o canibalismo, seus efeitos adversos e uma sugestão de maneio

Em abril deste ano foi publicado na revista científica Scientific Reports o artigo Pupal cannibalism by worker honey bees contributes to the spread of deformed wing virus, já referenciado aqui em fevereiro, antes da sua revisão. Volto nesta publicação, de forma sumária, ao seu conteúdo para apresentar uma sugestão de maneio.

Um vírus (VAD) que deixa as abelhas com asas atrofiadas e inúteis, abdómen inchado e cérebro lento antes de as matar aproveita-se de um dos hábitos dos polinizadores – a tendência de canibalizar a sua criação, descobriu um novo estudo.

O comportamento de canibalismo.

O vírus das asas deformadas (VAD) esconde-se no interior dos ácaros que parasitam as larvas e pupas das abelhas; as operárias são infectados quando se alimentam destas, concluiu recentemente uma equipe de pesquisadores.

Esta descoberta pode explicar a razão de o VAD se ter tornado muito mais catastrófico, muitas vezes levando ao colapso das colónias, em comparação com o passado. Esta pesquisa conclui que o aumento da virulência do VAD é devido, em parte, ao comportamento de canibalismo das abelhas.

fonte: https://www.livescience.com/virus-hijacks-bee-cannibalism.html

Sugestão de maneio: Uma maneira de interromper a reinfecção viral por meio da canibalização da criação é fazer um enxame nu, retirando toda a criação presente. As abelhas recuperam muito rapidamente num bom fluxo de néctar ou quando são alimentadas, tão rapidamente que, segundo alguns apicultores experimentados, elas não perdem terreno a longo prazo. Por alguma razão, percebendo que estão sem criação na nova configuração, elas vão empenhar-se quase freneticamente na construção de favos novos e criando novas abelhas a uma velocidade muito superior à que apresentavam no seu ninho estabelecido.

As abelhas, como nós, gostam de desafios, acreditam nas suas possibilidades e, a partir daí, agem tendo o céu como limite.

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