“A jornada de Philippe Lecompte, apicultor orgânico perto de Reims!
Este especialista em abelhas e amante teve sua primeira colmeia em 1975 e tornou-se profissional em 1979. Preocupado com a qualidade do mel e o bem-estar de suas abelhas, tornou-se orgânico/bio em 1995. Philippe também é presidente da Réseau Biodiversité pour les Abeilles, e vice-presidente da associação Symbiose para paisagens e biodiversidade, que reúne representantes do mundo agrícola e vitivinícola, várias autoridades regionais do Grand Est e indústrias de proteção de plantas.
Este ano em França, as beterrabas, inclusive as orgânicas, foram parasitadas por pulgões, com quedas espetaculares de rendimento. Existem apenas dois tratamentos: os piretroides sintéticos, que são administrados por pulverização e, portanto, podem envenenar vários insetos com facilidade, e as sementes revestidas com neonicotinoides, menos prejudiciais porque permanecem no solo.
Mas esta polémica, acima de tudo, impede que se pense nas verdadeiras causas da mortalidade das abelhas. A Plataforma de Epidemiologia de Saúde Animal, uma organização independente sob a égide do Ministério da Agricultura e do INRAE (Instituto Nacional de Investigação para a Agricultura, Alimentação e Ambiente), publica um estudo anual sobre as causas de mortes de abelhas:
- 1º responsável: parasitas, em particular a varroa, cuja fêmea se alimenta da abelha, e transmite um vírus mortal (nova estirpe de vírus mais virulenta espalha-se pelas colónias de abelhas na Europa).
- Na 2ª posição, a Plataforma aponta para as más práticas apícolas, cada vez mais difundidas. A abelha é o terceiro animal doméstico em França há vários anos. Muitas pessoas iniciam a apicultura sem ter as habilidades e os conhecimentos necessários, o que tem graves consequências na mortalidade do seu efectivo.
Quais são as relações entre o apicultor do Grand-Est e outros atores do mundo agrícola?
A agricultura é um castelo de cartas: se uma cai, as outras seguem. Por exemplo, o desaparecimento do setor francês de beterraba teria sérias consequências na produção de alfafa, uma planta muito benéfica para a preservação da biodiversidade, porque as unidades de desidratação da alfafa também produzem polpa de beterraba, essencial para assegurar a sua rentabilidade.
Na nossa região, os atores do setor agropecuário em sentido amplo trabalham juntos há vários anos nestas questões. A associação Symbiose lançou assim iniciativas e experiências para promover a biodiversidade nos nossos territórios, como a instalação de faixas intra-parcela com floração escalonada, de forma a garantir a alimentação dos polinizadores durante todo o ano, sebes ou faixas de alfafa na orla das parcelas.”
fonte: https://www.lunion.fr/id201075/article/2020-10-23/marne-le-monde-agricole-uni-pour-la-biodiversite
Caro Eduardo, a minha pergunta nada tem haver com esta sua informação
as minhas pesquisas nada me disseram, embora tenha visto num lote de variedade de sementes meliferas.
pergunto-lhe, o linho é uma boa planta melifera? e a qualidade do mel .
Fico-lhe grato pela informação que me possa facultar
os melhores cumprimentos e continuação de óptimos escritos
um abraço
Cristiano
Cristiano muito obrigado pelas suas palavras. Da pesquisa que fiz o linho é visitado por abelhas e é melífera. Um abraço.