quando o amitraz começa a falhar

Tenho recebido relatos de apicultores, sobretudo da zona sul do país, muito preocupados com a aparente falta de eficácia das pulverizações de abelhas com amitraz ou outras aplicações com o mesmo princípio activo.

Nesta publicação venho apresentar os dados mais recentes que possuo e que estou a recolher por via da testagem em abelhas adultas, de um medicamento homologado baseado no amitraz.

No apiário de um cliente e não em todas as colónias, em algumas apenas, a luta está a ser mais difícil e prolongada do que era usual ser. Após duas aplicações do medicamento, como recomenda o fabricante, encontramos taxas de infestação na ordem dos 5%.

Sabemos que um tratamentos eficaz, seja ele feito desta ou daquela forma, só “compra” o tempo desejável, se levar a taxa de infestação abaixo de 0,5%. Portanto estas duas aplicações deste medicamento deveriam ter tido uma eficácia 10x superior nestas colónias para “comprar” o tempo desejável até ao próximo tratamento.

O que se está a passar com este princípio activo? Muito provavelmente estamos a ser confrontados cada vez mais em Portugal, como em França e Espanha, com populações de varroas com graus diferentes de resistência e susceptibilidade ao amitraz. Aquilo que ontem era garantido, hoje é uma roleta russa — um pouco como na geopolítica actual!

Relembro esta publicação de 2023, porque esta reflexão não é nova no meu blog.

Após duas aplicações e na lavagem pós-tratamento de 300 abelhas com álcool caíram 15 varroas. Foi feita a terceira ronda e em dose reforçada.
Já convenci o meu cliente que tem de mudar para outras soluções.

Assim como terão mudar os apicultores norte-americanos que estão novamente a passar por um episódio de altíssimas taxas de mortalidade, como relatado neste webinar que tive o gosto de acompanhar no dia 28 de fevereiro.

Se deseja conhecer alternativas ao amitraz, testadas por mim e/ou em estudos controlados, pode entrar em contacto para o e-mail: jejgomes@gmail.com

Para uma apicultura mais informada, prazerosa e rentável!

sobre a minha profissão e um tratamento muito eficaz

Tenho actividade aberta nas Finanças nas áreas de consultoria, formação e apicultura. Estas são as minhas áreas profissionais. E como todos os profissionais é do exercício destas funções que obtenho os meus rendimentos. E orgulho-me de as desempenhar com elevado profissionalismo e inovação. Orgulho-me de entregar aos meus clientes um serviço do qual retiram retornos muito superiores ao investimento que fazem na aquisição dos mesmos.

Detenho informação vasta sobre a apicultura, em particular nas áreas da Varroose, Enxameação e V. velutina, e contínuo disponível para a ampliar, ora com leituras ora com a experiência, retirada de ter as botas no terreno, e da partilha com com os meus amigos e clientes.

Passei milhares de horas a informar-me e manter-me actualizado sobre o que de mais actual se estuda e investiga sobre as abelhas, num processo de auto-formação contínua. Passei tantas ou mais horas a trabalhar as minhas colónias e colónias dos meus clientes, sabendo bem o que é trabalhar longas horas no apiário, descodificando com bom nível de certeza os “mistérios da colmeia”, controlando com bom grau os seus fenómenos.

Mais recentemente tenho aproveitado as virtualidades que o Zoom permite para fazer chegar aos apicultores, no conforto de suas casas, este acumular de conhecimentos e experiências que fui adquirindo nos últimos 16 anos.

A resposta de um conjunto de apicultores à minha convocatória para ingressarem neste caminho de iluminação ultrapassou as minhas expectativas. Julgo que tal se deve a dois factores: 1) procura de informação fundamentada, válida e testada no terreno; 2) a confiabilidade de que sou, entre poucos, a pessoa certa para entregar a informação com as características enunciadas no ponto anterior.

Se os formandos das sessões Zoom que já ministrei se re-inscrevem noutras sessões numa taxa acima dos 90%, não pode haver melhor confirmação do que refiro em cima.

