias para a polinização das amendoeiras na Califórnia é pouca ou nenhuma. Nas suas palavras “A key finding from our study is that there is little or no profit in renting colonies for almond pollination once summer management and overwintering costs are considered.

Para mim esta conclusão é surpreendente por duas razões: 1) ou os apicultores profissionais norte-americanos não estão a considerar alguns custos (custos esquecidos, ocultos ou difíceis de quantificar) e andam a trocar dinheiro; 2) ou Gloria Degrandi-Hofman e colegas, apesar de terem feito os cálculos com colmeias reais (a amostra foi de 190 colmeias) e no terreno ao longo de 10 meses, tiveram despesas acima da média, em especial no maneio de verão e inverno.

Esta publicação reflecte a complexidade em fazer a “conta” anual na apicultura.

Nota: estou consciente que para alguns apicultores a rentabilidade que tiram da sua apicultura é pouco ou nada importante, para outros é medianamente importante e muito importante e determinante para outros ainda.

tenho 500 colmeias, quanto posso esperar receber? ou um incentivo à pequenez

Surgiu num dos grupos de apicultores do FB o lacónico quadro em baixo. Como tudo o que é lacónico, demasiado sintético, abre muito o campo a interpretações. Vou apresentar a minha para o cenário de quem tem 5oo colmeias ou mais registadas na DGAV.

No escalão das primeiras 50 colmeias recebe 8,50€ por cada, isto é, 425€ (50×8,50). No segundo escalão, entre as 51 e as 150 colmeias, recebe 7,50€ por cada, isto é 750€ (100×7,50). No terceiro escalão, entre as 151 e as 250 colmeias, recebe 6€ por cada, isto é 600€ (100×6). No quarto escalão entre as 251 e as 500 colmeias, recebe 3€ por cada, isto é 750€ (250×3). No total pelas 500 colmeias irá receber 2525€ (425+750+600+750). Em média receberá 5,05 € por colmeia. Se tiver 1000 colmeias registadas receberá os mesmos 2525€, o que representa uma média de 2,53€ por colmeia. Se tiver 2000 colmeias receberá os mesmo 2525€, o que representa uma média de 1,26€ por colmeia.

Se a minha interpretação está correcta, a forma como esta medida está desenhada é um elogio e um incentivo à pequenez!

apoios directos aos apicultores: proposta rejeitada. Contrária ao espírito associativo do programa

No documento em baixo, publicado pelo GPP, ficamos a saber que propostas feitas em 2021 no sentido de se preverem apoios directos aos apicultores foram rejeitadas por serem contrárias ao espirito associativo.

Fonte: https://www.gpp.pt/images/PEPAC/ConsultaAlargadaNov21/Relatorio_2_fase_consulta_alargada_PEPAC.pdf
Como se pode ver duas propostas de apoios directos aos apicultores são rejeitadas por serem contrárias ao espírito associativo do programa.

Como já publiquei anteriormente, em França, entre outros países, os apoios directos aos apicultores convivem bem com os apoios de natureza colectiva ou associativa. Por cá a fenomenal capacidade de ler nos astros e nas vísceras de animais do mui nobre GPP, intuiu que os apoios directos aos apicultores degradam o espírito associativo. Eh pá, quero o GPP em França, já, antes que a apicultura francesa se desmorone!

vespa velutina: as velutinas têm as preferências dos gatos?

Em estudos controlados na Nova-Zelândia* e EUA acerca de quais os iscos proteicos que têm a preferência das vespas germânicas concluiu-se que são os enlatados de comida húmida de sardinha para gatos — atenção que não é a sardinha enlatada que compramos para nós!

O meu amigo, Tiago Alves Silva, enviou-me uns pequenos vídeos onde se vê as velutinas em grande actividade junto destes iscos proteicos. Deixo em baixo fotografias ilustrativas.

*Protein bait preferences of wasps (Vespula vulgaris
and V. germanica) at Mt Thomas, Canterbury, New
Zealand (1995).

Desta publicação não devem concluir que é este o melhor isco proteico para a Vespas velutina. Esse teste ainda não foi feito de forma controlada com a V. Velutina, tanto quanto é do meu conhecimento. Para já podemos concluir que também este isco tem uma boa palatabilidade para este animal voraz.

Notas: 1) com o nascimentos das gynes (as novas fundadoras) os iscos proteicos perdem gradualmente o interesse e os iscos líquidos açucarados e fermentados voltam a ter uma boa demanda por parte das futuras fundadoras.

2) Num outro estudo com a V. orientalis, verificaram que entre iscas com carne de vaca, carne de frango, fígado e sardinha, o consumo após duas horas foi 79% para a carne de vaca; 46% para o frango; 47% para o fígado e 16% para a sardinha.

fonte: Acceptance of the oriental wasp Vespa orientalis L. (Hymenoptera: Vespidae) to different baits (2016)