Do meu conhecimento, e na sequência desta publicação, 3 amigos experimentaram pela primeira vez os iscos proteicos com quantidades baixas de fipronil. Ligaram-me a descrever os efeitos positivos observados, com uma diminuição muito acentuada na predação e o retorno das abelhas à actividade normal de forrageio. As pipetas utilizadas foram da marca Frontline Combo, a referida na publicação, e que contém um adulticida (o fipronil) e um larvicida (o metopreno).
Também na sequência desta publicação outro companheiro relatou que utilizou uma pipeta de Fronline Tri-Act para elaborar o isco proteico. Observou que nas quatro horas que manteve as colónias fechadas as velutinas não apanharam isco absolutamente nenhum! De forma espirituosa remata a sua observação com esta tirada bem humorada: “Posso ter feito alguma coisa mal.. não ter salteado os camarões em azeite e não ter acompanhado com um verde cá da casa.”
De facto o problema e a razão do insucesso está noutro aspecto. O Frontline Tri-Act, como o nome indica é um composto que actua em três frentes: a adulticida e a larvicida, até aqui igual ao Fronline Combo, mas às quais adiciona um efeito repelente dos insectos. É este efeito repelente que explica o facto de as velutinas não terem pegado no isco.
Fica a chamada de atenção para este detalhe de importância crítica para que a palatibilidade/atracção do isco proteico seja adequada.
Utilizem esta ou outra técnica, mas pela saúde das vossas abelhas façam o possível para evitar a paralisia de voo, comportamento que ocorre habitualmente nas colónias quando na presença de 3 ou mais velutinas a pairar sobre a entrada das colmeias. Para além de não fazerem as naturais tarefas de forrageio, as abelhas nestas circunstâncias sofrem uma carga de stresse oxidativo que lhes retira saúde. Acossadas, unem-se pelo medo. Por muita valentia que as abelhas mostrem formando um “tapete” compacto à entrada da colmeia, estão a envelhecer demasiadamente depressa neste ambiente que as aterroriza.