Neonicotinóides: que relação com o declínio dos polinizadores e a perda de colónias de abelhas

Neste artigo https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/ps.4583, publicado em 2017, os autores questionam a relação entre a utilização dos neonicotinóides e o declínio dos polinizadores em geral e colónias de abelhas em particular. Concluem:

  • O declínio dos polinizadores silvestres não aumentou durante a era neonicotinóide;
  • O mesmo foi concluído para o declínio das colónias de abelhas, e os declínios observados podem estar ligados a outros fatores que não os pesticidas;
  • As perdas de colónias de abelhas, que aumentaram desde 2000, foram associadas mais com pragas e parasitas, bem como com as práticas de apicultura, do que com o uso de neonicotinóides.

Vejamos alguns excertos do artigo traduzidos que sustentam as afirmações em cima:

“O declínios de espécies de polinizadores silvestres e de espécies de plantas relacionadas com estes polinizadores foram relatados por Biesmeijer et al., comparando dados de observação de campo do Reino Unido e Holanda pré e pós-1980. Estudos mais detalhados mais tarde mostraram fortes declínios na riqueza destas espécies, especialmente durante as primeiras décadas do pós-guerra (1950-1970), menos de 1970-1990, e quase nenhum entre 1990 e 2009. O principal determinante do declínio de abelhas silvestres e da riqueza de espécies tem sido a intensificação da agricultura, resultando numa perda de habitat e plantas fornecedoras de pólen. A tendência de declínio dos polinizadores parece ter abrandado nas últimas duas décadas (1990-2010), o período que viu a introdução e o uso crescente de neonicotinóides Além disso, as espécies de polinizadores comuns em ambientes agrícolas, e possivelmente contribuindo mais para a polinização das culturas, que provavelmente também são as espécies mais expostas, não mostraram tendências declinantes em comparação com as outras espécies encontradas principalmente fora das áreas agrícolas.

[…]

… as perdas de um número elevado de colónias de abelhas durante o inverno são consideradas um problema em si para os apicultores e estimularam a fundação da rede Coloss. Assim, as perdas de colónias de abelhas experimentadas pelos apicultores podem ser atribuídas ao uso de neonicotinóides? Smith et al. apontam que a evidência não é forte para o caso. Mesmo um projeto de monitoramento de 4 anos muito extenso com a intenção de lançar luz sobre os possíveis fatores envolvidos nas perdas de colónias de abelhas melíferas, e focando especificamente resíduos de produtos químicos, não foi capaz de mostrar qualquer relação com estes, mas mostram efeitos da infestação com o ácaro Varroa, alguns vírus e a idade da rainha: na verdade, todos eles se relacionam com as escolhas de gestão/maneio do apicultor, um fator decisivo e muitas vezes negligenciado. Evidência circunstancial de uma investigação por telefone de perdas de inverno entre uma amostra aleatória do apicultores holandeses desde 2013  também sugere que a exposição a pesticidas não é uma explicação provável das diferenças entre os apicultores no número de colónias perdidas: verificou-se que 60-70% dos apicultores não perderam quaisquer colónias, e os apicultores com e sem perdas estavam distribuídos uniformemente pelo país, independentemente da intensidade agrícola e do provável uso de neonicotinóides.”

vespa velutina: a escolha do habitat

“Segundo Kemper (1960), a temperatura, a humidade, a intensidade luminosa, o abrigo da chuva e a proteção do vento são importantes para a seleção dos locais de nidificação, pois esses fatores determinam a preservação do ninho, essencial para a sobrevivência da colónia. Muitas vezes, os ninhos estão localizados em árvores próximas a rios, porque a água é um elemento fundamental para a construção do ninho.

Além da temperatura e do binómio humidade-água, outro elemento muito importante para a Vespa velutina se instalar tão facilmente e  rapidamente se expandir é a presença de colmeias (Bessa et al., 2015). Na prática, a maioria dos ninhos foi encontrada perto de um ou mais apiários. Depois de analisar mais de 6.000 localizações de ninhos na França, os seguintes dados foram obtidos:

LOCALIZAÇÃO % ALTURA % NIDIFICAÇÃO %
Área urbana 48,5 + de 10 m 70 Vegetação 87
Área agrícola 42,25 2-10 m 26,3 Construções 12,8
Área natural 8,1 0-2 m 3,7 Solo 0,2
Pantanal 1,1  –  –  –  –

Tabela: Frequência de nidificação da vespa asiática de acordo com o tipo de localização, altura e localização (Rome et al., 2015).

