vírus da paralisia crónica

A infecção/síndrome do vírus da paralisia crónica da abelha (VPCA), que não deve ser confundido com o vírus de paralisia lenta ou vírus da paralisia aguda, afeta geralmente as abelhas adultas da Apis mellifera e causa uma paralisia crónica que se pode espalhar facilmente entre os membros da uma colónia. As abelhas infectadas com VPCA começam a apresentar sintomas após 5 dias e morrem alguns dias após. A infecção pelo vírus da paralisia crónica das abelhas é um fator que pode contribuir ou causar o colapso repentino das colónias de abelhas, e por vezes é confundida com a intoxicação por envenenamento.


Embora o VPCA infecte principalmente abelhas adultas, o vírus também pode infectar abelhas em estágios mais precoces de desenvolvimento, embora as abelhas mais novas tenham cargas virais significativamente mais baixas em comparação com suas companheiras mais velhas.


As abelhas que foram infectadas com VPCA podem abrigar milhões de partículas virais. O vírus possui atividade neurotrópica, isto, é afecta o processamento sensorial, memória, aprendizagem, o controle motor, a locomoção, a orientação corporal e excitação.

A infecção apresenta-se de duas maneiras distintas: a infecção/síndrome tipo I e a infecção/síndrome tipo II, a mais frequente na Europa.

Uma abelha infectada tipo I apresenta um abdómen inchado devido ao saco de mel estar cheio de líquido e asas fracas ou trémulas. As abelhas infectadas do tipo I tendem a gatinhar no chão ou aglomeram-se perto da entrada da colmeia, pois suas asas enfraquecidas levam à incapacidade de voar.

Uma abelha infectada tipo II apresenta uma completa perda do pêlo (alopécia), fazendo com que pareça preta e oleosa. Essas abelhas ainda conseguem voar 2-3 dias após o aparecimento dos sintomas, mas perdem a capacidade de voar pouco antes de sucumbir à doença.

As abelhas doentes são consideradas intrusas na colmeia e são atacadas pelas abelhas saudáveis da colónia. Em poucos dias, ficam incapazes de voar, apresentam tremores e acabam por morrer, alguns dias após o início da infecção. Embora estas duas síndromes sejam descritas, elas não são exclusivas porque podem estar presentes na mesma colónia.
Portanto, uma síndrome geral foi definida, agrupando os principais sintomas dos 2 tipos. A síndrome é caracterizada pela presença de abelhas trémulas, incapazes de voar, rastejando, algumas são negras e depiladas; finalmente, essas abelhas às vezes são rejeitadas da colónia e são encontradas moribundas ou mortas à entrada da colmeia.

Pequeno vídeo que mostra uma abelha com infecção tipo II a ser agredida pelas suas irmãs, com vista à sua expulsão da colmeia.

Actualmente não há tratamento conhecido para a doença. Frequentemente, as abelhas infectadas pelo vírus da paralisia crónica morrem por si próprias, mas as abelhas infectadas, se detectadas, devem ser removidas da colmeia imediatamente para diminuir as chances de o vírus se espalhar através da trofalaxia ou do atrito com abelhas saudáveis. A suplementação de uma colmeia enfraquecida, que foi severamente afetada pelo vírus, com abelhas saudáveis de outra colónia pode impedir o seu colapso.

Fotografia do vírus

fontes: https://www.semanticscholar.org/paper/Le-virus-de-la-paralysie-chronique-de-l’abeille-%3A-à-Chevin/5113959269f1929356593da1d3dd69e3d8b39c04; https://en.wikipedia.org/wiki/Chronic_bee_paralysis_virus

Um comentário em “vírus da paralisia crónica”

  1. Tenho algumas colónias com esses sintomas, a conselho de um amigo apliquei a neoapiciclina e em algumas colónias como experiência e posso dizer que em algumas correu muito bem, comparativamente a outros anos morreram muito menos abelhas.

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