bem-hajam e mais umas coisas

A propósito desta publicação no mural do FB, o meu bem-haja aos que, das mais diversas formas, manifestaram a sua solidariedade e conforto.

Pretendi com esta publicação:

1) chamar a atenção para que num incêndio como este da Serra da Estrela a onda de morte não se resume às florestas e matos. Muita fauna e entomofauna, doméstica e selvagem, morre num primeiro momento ou fica com a sua vida muito dificultada e em perigo nos próximos tempos;

2) ilustrar o que se terá passado em dezenas ou centenas de apiários espalhados pela Serra por via do que se passou no meu;

3) antecipar que a ajuda que o estado possa vir a dar a todos os apicultores que perdem colónias nos incêndios, se a vier a dar, deve ir além do habitual fornecimento de alimento.

Deixo algumas notas justas:

Nota 1: agradeço a todos aqueles que se prontificaram de forma franca a doar-me enxames. Na minha opinião essa ajuda será melhor direccionada a outros companheiros que terão perdido uma parcela maior do seu efectivo.

Nota 2: não sendo especialista em ordenamento florestal, pergunto se este não seria um desastre anunciado. Com tanto combustível no território, com tanta continuidade de floresta e matos, estava escrito por toda a Serra que o incêndio seria gigantesco se a intervenção inicial de combate falhasse, como veio a falhar.

Nota 3: não sendo perito em conservação de parques naturais, pergunto como pode a conservação fazer-se ao arrepio dos interesses sociais e económicos da população lá residente.

Nota 4: como pode o representante da Protecção Civil pretender defender-se com uma análise Macro do que se passou neste incêndio? A análise Macro que possa querer fazer é evidente para todos: o incêndio que começou no extremo Sul da Serra, terminou no extremo Norte da mesma. Mais Serra houvesse mais Serra arderia.

vespa velutina: anestesia de um ninho com recurso a algodão embebido em gasolina

Neste vídeo, Fred Soulat, descreve os procedimentos para levar a cabo a destruição de um ninho primário de vespas asiáticas em 01-08-2022 por introdução na entrada do ninho de algodão embebido em gasolina.


“Os vapores anestesiam as vespas, só resta colocá-las no congelador para matá-las…” diz este apicultor francês.

a invasão da Austrália pela varroa: o ponto de vista de Randy Oliver

Tenho conversado diariamente com um dos dois apicultores cujas operações estão infestadas, assim como outros do setor.
Até agora, mais de 1000 de suas colónias foram sacrificadas, com muitas outras com planos para serem queimadas. Como se pode imaginar, isto é muito difícil para os apicultores, que também foram impedidos de vender os seus enormes stoks de mel armazenados.

O Departamento de Indústrias Primárias (DIP) australiano parece estar a fazer um bom trabalho de “rastreamento de contatos” (links epidemiológicos) e, até agora, todas as detecções estavam ligadas a estas duas operações. A questão-chave é definir o perímetro até onde os ácaros se afastaram destas colónias infestadas. Meu próprio rastreamento de abelhas marcadas indica que há uma deriva considerável de abelhas de colmeia em colmeia para pelo menos 800m, e algumas para 1500m. Sem mencionar que uma abelha carregando um ácaro pode forragear a distâncias de vários quilómetros de distância de sua colmeia e talvez até esbarrar com outra abelha não infestada numa flor.

As perguntas óbvias são se os ácaros saíram da zona de contenção ou se estabeleceram na população silvestre de abelhas. Se ainda estiverem limitados a uma pequena zona, há uma chance viável de erradicação. A preocupação é que atualmente é inverno na Austrália, e algumas das colmeias infestadas tinham contagens de ácaros já muito altas sendo óbvio que tiveram varroa desde pelo menos o início do verão passado. Isso teria dado tempo para uma deriva considerável, talvez para o setor de hobistas em Newcastle.

Aqueles de nós que viveram as invasões de ácaros da traqueia e varroa entendem a futilidade da erradicação se um ácaro já estiver bem estabelecido. A prole de mesmo uma única fêmea de ácaro pode-se espalhar de forma relativamente rápida por um continente, especialmente se auxiliada por transporte inadvertido por humanos.