No País Basco, muitos dos ninhos estão localizados em áreas agrícolas e rurais, mas também em áreas urbanas e peri-urbanas. A presença destes insetos em áreas habitadas é muito importante, podendo ser encontrada em locais como telhados, beirais, armazéns, colmeias vazias, buracos no solo, esgotos, etc. De qualquer forma, parece que estão ocorrendo mudanças na localização habitual dos ninhos de Vespa Velutina. No início da invasão, em França, todos os ninhos estavam nas copas das árvores, a  grande altura. No entanto, nos últimos anos, mais e mais ninhos estão aparecendo ao nível do solo.”

REFERÊNCIAS

  • Kemper H (1960) U¨ ber die nistplatz auswahl bei den sozialen faltenwespen Deutschlands. Z Angew Zool 47:457–483
  • Bessa, A. S., Carvalho, J., Gomes, A., Santarém, F. (2015), Climate and land-use drivers of invasion: predicting the expansion of Vespa velutina nigrithorax into the Iberian Peninsula. Insect Conservation and Diversity, 9: 27–37. doi: 10.1111/icad.12140
  • Rome, Q., Muller, F. J., Touret-Alby, A., Darrouzet, E., Perrard, A. and Villemant, C. (2015), Caste differentiation and seasonal changes in Vespa velutina (Hym.: Vespidae) colonies in its introduced range. Journal of Applied Entomology, 139: 771–782. doi: 10.1111/jen.12210
  • http://www.neiker.eus/vespa-velutina/ES/habitat/

PolyVar yellow®: avaliação da eficácia e segurança por um estudo independente

Foi recentemente homologado em Portugal, pela DGAV, um novo tratamento contra o varroa com a designação comercial  PolyVar yellow®. Para os menos familiarizados com este novo tratamento fica em baixo um vídeo acerca do mesmo. Aproveito o ensejo para colocar a tradução do primeiro estudo controlado independente que conheço acerca deste produto. Termino este post com algumas breves reflexões.

O vídeo 

O estudo

Avaliação da eficácia e segurança da Flumetrina 275 mg em tiras para entrada de colmeias (PolyVar Yellow®) contra o Varroa destructor em colónias de abelhas de mel infestadas naturalmente num estudo controlado

Um estudo controlado e parcialmente cego foi realizado para avaliar a segurança e eficácia do tratamento com 275 mg de flumetrina 275 por colmeia veiculada pelas tiras PolyVar yellow® (Bayer) no tratamento de final de verão / outono contra infestação com Varroa destructor em colónias de abelhas. Trinta colónias receberam o produto teste (PolyVar yellow® ) aplicado como um “portão” na entrada da colmeia durante 116 dias, outras um produto de controle positivo (flumetrina em tiras, Bayvarol®) durante 42 dias ou permaneceram sem tratamento como controle negativo. No dia 117, um tratamento de acompanhamento com coumafos em solução (Perizin®) foi aplicada a todas os três grupos. Para a avaliação da eficácia, os ácaros mortos foram contados com frequência durante 2 semanas após aplicação do tratamento de acompanhamento. Para a avaliação da segurança do tratamento as abelhas mortas foram coletadas durante todo o período de tratamento e acompanhamento por armadilhas de abelhas mortas e vários exames às colónias foram conduzidos até ao verão seguinte. A eficácia do produto aqui testadado (PolyVar yellow®) contra Varroa foi claramente demonstrado com uma redução de 99,9% de ácaros relativamente ao grupo de controle negativo (p = 0,0008). A sobrevida de colónias tratadas com o produto de teste ou o produto de controle positivo foi de 80% e 90%, respectivamente, enquanto a sobrevivência no grupo controle negativo foi de apenas 30%. Um número significativamente menor de abelhas mortas foi observado nos grupos tratados em comparação com controle negativo. Além disso, não há diferenças no desenvolvimento das colónias observados entre os grupos que foram considerados clinicamente relevantes. Assim, a flumetrina 275 mg em tiras colocadas na entrada das colmeia foi confirmado ser um tratamento eficaz e seguro para varroose em abelhas de mel causadas por Varroa destructor sensíveis à flumetrina.