Por este respeito mútuo, do meu lado a exigência que coloco a mim mesmo para entregar um serviço com informação de qualidade e inovadora, pelo lado dos formandos por estarem disponíveis para valorizar o meu trabalho, disponibilizando-se a pagar este serviço profissional, comprometi-me a apresentar uma proposta de solução a este grupo de formandos, que esteve presente nas duas primeiras sessões que ministrei sobre o Controlo da Varroose, e que estão a passar por sérias dificuldades para controlar o ectoparasita Varroa destructor.

Para todos os que estejam interessados em fazer o mesmo percurso formativo, nesta lógica de respeito mútuo que apresentei no parágrafo anterior, fico ao dispor para receber os Vossos contactos por e-mail (jejgomes@gmail.com) ou através do Messenger.

Em baixo deixo algumas fotos bem reveladoras da eficácia elevada e rápida do tratamento acerca do qual disponho informação fundamentada e testada.

visita técnica a apiário: sobre a autonomia, a estética e abelhas supreendentes

A espaços tenho sido solicitado pelo Luís Martins, advogado de reconhecido mérito na sua área e com diversos livros publicados, para visitar o seu apiário.

A primeira visita ocorreu em finais de março do ano passado e teve um carácter generalista, desde o ensino e demonstração acerca de como efectuar correctamente o teste de infestação em abelhas adultas, passando pela realização de alguns desdobramentos e avaliação de enxames que tinha comprado na região de Setúbal a um apicultor conhecido, rearranjo dos ninhos com vista a uma melhor eficiência termodinâmica e um outro conjunto de pequenas tarefas.

Uma boa parte da nossa conversa incidiu sobre as técnicas de controlo da varroose e prevenção da enxameação, sabendo que tinham sido estas as áreas que tinham sido mais problemáticas nos anos anteriores, comprometendo sempre a colheita do precioso néctar.

Mais adiante, em meados de julho, solicitou novamente a minha comparência e desta vez o foco foi a cresta de mel, a primeira que fez desde o início da sua apicultura, fruto do bom trabalho que realizou nas duas vertentes essenciais: manter as colónias saudáveis e mantê-las a trabalhar nas suas colmeias seguindo as orientações que lhe deixei. Para além de ter aumentado o efectivo, crestou cerca de 100 kgs de mel.

Entre estas visitas e a minha recente visita, no passado dia 20 de fevereiro, fomos falando pontualmente para esclarecer algumas dúvidas que tinha e definir algumas linhas de acção a tomar.

E ao longo deste tempo, constatei que o Luís, com a sua enorme capacidade de assimilar informação e competências, se autonomizou num patamar mais alto enquanto apicultor. Este é aliás um dos objectivos primeiros das minhas visitas: transmitir informação fundamental e conhecimento prático, com a preocupação de dar a inteligibilidade e o pragmatismo em doses suficientes que permitam aos meus clientes tornarem-se rapidamente mais competentes e autónomos.

O Luís, nesta visita recente, surpreendeu-me com três aspectos da sua apicultura:

  • a autonomia que referi em cima;
  • a dimensão e preocupação estética que teve com a implantação do seu apiário num novo local;
  • a qualidade de uns poucos de enxames que adquiriu recentemente na zona de Tomar a um velho apicultor, que conto visitar em breve.

Entretanto fizemos uns desdobramentos (4), avaliámos a taxa de infestação em várias colónias — desde a minha primeira visita, em marco do ano passado, e até à data não lhe morreu nenhum enxame por varroose — e ainda trago na memória o quanto o Luís evoluiu como apicultor, a beleza do seu novo apiário e aquelas abelhas do velho apicultor de Tomar.

As fotos ilustrativas:

O Luís (à direita) o Quim Zé (à esquerda) e o apiário (vista parcial)
Num momento do processo de testagem da infestação por varroa
O Solar S. Jacinto, na freguesia de Cardigos

varroose: aplicação de medidas mecânicas nas colónias

No passado sábado, num dos apiários de um cliente dos meus serviços de apoio técnico, a tarefa principal passou por preparar as colmeias para a produção de novos enxames, ao longo de 2,5 meses, mantendo as colónias doadoras/mãe com o seu potencial produtivo intacto. Foi também o dia de corte de criação de zângão.

