abelhas resistentes: fazendo o caminho

Podemos assistir no próximo dia 26, no auditório do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra ou por webinar, ao seminário sobre Selecção Assistida por Marcadores (SAM) dada pelo Prof. Doutor Dirk de Graaf.

Nesta publicação, de fevereiro de 2021, escrevi sobre esta tecnologia e suas virtualidades enquanto ferramenta de auxílio na selecção de abelhas mais resistentes ao ácaro varroa.

6 comentários em “abelhas resistentes: fazendo o caminho”

  1. Este ano desdobrei uma colmeia de um enxame “selvagem” que tinha entrado numa colmeia vazia de um amigo no ano passado.
    Resultado: o enxame cresceu sem parar, puxou no mínimo uns 5 ou 6 quadros de cera, a colmeia está abarrotada de abelhas, e a semana passada fiz um teste de varroa com o resultado de 0 varroas!!!
    Se soubesse teria posto uma meia alça…
    Não posso perder essa genética!
    No entanto, mesmo que faça criação de rainhas por picking, sempre haverá perda de genética devido aos zangãos. Qual será a melhor forma de preservar esta rainha?

    Cumprimentos,
    Miguel Correia

    1. Bom dia, Miguel! A melhor forma de prolongar a longevidade da rainha é restringir o seu espaço de postura, por exemplo colocando-a num núcleo. Se acredita nas qualidades dessa rainha deve multiplicar a sua linhagem, apesar de estar consciente da diluição genética do traço resistência que eventualmente esteja presente. Relativamente ao teste à varroa, e se desejar, dê-nos mais alguns pormenores acerca dos procedimentos que utilizou para o realizar. Um abraço.

      1. Obrigado pelo conselho.
        Vou fazer exactamente isso: restringir essa rainha a um núcleo e multiplicar essa linhagem.
        O método que usei para a contagem foi com o kit com CO2.
        Honestamente, não gostei muito.
        Fiz o teste em 4 colmeias com os seguites resultados: 16, 12, 5 e 0.
        Não gosto nada do sacrifício de abelhas para a contagem e por isso usei o CO2, mas não fiquei convencido da eficácia nem da saúde das abelhas após esse procedimento.
        Dos resultados obtidos, o que menos me agradou foi a colmeia com 5 varroas, porque após visualizar a colónia, parece-me que deveria ter muito mais que 5. Por isso, não fiquei convencido desse método.

        1. Obrigado eu também pela rápida resposta Miguel!
          Relativamente ao CO2 já não é a primeira vez que leio algumas dúvidas quanto à sua fiabilidade. No caso da colónia que presume ter abelhas resistentes recomendo que faça um novo teste, desta feita com lavagem de abelhas em álcool ou detergente de pára-brisas de automóveis. É verdade que vai ter de sacrificar cerca de 300 abelhas, mas na minha opinião deve procurar tirar conclusões mais confiáveis. Para ter uma referência o Randy Oliver está a seleccionar colónias resistentes que tenham não mais de um ácaro por amostra de 300 abelhas. Bom trabalho, espero que de facto se confirme a sua percepção de ter uma colónia muito especial. Se desejar, pode actualizar-nos se e quando fizer o novo teste à infestação nessa colónia. Nas restantes trate o mais rapidamente que lhe for possível. Acima dos 3% devemos tratar rapidamente.

          1. Assim o farei. Vou fazer outra contagem, talvez com álcool para ter um resultado mais fidedigno.
            Assim que o fizer, actualizarei o resultado.

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