a performance de rainhas que estiveram a um milímetro de enxamear no ano passado

Começo por referir que na minha apicultura a prevenção da enxameação e o controlo da enxameação são duas “coisas” muito diferentes. Têm razões, momentos e técnicas de abordagem muito diferentes uma da outra. Este é um assunto que já abordei em publicações anteriores e dispenso a repetição.

Nesta publicação, entre outras, apresentei a abordagem que tenho utilizado mais frequentemente nos último três anos quando pretendo controlar a enxameação nas minhas colónias — antes disso utilizava mais frequentemente o desdobramento vertical com recurso ao tabuleiro divisor para o fazer.

Ontem no mesmo apiário, inspeccionei 5 núcleos com as velhas senhoras que o ano passado foram “controladas”, e foram passadas para núcleos nas condições que referi na publicação do ano passado. Três deles estão já muito bem compostos. Em baixo deixo as fotos de dois destes três núcleos.

Os três núcleos marcados com um ramo de giesta. As rainhas que o ano passado foram “controladas” quando estavam de malas aviadas para enxamearem com as suas filhas, estão provavelmente no seu terceiro ano de postura.

Núcleo A: o verde mais à direita, ao fundo.

Nos próximos 12 dias vão nascer abelhas que tornarão esta casa muito apertada.
Padrão de criação de uma rainha provavelmente no seu terceiro ano de postura.
A “velha” senhora.

Núcleo B: o mais à esquerda, na primeira foto.

Na próxima inspecção este núcleo e os outros dois serão intervencionados.
Neste quadro deverão estar cerca de 4 mil abelhas a nascer durante os próximos 12 dias. Tem mais dois quadros semelhantes.
A “velha” senhora a iniciar muito provavelmente a sua terceira época de postura. Tivesse eu deixado esta senhora enxamear provavelmente estaria morta assim como as suas filhas, em razão da varroose.

Na próxima inspecção, estes três núcleos serão passados para caixas-colmeia de 10 quadros ou, em alternativa, iniciarei a sua palmerização. Uma decisão que irei tomar até lá, a que me permita optimizar os ganhos marginais que quero continuar a retirar destas rainhas e colónias que não permiti que partissem no ano passado.

4 comentários em “a performance de rainhas que estiveram a um milímetro de enxamear no ano passado”

  1. Boa tarde Sr Eduardo
    Os meus cumprimentos e agradecimentos pelos ensinamentos em que muito tenho aprendido.Venho solicitar 0 dia,mes e ano,em que ensinou a fazer a Palmerização,a que serefere no seu blog do dia 22.03.2022, quando diz “em alternativa iniciarei a Palmerização”

      1. Boa tarde Sr. Eduardo.
        Muito agradecido pela rápida resposta.
        Fui ler o blog que fez o favor de me indicar,mas não fiquei esclarecido,pois o blog indicado refere-se apenas ao reforço de colmeias fracas, não à criação de rainhas através da palmerização. Peço e agradeço que me dê umas “luzes”sobre a Palmerização,com colmeias ou núcleos.Será muito útil não não só para mim,mas também para muitos apicultores como eu.
        Cumprimentos e m grande abraço.Bem Haja. J gameiro costa

        1. Boa tarde, Jacinto. A palmerização, pelo menos como eu a aplico, não tem como objectivo criar rainhas. O objectivo é aproveitar a forte tendência para estas colónias em núcleos de 5 quadros crescerem rapidamente e encherem rapidamente os quadros com criação. Retiro um quadro com criação em intervalos de 7-15 dias para doar a colónias orientadas para a produção de mel e/ou enxames novos, como forma de estimular o seu mais rápido desenvolvimento. Cumprimentos, um forte abraço.

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