Para uma melhor triagem de detecção, o DIP acaba de receber uma grande remessa de estrados sanitários dos EUA (que deixei claro que são mais eficazes na detecção de infestações baixas do que as lavagens com álcool). Eles também estão a trabalhar para obter tratamentos de colónias registrados no país. Nos últimos dias, conversei com um fornecedor na América do Norte, cujo telefone tocava sem parar com pedidos de casas de suprimentos de apicultura australianas.

Quando me pediram há vários anos pelo Departamento recomendações para seus planos de incursão, afirmei que se eles não estivessem dispostos a tomar medidas fortes — incluindo o uso de iscas de fipronil para matar colónias silvestres* — suas chances de erradicação seriam zero.
Embora só tenha tido comunicação indireta com o DIP durante esta incursão, estou encorajado que eles estejam de fato se preparando utilizar estas iscas.

Os apicultores profissionais do país estão bem cientes de que a possibilidade de erradicação completa é pequena, mas é claro que a agência, com base na falta de detecções fora da zona de contenção, sente que ainda tem uma chance de lutar.

Uma vez que os apicultores em breve terão de começar a deslocar as colónias para polinizar os pomares de amendoeiras, será necessário impor restrições à circulação, para evitar a dispersão da varroa pelo país. Todos sabemos que basta um único apicultor para estragar tudo num continente inteiro, então vamos cruzar os dedos para que ninguém o faça!

Os apicultores australianos gostam de ter seu mel e cera de abelha livres de acaricidas. Foram feitas sugestões para o tratamento de todas as colmeias que vão para a polinização de amêndoas com tiras de Apivar. É claro que é um retrocesso, já que os apicultores não querem resíduos nos seus produtos de colmeia.

Uma grande dúvida é se a linhagem de ácaros da incursão é resistente a algum acaricida, por isso estão a ser realizados testes. Se os ácaros introduzidos são sensíveis ao amitraz, isso pode ser uma consideração que vale a pena, já que tal tratamento em minha própria operação sem amitraz realmente elimina completamente todos os ácaros de uma colónia.

Se houver algum apicultor australiano que leia isto, aqui estão algumas sugestões:

  • Mantenha a cabeça fria. O DPI parece estar bem informado e fazendo um bom trabalho. Eu elogio-os por tentarem agir com transparência e manterem o público informado. Os apicultores podem ajudá-los cooperando plenamente, especialmente porque haverá agentes não familiarizados com as abelhas.
    Como a maioria dos apicultores australianos não estão familiarizados com os ácaros, eles devem ver fotos de ácaros em lavagens com álcool ou em estrados sanitários, para treinar o seu olhar a reconhecê-los. Eles são difíceis de serem vistos por olhos destreinados, e você não quer perder nenhum!

  • Lavagens com álcool ou shakes de açúcar de 300 abelhas podem não identificar uma infestação leve. Uma contagem com estrados sanitários, usando ácido fórmico, amitraz de libertação rápida ou até mesmo açúcar em pó numa colónia inteira, terá menos falsos negativos.
  • Falando como alguém que realiza milhares de lavagens de ácaros, a melhor recuperação é com álcool a 90% ou detergente Dawn Ultra** (que preferimos, pois oferece mais fácil recuperação, é barato e não inflamável). Eu recomendo usar Dawn em vez de álcool. Requer muito pouca agitação e muito menos trabalho por parte do apicultor.
  • Embora a possibilidade de erradicação desta incursão de varroa seja pequena, ainda é possível e vale a pena fazer o esforço.
  • Os apicultores que são obrigados a sacrificar suas colónias serão compensados*** e devem considerar o sacrifício como um esforço heróico para salvar sua indústria. A Austrália inevitavelmente será infestada pela varroa, mas quanto mais tempo puderem evitá-la melhor para os apicultores. Vamos todos torcer pelo sucesso nesta contenção e erradicação desta incursão!” — Randy Oliver

* Ainda penso que teria sucedido com a expansão da Vespa velutina se os franceses em 2005 tivessem utilizado medidas mais radicais — fipronil, ou inibidores ou reguladores do crescimento da quitina e outros insecticidas em iscos proteicos, colocados massivamente em 2005 e na região de Bordéus.