Fonte: https://www.wur.nl/upload_mm/a/b/8/51a1a2b2-3e32-422e-82f3-a5d5eeb11a4c_Blacqui-re_et_al-2017-Parasitology_Research.pdf

Reflexões

  • Mais estudos controlados serão desejáveis, sobretudo em zonas com climas diferentes;
  • Será imprudente, no mínimo, os apicultores desdenharem desta nova modalidade de tratamento com flumetrina, baseados somente nos maus resultados que tiveram com o Bayvarol. Estamos em presença de um novo veículo e de uma quantidade substancialmente superior de flumetrina (3,6 mg por tira de Bayvarol contra 275 mg por tira de PolyVar Yellow);
  • Qual a eficácia deste novo tratamento em zonas fortemente predadas pela velutina, onde o movimento de entrada e saída de abelhas forrageadoras se encontra bastante reduzido nos períodos de final de verão/início de outono?
  • Será imprudente, no mínimo, desdenhar deste novo tratamento levantando o fantasma/papão dos resíduos no mel sem dados confiáveis, medidos e devidamente controlados. Qual é a quantidade de resíduos encontrada no mel e qual é o LMR (Limite máximo de resíduos) para a flumetrina no mel quando aplicado este tratamento? Se alguém tiver resposta, se a DGAV tiver resposta, agradeço que me enviem esses dados para poder completar este post.

flora apícola, instalação de apiários, transumância e desdobramentos: o slide show

Em baixo fica o link para o slide-show que preparei e utilizei para responder ao amável convite que a AALC me fez para palestrar, ontem, no VIII Seminário de Apicultura organizado e promovido por esta Associação de Apicultores.

Flora apicola, transumancia (v final) 2018

 

outono-inverno 2017/2018: alguns números

Passada no calendário a época outono-inverno 2017/2018 faço aqui um breve balanço da realidade da minha operação apícola suportado em números. Aceito facilmente que as condições básicas necessárias para qualquer colónia de abelhas passar bem a época invernal são essencialmente três, a saber:

  • varroa muito bem controlada,
  • alimento suplementar e ou reservas suficientes e
  • número de abelhas suficientes para manterem a termorregulação no ninho e capacidade de aquecer o alimento para o consumirem.

O sucesso ou insucesso que tive na propiciação desta tríade de condições  avalio-o à saída do inverno, verificando qual a taxa de mortalidade das minhas colónias em termos globais e, sempre que possível, procuro diagnosticar destas três condições qual o peso relativo de cada uma delas.

Passando aos números globais: entrei no outono com 604 colónias, e de acordo com  a minha última inspecção saio do inverno com 579. Neste período tive 25 colónias que ficaram pelo caminho. Feitas as contas a taxa de mortalidade pouco ultrapassa os 4%. Esta taxa de mortalidade deixa-me tranquilo, mas ambiciono no próximo ano baixá-la um pouco mais.

Fica a questão: o que fazer de diferente para baixar para 2 ou 3% a taxa de mortalidade? A melhor reposta parece-me a mim passará por saber o que esteve na origem daqueles 4%. Para dar uma resposta a esta exigência tenho de ser capaz de identificar com rigor, sustentado em observações e registos, o peso de cada uma das três condições em cima elencadas para a morte das  25 colmeias durante este período.

Assim tenho do que me dizem as minhas observações e registos:

  • morte por varroa: 0%;
  • morte por fome: 0%;
  • morte por perda de rainha durante este período: 4% (as 25 colmeias).

VSH (Varroa Sensitive Hygiene): abelhas resistentes e seus comportamentos (2)

Neste post descrevo alguns aspectos mais específicos apresentados pelas abelhas com características VSH.

As abelhas VSH não respondem a todas as pupas infestadas de ácaros com igual intensidade (ver Fig. 1). Elas são mais propensas a remover pupas infestadas com ácaros nas fases 2 a 4 do desenvolvimento pupal e menos na fase 1 ou nas fases 5 a 8. Além disso, são muito menos higiénicas nas larvas de zangão infestadas. As razões para estas tendências não são claras.