Na hora do haraquiri… é por uma causa nobre
Quadro de criação intensiva de zângãos, muito muito low tech
O apicultor, high tech, com o quadro low tech
Lusitana profundo
Em casa a medição… um redondo zero

Ainda que a estratégia esteja sustentada na abordagem química (orgânicos + sintéticos) —como poderia ser de outra forma? lanço mão do que sei ser mais eficaz e exequível que encontro na estratégia mecânica/biotécnica, para que a mortalidade por varroa, que nos últimos 12 meses foi outro zero, se mantenha assim nos próximos 12 meses.

Nota: para os seguidores do blogue, abri um novo tema nas sessões Zoom: “Criação de rainhas por métodos orgânicos”. Os interessados entrem em contacto para o e-mail jejgomes@gmail.com

Ao Vosso dispor. Por uma apicultura informada!

varroose: uma realidade discrepante

Ontem, em Coimbra, no apiário de um cliente recente dos meus serviços técnicos, estive a aplicar o plano B em colónias muito infestadas (o plano B não passa pela utilização desse princípio activo em que provavelmente estão a pensar!). E estou certo que irei salvar da morte, desta morte anunciada, todas as colónias deste apiário.

A razão desta situação, com as colónias com taxas actuais de infestação entre os 5% e os 12% não se deve a um atraso no início do tratamento. O tratamento está a ser efectuado com um medicamento homologado de libertação lenta, e as colónias apresentavam taxas de infestação entre os 2-3% a 9 de janeiro, quando ele foi iniciado.

Caíram 35 varroas de 300 abelhas numa das colónias mais infestadas, cerca de 30 dias depois de iniciado o tratamento.
Nesta colónia, a fervilhar de abelhas

Num outro apiário do mesmo cliente, tratadas com o mesmo medicamento e com início também a 9 de janeiro, as taxas que medi no passado dia 5 de fevereiro não podiam ser mais contrastantes.

Fase do processo de lavagem em álcool de 300 abelhas no segundo apiário
Neste segundo apiário as taxas de infestação situam-se entre os 0% e 0,6%, em 5 de fevereiro, apenas 8 dias antes do teste realizado no apiário muito mais infestado

O mesmo medicamento, as mesmas doses, iniciado na mesma data nos dois apiários e com eficácia tão diferente entre apiários do mesmo concelho, Coimbra. Quais as razões? quais os factores determinantes do sucesso e insucesso?

Nas sessões Zoom que estou a ministrar sobre o controlo efectivo da Varroose, os inscritos irão ouvir a explicação que tenho para esta realidade discrepante.

Próxima sessão com inscrições abertas: dia 25 de fevereiro, às 21h30. Os interessados em inscrever-se contactem para o e-mail: jejgomes@gmail.com

Para uma apicultura mais informada!

como manter a varroose controlada ao longo do ano: visita técnica a apiários na Pampilhosa da Serra

Pouco mais de uma hora depois de ter saído de Coimbra, chego a Machio, no concelho de Pampilhosa da Serra, onde me encontrei com o Eng. Luís Estevão e seu pai, o Sr. António Estevão.

O Luís solicitou a minha visita técnica aos seus apiários com o objectivo de lhe propor melhorias nas práticas apícolas que ele e seu pai habitualmente levam a cabo, para reduzir a mortalidade e fragilização das colónias por efeito da varroose e viroses concomitantes.

Numa manhã com névoas, o dia foi clareando com o aproximar do meio-dia. E pude então observar com maior nitidez os vales cavados e encostas coberta de vegetação daquele magnífico território. Dos medronheiros, das moitas de urgueiras, da pequena queiró e das calunas, da esteva e alguns apontamentos de rosmaninho, entre outras plantas e arbustos, o campo é diverso, rico e intenso.

O território que enquadra a Pampilhosa da Serra
O Sr. António e o Luís, num momento do processo de avaliação da infestação em abelhas adultas.
Um momento do processo de avaliação da taxa de infestação em criação operculada.
Um momento da avaliação expedita da infestação em criação de zãngãos. É uma técnica muito fácil e rápida de excutar, mas os dados obtidos são mais grosseiros e enviezados.

Durante a visita tive a atenção do Luís e do Sr. António para com as minhas orientações, a concretizar a curto e médio prazo, com objectivo de melhorarem o seu modelo de intervenção nas centenas de colónias do seu efectivo. Reciprocamente também tiveram a minha atenção enquanto me elucidavam das particularidades do território que conhecem tão bem. A apicultura é local como muito bem sublinhou o Sr. António de forma sábia, um apicultor com 35 anos de abelhas no seu currículo, e que tão bem representa a paixão e o saber desta geração de apicultores.