** Dawn Ultra é um detergente de louça. Desconheço se esta marca em particular é comercializada em Portugal.

*** Espero que o DIP australiano seja conhecedor do caso canadiano no que diz respeito à compensação dos apicultores. No Canadá como as compensações dadas aos apicultores para a eliminação de colónias, aquando das primeiras deteções de varroa naquele país, eram baixas teve como efeito alguns apicultores não declarem a presença de varroa nas suas colónias. O desfecho desta “avareza” é o conhecido.

a prevenção e o controlo da enxameação: formação on-line Macmel

No âmbito do curso apícola on-line organizado pela Macmel, no próximo dia 26, às 21h00, vou descrever o maneio que realizo de há uns anos para cá com a finalidade de prevenir e controlar a enxameação. Aproveito para agradecer publicamente o amável e honroso convite que o Francisco Rogão me dirigiu para participar.

Podem inscrever-se através deste link: https://formacaoapicultura.blogspot.com/2022/02/polen-propolis-e-controlo-de-enxameacao.html?fbclid=IwAR21-eMXMyz-bZCyCba2TkiunXADAi6DssLYCQ6E2ZOTbkryjXjU0HV6hZY

vespa velutina: uma estratégia correcta a pedir melhores ferramentas

A colocação de armadilhas para capturar Vespas velutinas fundadoras tem sido um tema controverso na comunidade científica e apícola por duas razões principais: 1) a polémica sobre o efectivo impacto na redução do número de ninhos definitivos mais adiante na época e 2) a falta de selectividade das armadilhas e atractivos utilizados. Se a polémica sobre o primeiro ponto foi desfeita por um estudo francês que veio demonstrar que a captura de V. velutinas em determinadas condições reduz efectivamente o número de ninhos definitivos (estudo que foi atempadamente e justamente referenciado neste blog aqui), o ponto 2 não merece qualquer dúvida até aos menos informados. Tendo estes dois aspectos em consideração, a validade da estratégia de captura de fundadoras e, em simultâneo, a falta de ferramentas devidamente selectivas para a concretizar, o caminho de ora em diante passa por melhorar as armadilhas ao nível da sua concepção e aprimorar os atractivos. Sobre este aspecto fiz diversas publicações nas quais identifiquei concretamente várias soluções já disponíveis (aqui, por exemplo).

Nesta demanda identifiquei recentemente mais um projecto, desta vez nascido nas Astúrias, e que teve como objectivo ” Crear una trampa para avispa asiática, que sea selectiva (es decir, que evite atrapar a otros insectos) y que se pueda fabricar por impresión 3d.”. Para além do produto final obtido, o que me importa mais com esta publicação é realçar a vantagem e necessidade de um trabalho colaborativo entre a academia, os decisores institucionais e os apicultores com vista a procurarem soluções mais efectivas para um problema complexo como este é. Na minha opinião, já não estamos em tempo de a academia e os decisores institucionais ignorarem a gravidade que a V. velutina representa para a biodiversidade e, de forma concomitante, é avisado procurar melhorar substancialmente a selectividade das armadilhas e atractivos, para que estas deixem de funcionar no campo como os insecticidas generalistas pouco selectivos contra os quais os apicultores sempre se opuseram, como no caso dos organofosforados e dos neonicotinoides.

Clique na imagem para aceder ao documento.

vespa velutina: modelos de armadilha e sua eficácia

No Manual de Boas Práticas no Combate à Vespa Velutina — captura de vespa velutina com armadilhas —, publicado em 2020, foram apresentados os resultados da eficácia de diversas armadilhas, artesanais e comercias. Como podemos ver a eficácia é muito baixa; apenas 1% dos insectos apanhados são V. velutinas para os três tipos de armadilhas artesanais avaliadas. Os resultados das 3 armadilhas comerciais avaliadas são igualmente pouco entusiasmantes.