Fig. 1: Alguns fatores que influenciam o grau do comportamento higiénico de abelhas sensíveis ao varroa: idade e genética das abelhas, idade e tipo da criação e nível de infestação pelos ácaros na criação operculada.

Tem sido observado que as abelhas VSH reagem mais vigorosamente a colónias altamente infestados (ex. 15-25 ácaros por 100 alvéolos operculados). Respondem com muito menos intensidade na criação com baixa infestação (1-5 ácaros por 100 alvéolos operculados), provavelmente porque os sinais químicos odoríficos emitidos pelas pupas infestadas e  que activam o comportamento de remoção são menos concentrados e mais difíceis de detectar.

Fig.2: Comparação de dois quadros com criação infestada por ácaros. À esquerda quadro de uma colónia com baixo comportamento VSH; à direita quadro que foi exposto a abelhas VSH durante 24 horas: as pupas infestadas e desoperculadas aparecem como pontos brancos nesta foto.

fonte: http://articles.extension.org/pages/30361/varroa-sensitive-hygiene-and-mite-reproduction

VSH (Varroa Sensitive Hygiene): abelhas resistentes e seus comportamentos

Com o objectivo de seleccionar abelhas resistentes ao ácaro varroa, várias linhas de investigação e várias propostas têm sido apresentadas nas duas últimas décadas.

O laboratório apícola da USDA-ARS em Baton Rouge (EUA) tem-se destacado na selecção e melhoramento de abelhas que apresentem um comportamento que é designado por VSH (acrónimo de Varroa Sensitive Hygiene).  De forma simples estas abelhas removem/limpam as pupas infestadas pelos ácaros (ver vídeo aqui).

Este comportamento VSH tem-se revelado um importante mecanismo de resistência ao ácaro varroa. O maior nível de resistência surge nas abelhas de linhagem pura (mães e pais VSH). No entanto, as abelhas VSH híbridas (ex. rainhas VSH fecundadas ao ar livre com zangãos não-resistentes) também têm apresentado uma considerável resistência aos ácaros varroa.

O VSH é muito semelhante ao comportamento higiénico que as abelhas usam para combater a loque americana, ascosferiose, os ovos e larvas de traças da cera e os pequenos escaravelhos da colmeia (Aethina tumida). Todas as colónias têm provavelmente indivíduos que executam VSH e, assim sendo, a selecção e melhoramento por criadores de rainhas de linhas resistentes pode ser levado a cabo através de criteriosos mecanismo de avaliação e selecção para esta característica com as abelhas de qualquer parte do mundo. Sabe-se que este comportamento VSH é realizada predominantemente por abelhas com idades entre 15-18 dias de idade. A remoção dos ácaros das pupas infestadas começa quando uma abelha “desoperculadora” cheira as pupas infestadas e perfura  os opérculos. Posteriormente outras abelhas, as “removedoras”, alargam o furo dos opérculos e removem as pupas infestadas

Fig. 1: Remoção da pupa infestada pelo ácaro da varroa.  A remoção envolve várias abelhas e resulta na morte da prole do ácaro. A varroa-mãe geralmente sobrevive.

fonte: http://articles.extension.org/pages/30361/varroa-sensitive-hygiene-and-mite-reproduction

apiários de fecundação isolados: condições para o seu estabelecimento

Serão os apiários de fecundação isolados uma ilusão como opina Michael Bush quando escreveu no BeeSource “Apiário isolado é um pensamento ilusório por parte dos criadores de rainhas … ou um mito definitivo …”. Não é sempre assim, mas é a mais pura verdade na enorme maioria dos casos: uma ilusão dos criadores de rainhas.

Vejamos o que nos diz alguém dos apiários Russel (http://www.russellapiaries.webs.com/), apicultor de uma 3ª geração de apicultores e entomologistas com mais de 125 anos de actividade apícola, acerca de técnicas sérias utilizadas na identificação de apiários isolados.

Eu tenho discutido esta prática várias vezes antes. Os apiários isolados, embora nunca 100% certos,  são um método que é usado principalmente por alguns dos criadores mais sérios, e têm sido utilizados na indústria à muito tempo… essas áreas são testadas pelos criadores de forma rigorosa para avaliar a presença de outras colónias na área… Eles são testados usando vários métodos: inspeções de campo, testes de rainhas virgens, radar e armadilhas com 9-ODA [feromona mandibular da rainha].

