cera de opérculos: a minha solução para o seu processamento

Durante aqueles anos em que o meu efectivo ultrapassou as 400 colmeias e foi crescendo, ano após ano, até às 700, o processamento da cera dos opérculos foi o ponto de estrangulamento no processo de extracção. Na altura pensei e reflecti muitas vezes sobre a compra de uma máquina processadora dos mesmos. O investimento e as palavras que ouvi a um dos maiores apicultores que Portugal conheceu — “Eduardo actualmente passo mais tempo na melaria a resolver problemas mecânicos das máquinas do que nos apiários!” — nunca me deixaram confortável o suficiente para tomar a decisão de adquirir este tipo de equipamento. Nos anos de maior produção externalizei parte da extracção, recorrendo a uma melaria em Mangualde, e assim fui dando solução à necessidade de uma grande capacidade de extracção e processamento da cera.

Actualmente, com pouco mais de 160 colónias, voltei a utilizar em exclusividade o meu processo artesanal para limpar a cera dos opérculos.

Em baixo deixo o foto-filme de como o faço, nas condições que tenho.

Cera dos opérculos já bastante escorrida depois de ter passado vários dias na tina de desoperculação.
Cera dos opérculos colocada em caixas muito largas e pouco profundas, tranportada para uma casa rústica a 50-70 m de um dos meus apiários.
No interior da casa, onde dispus as caixas como a foto ilustra.
As abelhitas não tardam a chegar…
… e a cobrirem estas manjedouras!
Passado uns dias remexo a cera nas caixas para lhes facilitar o acesso à cera com algum mel ainda.
Cera dos opérculos quase limpa, sem mel, nas condições ideais para ser fundida na caldeira a vapor.

Nota: esta publicação foi incluída na categoria “equipamentos” por razões óbvias: é de equipamentos que trata, uns rudimentares, facilmente reparáveis, outros autónomos, as abelhas, que me libertam para o que mais gosto, estar nos apiários.

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