Modelos artesanais

Modelo da Associação dos Apicultores do Norte de Portugal 

Modelo da Associação dos Apicultores do Cávado e Ave 

Modelo Associação dos Apicultores de Entre- Minho e Lima 

Modelos comerciais

Modelo comercial CLAC 

Modelo comercial TAP TRAP 

Modelo comercial VÉTO-PHARMA 

fonte: https://www.drapc.gov.pt/base/geral/files/manual_boas_praticas_combate_vespa_velutina.pdf

terceiro encontro de apicultores do distrito da Guarda: reagendamento

O terceiro encontro de apicultores do distrito da Guarda foi reagendado para o próximo dia 20 de Fevereiro. Serão bem-vindos apicultores de qualquer região de Portugal.

Encontram o link para fazer a vossa inscrição aqui: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdumNwkqYeOAEayxsulwGLsaVDL-my9jXePWWisWtiuRnKvdA/viewform

Mais uns momentos para continuarmos esta conversa inesgotável sobre as abelhas e a relação que vamos tendo com elas.

os meus livros

Jorge Luis Borges
24 Ago 1899 // 14 Jul 1986 
Escritor/Poeta/Ensaísta 

Os meus livros (que não sabem que existo) 
São uma parte de mim, como este rosto 
De têmporas e olhos já cinzentos 
Que em vão vou procurando nos espelhos 
E que percorro com a minha mão côncava. 
Não sem alguma lógica amargura 
Entendo que as palavras essenciais, 
As que me exprimem, estarão nessas folhas 
Que não sabem quem sou, não nas que escrevo. 
Mais vale assim. As vozes desses mortos 
Dir-me-ão para sempre. 

Jorge Luis Borges, in “A Rosa Profunda”

varroa: a actualidade deste blog

Não sou dado a auto-elogios como não sou dado a auto-comiserações. Sei de há muito que “santos da casa não fazem milagres” e que “pior que estar errado é ter razão antes do tempo”, e convivo sem perder o sono com esta realidade. O que não me mata torna-me mais resistente!

Depois de ler de ponta a ponta um guia publicado recentemente, em 2021, pela francesa FNOSAD (Fédération Nationale des Organisations Sanitaires Apicoles Départementales) acerca dos mais actuais avanços que a ciência nos disponibiliza sobre o ácaro varroa, confirmo que o trabalho persistente de pesquisa e divulgação que disponibilizo aos leitores assíduos deste blog acerca do que de mais importante se tem descoberto nos últimos anos neste domínio, tem acompanhado os tempos. Sem falsas e hipócritas modéstias, estou a fazer um trabalho de que me orgulho muito. Em baixo destaco algumas publicações deste blog (em hiper-ligação) em associação com os conteúdos deste guia francês tão actual, rico e valioso, escrito com recursos que não tenho, por uma instituição estatal francesa, guia este que me foi dado a conhecer há uns dias atrás pelo meu querido amigo João Gomes.

fonte: https://www.fnosad.com/fiches-pratiques/guide_fnosad_varroa_et_varroose.pdf

Entre outros avanços recentes no conhecimento do principal inimigo das abelhas, terei sido dos primeiros a publicar em português estes aspectos, entre outros:

Que 2022 nos permita controlar devidamente este parasita e inimigo mortal das nossas abelhas! Este desejo é dirigido, em particular, aos meus leitores e amigos que, através das suas mensagens públicas e privadas, me interpelam, me ensinam e me estimulam a continuar.

a utilização da focinheira para diminuir a pressão da velutina: o testemunho de um amigo apicultor

O voo estacionário da V. velutina nigrithorax em frente às colmeias provoca uma resposta comportamental nas nossas abelhas pouco adaptativa, que é conhecida como “paralisia de forrageamento/voo”. Para atenuar esta resposta, pouco funcional do ponto de vista da colónia, os apicultores utilizam um conjunto de dispositivos variados, entre outros, as “focinheiras” (do francês muselière). Estes dispositivos visam atenuar a pressão das velutinas à saída/entrada da colmeia, proteger as abelhas naqueles centímetros iniciais/finais de voo mais lento, ocultar em parte a sua saída/entrada, e encorajar um comportamento mais elevado de forrageamento, uma resposta mais adaptativa da colónia à pressão da velutina. Estes dispositivos aumentam a probabilidade de sobrevivâncias das colónias em mais 50%*.

