controlando a técnica de controlo da enxameação

Descrevi e publiquei que no passado dia 12, decidi utilizar uma técnica de controlo da enxameação proposta pelo advogado e apicultor norte-americano George Demaree, publicada no American Bee Journal em 1892.

Hoje passados 12 dias, voltei ao apiário para realizar diversas tarefas. A primeira constatação é que a Erica australis está a secar e a ser substituída gradualmente pela Erica lusitanica (urgueira ou moita branca).

O território continua estimulante!

No caso da colónia alvo da técnica Demaree em 12-04, há alguns indícios que continua a procurar enxamear. Uma inspecção a 19-04 revelou que, como esperado, tinha vários mestreiros abertos no sobreninho colocado por cima da grelha excluidora. Como não precisava destes mestreiros acabei por destruí-los. Menos esperado, por ser mais raro, foi encontrar dois mestreiros no ninho, ainda muito no início e que destruí, obviamente.

Hoje o indício de enxameação, menos evidente que os encontrados a 19-04, é a forma daquele alvéolo entre as duas abelhas.
Vista geral do ninho.
A abelha-mãe… a que geralmente e injustamente leva com as culpas de uma colónia querer enxamear.
Hoje, apesar do céu ameaçar, não foi dia de trabalhar à chuva… não seria o primeiro!

Observação 1: a propósito de um ou outro comentário que pude ler no Facebook acerca da publicação do dia 12-o4, quero deixar descansados os apicultores que parecem temer que com estas técnicas de controlo da enxameação se visa eliminar o instinto da enxameação nas abelhas melíferas. Não é esse o objectivo, como é claro, nem seria seguramente esta a técnica a utilizar para esse fim. As minhas abelhas vão continuar a querer enxamear neste e nos próximos anos. Eu é que não gosto de ficar sentado, sem nada fazer, a assistir a esse incrível fenómeno natural, mas que em nada contribui para a minha felicidade enquanto apicultor. Já os enxames saídos/fugidos em pouco ou nada contribuirão para a sustentabilidade da espécie, porque 99,9% deles estarão mortos em menos de um ano!

Um comentário em “controlando a técnica de controlo da enxameação”

  1. Erica australis e lusitanica tenho com abundancia num raio de 1 km. Os meus conterraneos chamam simplesmente de urze, mas agora ja as sei distinguir. Obrigado

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.