Chegado a casa coloquei os dados obtidos nos testes efectuados no simulador do Randy e fiz chegar estas simulações ao Luís. O passo seguinte é conversarmos sobre estas simulações e planear com atencedência as intervenções a realizar a curto e médio prazo.

Trouxe para casa a garrafa ilustrada em baixo, que o Luís me ofereceu à chegada.

Licor de medronho, um produto da Pampimel, a valorizar os produtos endógenos

Nota: como a sessão de Zoom de dia 18 está esgotada, abri uma nova sessão a 21 de fevereiro, também às 21h30, para vos orientar com vista a manterem a varroa muito bem controlada ao longo do ano.

Podem contactar-me por e-mail: jejgomes@gmail.com

Para conversarmos sobre os meus serviços técnicos de apoio no apiário podem contactar-me pelo mesmo endereço de e-mail ou para o número 935251670.

Fico ao Vosso dispor.

testagem na cria: o diabo está nos detalhes

No passado dia 30 de janeiro, acompanhei o Marcelo Murta ao seu apiário onde, entre outras tarefas, recolhi um pedaço de favo com criação de obreira operculada para efectuar uma monitorização da infestação por varroa na fase de reprodução, conhecido por teste na cria.

Na semana anterior, o Marcelo, tinha feito a avaliação da taxa de infestação em abelhas adultas com os procedimentos habituais. A colónia com a taxa mais alta de infestação que encontrou com esta testagem foi uma que nas 300 abelhas lavadas apresentou 4 varroas, o que corresponde a uma infestação de 1,3%.

Foi nesta colónia que recolhi o favo com 98 pupas de obreira, que apresento em baixo.

Feita a avaliação de acordo com o protocolo da FNOSAD (federação nacional francesa das organizações sanitárias departamentais) encontrei uma pupa infestada, portanto 1% de infestação na cria.

Surpreendeu-me a infestação na cria não ser 3 a 4 vezes superior comparada com a infestação nas abelhas adultas, mas a introdução dos dados no simulador de varroa do Randy Oliver depressa me esclareceu que o estranho seria ter obtido 3-4% de infestação na cria nas condições actuais das colónias neste apiário.

Este, é apenas um detalhe que abordo nas sessões que estou a orientar pelo Zoom. Na sessão do dia 18 de fevereiro, às 21h30, tenho duas vagas disponíveis por agora. Caso esteja interessado pode enviar e-mail para jejgomes@gmail.com

controlo efectivo da varroose: sessões via zoom

Estou a aceitar inscrições para a próxima sessão via Zoom, a realizar nos dia 18 de fevereiro, com início às 21h30m.

Esta sessão, como outras que realizei, tem como foco o Controlo efectivo da Varroose.

Quem desejar inscrever-se pode enviar mensagem por meio deste blogue ou, em alternativa, para o e-mail jejgomes@gmail.com.

Porque a varroa não tem fins de semana nem tira férias, porque o amitraz está a mostrar cada vez mais que deixou de ser um princípio activo miraculoso, há que avançar noutras direcções e por outros caminhos. Venha conhecer as propostas fundamentadas que tenho para apresentar.

Hoje a testar os resultados de uma formulação inovadora. Só os testes confiáveis nos podem dizer se as alternativas que tenho vindo a experimentar são eficientes e eficazes e em que condições o são.

abelhas resistentes em Coimbra: resultados intermédios de uma experiência

O Nuno Capela, investigador no Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, iniciou o ano passado um teste com vista a verificar a resistência natural ao ácaro Varroa num conjunto de 40 colónias de abelhas ibéricas.

Este teste está integrado numa linha de investigação internacional, com o objectivo de aplicar e testar protocolos simples e muito orgânicos de identificação de colónias resistentes e sua futura multiplicação. A inspiração deste protocolo tem raízes no trabalho de John Kefuss e no célebre lema “live and let die”, ou seja “não faças nada e espera para ver o que acontece”.