A experiência do meu amigo Jorge Pino com este equipamento levou-me a solicitar-lhe que escrevesse umas linhas para aqui publicarmos. Ele aceitou de imediato o meu pedido, com a gentileza e solidariedade que o caracterizam, e enviou o texto em baixo.

A necessidade de defesa das colmeias de uma das pragas mais conhecidas na apicultura Ibérica, vai aguçando alguns engenhos e vamos percebendo ao longo do percurso, que para continuar a agir é necessário adaptarmo-nos e desenvolver novas abordagens ou melhorar as existentes, para ter como objectivo alcançar resultados satisfatórios e adequados no combate à vespa velutina, que depende do colectivo de apicultores, é um percurso que revela caminhos possíveis, amadurecimento, entender e interpretar os imensos desafios que se colocam. 

Com base nesse pressuposto evolutivo e o facto de estar inserido enquanto apicultor “Hobbista” no Parque Natural de Sintra / Cascais, zona de forte presença da vespa velutina, levou a que interiorizasse a premissa de implementar um plano, uma estratégia, talvez com etapas evolutivas e a devida resiliência, para a defesa das colmeias, e, a focinheira, (como lhes chama o André Gonçalo), de concepção simples e ao alcançe de todos com o devido engenho e algumas ferramentas, protegerá as colónias da invasão das vespas Velutinas e de outros possíveis predadores tais como ratos ou borboletas caveira, por exemplo, estas últimas inofensivas. A dupla rede de diâmetros de 16mm e 6mm, exterior e interior respectivamente, permite uma passagem rápida das abelhas do exterior para o interior e dificulta a transposição da velutina devido à sua envergadura em voo ser superior ao diâmetro da rede exterior de 16mm, enquanto que a rede interior de #6mm impede completamente a passagem da vespa velutina e desta penetrar nas colónias.

É claro e consensual que existem equipamentos similares, contudo o aspecto evolutivo deste, sobressai nos buracos concebidos de diâmetro de 7mm, para que, tanto zângãos como rainhas os possam transpor permitindo a permanência das focinheiras ao longo do ano sem a necessidade de as remover em períodos de fecundação. 

Vista frontal.
Vista lateral.
Vista do lado interior.
Alargamento da malha para permitir o transito de zângãos e rainhas.

Atente-se que não resolve o problema na totalidade nem refreia o ímpeto de predação, apenas defende as colónias, até porque, a vespa velutina acaba por adaptar a sua hostilidade predativa fazendo pressão no exterior, e, se as colónias estiverem menos fortes, acaba este, por ser um meio fisico de disuasão de invasão das mesmas, retardando ou evitando talvez, o ponto de não retorno das colónias. 

Estou certo que o estudo deste problema começa a dar alguns resultados noutras formas de combate, mas como diz o autor deste “blog” e inspirador de práticas coerentes, simples e equilibradas, até lá “O apicultor deverá ser o cuidador das abelhas” cuja missão é demasiado nobre para se furtar a essa condição.” 

* Nota: Nesta publicação retiro este excerto “Medimos a FR (falha no retorno das abelhas devido à predação de vespas) e PF (paralisia de forrageamento: paragem da atividade de voo em colmeias devido às vespas pairando em frente da entrada) e estimámos a probabilidade de mortalidade das colónias usando uma abordagem de modelagem mecanicista. A “protecção da entrada da colmeia” não reduziu a FR associada à vespa, mas reduziu drasticamente a PF. Além disso, a “protecção da entrada da colmeia” aumentou a probabilidade de sobrevivência de colónias stressadas por vespas até 51% em contexto de alta abundância de vespas asiáticas com base em simulações teóricas. Esses resultados sugerem que a instalação de “protecção da entrada da colmeia” pode atenuar o efeito prejudicial do vespão asiático nas abelhas europeias.”