Para o criador sério, os ensaios para identificar áreas isoladas é muito caro (em média são investidos US $ 43 000 por localização) e pode levar anos e anos antes de o criador ser capaz de começar a utilizar o apiário para a produção.

Uma vez que uma área mostra resultados promissores a partir desses testes, é preenchido pela linhagem de abelhas  escolhida para a saturação de área… por exemplo após 4 anos de testes num raio de 28 milhas [45 Km] decidimos aceitar um local… mudámos 500 colónias de uma certa linhagem para esse local… A área será testado novamente nesta temporada e, em seguida, colocaremos os 5.000 núcleos de fecundação neste local para criação de rainhas unicamente da linhagem colocada na temporada anterior… através de pesquisa do genoma nós (assim como outros) testamos a filiação de zangões capturados de forma aleatória em vôo perto das zonas de congregação de zangãos, com a finalidade de identificar a contaminação por outras colónia na área… Outra forma de isolamento de apiários que é usado nas regiões montanhosas é um “Snow cap yard” de alta altitude que  pode fornecer excelentes locais onde as abelhas podem ser isoladas devido aos topos de montanha congelada em torno de uma área onde as abelhas são mantidos… enquanto o vale aquece se enche de culturas durante a primavera e o verão, os topos das montanhas circundantes ao vale permanecem congeladas devido à alta altitude.

Espero que isso ajude.” rrussell6870, post no BeeSource em Janeiro de 2011.

Julgo que para os que entendem que em Portugal e no momento actual se está a efectuar hibridação controlada vem a propósito a afirmação de Randy Oliver: “A pessoa que enganamos mais facilmente somos nós próprios.”

abelhas produtivas e sua selecção: algumas ideias de C. L. Farrar

Se tivesse que indicar três nomes grandes da apicultura do sec. XX, o norte-americano C. L. Farrar faria parte da minha lista. Não é de estranhar, portanto, que volte a traduzir excertos do que ele escreveu, como já  fiz aqui.

No que concerne à selecção de uma raça/linhagem de abelhas produtivas Farrar escreve:

“… há maiores variações na eficiência da produção entre linhagens de abelhas dentro das três raças comuns (italiana, caucasiana e carniola) que existem entre as raças.

[…] Abelhas híbridas geneticamente controladas são desenvolvidas por endogamia seletiva e recombinação das linhas puras para obter vigor híbrido numa linhagem que se pretende mais produtiva e que expresse as características mais desejáveis do que a estirpe comum.

[…] Híbridos geneticamente controlados não devem ser confundido com abelhas resultante de uma mistura geral e desorganizada de raças que não tenham sido submetidas a seleção para características específicas.

[…] Rainhas capazes de produzir grandes ninhadas e de boa qualidade devem ser a primeira consideração nos programas de selecção. Um bom stock irá produzir e manter grandes populações na colónia no momento em que os principais fluxos começam. Uma rainha prolífica irá exigir o equivalente de 12 a 18 quadros, dependendo da quantidade de mel e pólen na colmeia, embora teoricamente toda a sua ninhada possa ser equivalente a apenas 5 – 6 quadros.

[…] A qualidade da postura é melhor avaliada quando observamos criação não selada (larvas de tamanho uniforme e sem interrupções dentro de uma área do quadro) do que quando nossa observação incide sobre a criação selada.

[…] Diferenças nas tendências para a enxameação de estirpes ou raças não estão bem estabelecidos e geralmente o  fenómeno é controlado por uma gestão adequada por parte do apicultor.

[…] Os apicultores desejando novas linhagens devem obter rainhas de vários criadores de rainhas para as comparar devidamente. Deve-se reconhecer que rainhas deficientemente criadas de linhagens produtivas em geral serão inferiores a rainhas criadas de forma correcta provenientes de linhagens menos produtivas.

fonte: http://beesource.com/resources/usda/productive-management-of-honey-bee-colonies/

Nota: no continente americano, do norte ao sul, a espécie apis mellifera é exótica e foi introduzida pelos europeus que foram habitar aquele continente.