Ontem, entre as 11h30 e as 15h30, andei ocupado a fazer o primeiro tratamento do ano contra a varroose. O apiário está situado a 900 m de altitude e as colónias estão a despertar da dormência. Assim sendo, entendo ser este momento o mais indicado e oportuno. Com este timing pretendo manter o varroa em níveis muito baixos, por forma a garantir que as novas abelhas, que irão nascer durante os próximos 4 meses, se desenvolvam o mais possível saudáveis. Simultaneamente, é uma boa altura para apanhar boa parte dos ácaros — por haver ainda pouca criação operculada nas colónias, muitos varroas estão alojados nas abelhas adultas, logo mais desprotegidos dos efeitos de um acaricida que actua por contacto.
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Apesar da menor eficácia do Apivar no último tratamento em que o utilizei (verão de 2020), decidi ainda assim voltar a utilizá-lo. As razões são: o aumento gradual da criação que diminui a probabilidade de multi-infestações, isto é, a infestação de cada larva de abelha por mais que um ácaro; a fecundidade dos varroas nesta época do ano é mais baixa (ver aqui); com pouca criação operculada os ácaros estão mais expostos aos efeitos deste acaricida que funciona por contacto. Naturalmente ficarei vigilante!
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Neste apiário, com 44 colónias, retirei hoje as primeiras 4 colónias mortas ou seriamente comprometidas, 2 por estarem órfãs e outras duas por estarem extremamente fracas devido aos efeitos da PMS verificada no verão passado — estas abelhas viveram menos 30 a 40 dias que o expectável e não asseguraram a rotação/turnover para a nova geração de abelhas que iria começar a surgir nos próximos 15 dias. Até agora a mortalidade invernal neste apiário é de 9%.
No dia de hoje confirmei a entrada de pólen nas colmeias e seu armazenamento. Este é um aspecto essencial para o crescimento natural e gradual das colónias, em sintonia com o território.
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Às 16h30 sentei-me à mesa para almoçar!
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Nota: o amitraz tem um efeito sub-letal nos varroas. Não os mata, paralisa-os. Paralisados, os varroas desprendem-se das abelhas e acabam por morrer à fome, caídos sobre os estrados das colmeias.