Em Fevereiro falámos e o Nuno colocou-me ao corrente do que desejava fazer e solicitou a minha orientação e guidelines para planear os desdobramentos. Colaborei com ele na planificação e linha temporal dos procedimentos a realizar com vista a passar das 20 colónias mãe que estavam disponíveis em março, para 80 até meados/finais de abril. Uma condição importante que tinha de ser respeitada era que as novas rainhas fossem criadas pelas colónias-mãe num estado de orfanação e de forma completamente orgânica, com um nível de intervenção mínimo. Indiquei-lhe os detalhes a respeitar para operacionalizar e concretizar estes objectivos e, ao mesmo tempo, conseguir produzir rainhas de qualidade neste contexto.

Em maio o objectivo tinha sido alcançados a um nível muito aceitável. Tínhamos cerca de 70 colónias filhas funcionais, 20 com as rainhas mãe originais e cerca de 50 com rainhas novas de boa qualidade. Destas, 40 foram integradas no projecto resistência e, desde essa altura, deixaram de ser tratadas contra a varroa.

Em setembro começam a surgir os primeiros colapsos neste grupo de 40. Em outubro, novembro e dezembro as colónias continuam a “cair”, consequência da varroa e viroses associadas.

No final do ano, das 40 inicias, 4 colónias estavam vivas. Na passada sexta-feira o Nuno e eu fomos ver essas e outras colónias do apiário experimental de Coimbra) e encontrámos 2 vivas. Uma com cerca de 5 a 6 quadros de abelhas e outra, que me deixou muito admirado, com 9 a 10 quadros de abelhas. Dadas as pobres condições metereológicas, não fizemos a revisão que gostaríamos a estas duas colónias, que foi adiada para uma próxima visita.

Neste momento temos duas sobreviventes, que poderão vir a ser mães de algumas dezenas de colmeias este ano. Temos uma certeza: este será o primeiro passo de uma caminhada muito interessante, atinja-se algo mais ou não, a caminhada por si já é muito estimulante. Mais, sabendo e estando apoiados num estudo recente que concluiu que os traços de resistência são herdados do lado materno, e que se conseguem melhorias significativas em duas ou três gerações, seguramente não perderemos a ilusão.

O Nuno a tirar notas para o telemóvel e com a colónia resistente dos 10 quadros de abelhas.
A colónia resistente com cerca de 9 a 10 quadros com abelhas.

As fotos em baixo, tiradas na sexta-feira, são de uma das duas colónias que colapsou nestes últimos dias. O cenário habitual, que muito nos custa observar, com a excepção de que desta vez estas vítimas poderão contribuir para algo maior e melhor.

abrindo caminhos

Hoje, com o Nuno Capela, prosseguimos e demos seguimento às tarefas realizadas na anterior visita de campo (ver aqui).

À chegada ao apiário a manhã já ía relativamente quente, a rondar os 12ºC, e o Nuno agarrou na motoroçadora que levou para abrir uma passagem entre silvas e que muito nos irá facilitar o acesso ao apiário.

O investigador, a motoroçadora, a abertura do caminho, literalmente.

Enquanto o Nuno se entretinha a com a motoroçadora, fui fazendo o que tinha ficado agendado da visita anterior: colocar medicamentos de actuação lenta e prolongada (neste caso o Apitraz) numa altura em que as colónias apresentam, na sua maioria, taxas de infestação abaixo dos 2%.

Acho que faz sentido utilizar medicamentos de acção lenta numa fase de crescimento lento da população de varroas. A testagem posterior nos dirá. O que não faz sentido, para nós bem-entendido, é utilizar medicamentos de acção lenta em momentos em que o crescimento da população de varroas já é demasiado rápido. Esta assíncronia resulta, inúmeras vezes, em tratamentos falhados.

Como a próxima semana promete chuva do início ao fim, renovámos o fondant em algumas colmeias.

Fico tranquilo quando as vejo a consumir o fondant desta forma, circular.

Deixámos 4 colmeias por tratar, com vista a abertura e teste de novos caminhos no controlo da varroa. Outros caminhos se estão a abrir, é um imperativo.

O novo caminho.

Eduardo Gomes: serviços de formação presencial e on-line, consultoria presencial e on-line e apoio técnico em apiário (contactos: 935 251 670; jejgomes@gmail.com)