Hoje, numa manhã magnífica, fui ao apiário 1 do Marcelo fazer medição da taxa de varroa através dos procedimentos usuais. O primeiro objectivo era medir a taxa de infestação em 50% das colónias estabelecidas presentes nesse apiário; o segundo objectivo passou por recolher dados actuais para apresentar na 1ª edição do workshop Controlo da Varroose, a realizar no próximo dia 20 de abril em Coimbra. Dados do terreno, obtidos de acordo com as melhores práticas hoje disponíveis, que darão robustez à proposta de intervenção que iremos partilhar em Coimbra e Macedo de Cavaleiros.
Prática assente em bons conhecimentos… conduz a boas práticas. E boas práticas associadas a bons conhecimentos permitem a qualquer apicultor manter a Varroose muito controlada, e percebendo os fundamentos que conduzem ao sucesso da sua intervenção será capaz de ajustá-la e melhorá-la de forma contínua.
Voltando ao apiário 1 do meu amigo Marcelo. As boas práticas que temos vindo a utilizar nos últimos 8 meses e meio expressam-se em resultados confiáveis, são medidos frquentemente, e resultados dignos de apresentar. Dignos de apresentar porque mostram no terreno e na prática fundamentada que levamos a cabo que, em colmeias reais e iguais às de todos, é possível quebrar com poucos e bons recursos o crescimento exponencial da população de varroas.
Vejamos os resultados no apiário: desde o início de setembro até à data, com dois tratamentos “soft” efectuados no período, a taxa de infestação média no apiário não ultrapassou 0,3% (os resultados por colónia situaram-se entre 0% e 0,6%.)
Abordagem mais efectiva e prática que esta que estamos a levar a cabo não conheço. É este conhecimento fundamentado e esta prática aplicada e estes resultados que iremos partilhar.
Em baixo algumas fotos do trabalho de hoje.