É consensual entre os apicultores mais informados que o pólen é O estimulante da criação de novas abelhas. Contudo como diz Randy Oliver “Não parece haver um benefício em alimentar com substitutos de pólen quando já existe um fluxo natural e substancial de pólen em andamento. Por outro lado, durante uma escassez, os substitutos de pólen têm um desempenho melhor quando as forrageadoras ainda são capazes de trazer uma pequena quantidade de pólen natural. A questão então é: por que essa pequena quantidade de pólen faz a diferença? […]
Os profissionais de marketing fizeram um ótimo trabalho em nos convencer de que “natural” é sempre melhor. Portanto, é tentador chegar à conclusão de que a pequena quantidade de pólen natural que chega fornece alguns elementos nutricionais essenciais que faltam.”
Mas Randy, e outros, em testes de campo verificou que mesmo alimentando com “bifes” proteicos que têm incorporados 15%-20% de pólen natural, o que daria os elementos que faltam, as colónias pouco cresceram durante o período de extrema escassez de pólen ao longo do teste.
Portanto, Randy suspeita que algo mais do que a falta de algum nutriente “natural” esteja envolvido.
O detalhe: o pólen armazenado nos alvéolos no interior da área de criação é o pólen que primeiro será consumido pelas abelhas amas. É este pólen, ali armazenado, que dá a pista às abelhas amas que está a ocorrer um fluxo de pólen. O pólen/pão de abelha armazenado a mais de 5cm da área de criação, nas abóbadas dos quadros ou em quadros adjacentes só tende a ser consumido quando a expansão da área de criação e as abelhas amas se aproximarem dessas áreas mais afastadas.
Implicações práticas:
- O pólen fresco, colocado aleatoriamente pelas forrageadoras nos alvéolos no interior da área de criação, permite que as amas produzam geleia abundante.
- A facilidade com que as amas encontram pólen fresco ao lado da criação que estão alimentando estimula-as a alimentar (modo de expansão), ao invés de consumir larvas jovens, (modo de acumulação).
- A presença de uma abóbada de pólen indica que há um excedente de pólen a chegar à colónia. A borda interna dessa abóbada indica a distância à criação que as abelhas amas precisam (ou estão dispostas) percorrer até se alimentarem.
- Todas estas descobertas acima indicam a importância de colocar os suplementos de pólen ou as dietas artificiais o mais próximo possível dos alvéolos com criação, isto é, a menos de 5 cm.
fonte: https://scientificbeekeeping.com/observations-on-pollen-subs-part-3-placement-of-the-pollen/