Ontem, entre as 12h30 e as 15h30, andei entretido a alimentar com pasta de açúcar as colónias do meu apiário preferido, a 900 m de altitude. Os sinais, do inverno mais frio que me lembro desde que iniciei a minha aventura apícola em 2009, estavam ainda bem visíveis no estradão de acesso aos assentos.
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Como calculava, o estado geral das colónias estava de acordo com a época, apesar das duas últimas semanas com temperaturas raras. Das 64 colónias ali estacionadas, em três encabeçamentos um pouco afastados entre si, fui encontrar 1 núcleo morto, uma colónia muito possivelmente zanganeira e uma colónia a ser pilhada. Na visita anterior tinha retirado duas colónias mortas, que haviam sido colocadas em núcleos em meados de setembro, após terem sido diagnosticadas com PMS alguns dias antes. A taxa de mortalidade, até à data, está pouco abaixo dos 8% neste apiário.
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Este outono-inverno a mortalidade de colónias muito provavelmente ultrapassará a barreira dos 5%, fasquia que não tenho ultrapassado nos últimos 4 anos. Estimo que fique, ainda assim, abaixo dos 10%. A razão deste aumento de mortalidade foi a minha incompetência, a minha falta de um maneio de excelência. O frio das últimas semanas não ajudou, mas a principal variável a contribuir para a mortalidade já vinha detrás, na debilitação de cerca de 20% das minhas colónias pelo Parasitic Mite Syndrome (PMS).
Os mestres apicultores da velha guarda, referem uma mortalidade invernal habitual a rondar os 10% nos tempos pré-varroa. Tomando este valor como referência para a nossa época pós-varroa, na minha opinião, uma mortalidade invernal abaixo dos 5% é excelente, entre 5 e 10% é muito bom, entre 10-15% é bom, entre 15-20% é medianito. Acima dos 20% é mauzito! Por muito auto-complacente e por muito que tenda a atribuir as responsabilidades a um deus desconhecido ou outros, todo o apicultor mais rapidamente baixará a mortalidade invernal quanto mais depressa aprender e decidir olhar olhos-nos-olhos a sua responsabilidade.