Há coincidências interessantes. Dois ou três dias depois de tirar as fotos que vão ver para preparar esta publicação vejo um apicultor da lista do Bee-L escrever por lá o seguinte: “Na palestra de novembro para os apicultores da Associação Empire State, Tom Seeley focou-se nas abelhas coletoras de água. Ele mencionou que a dança mais “entusiástica” que ele já observou (em termos da intensidade e persistência da dança) foi numa forrageadora num inverno numa colmeia de observação. Ela dançava para anunciar a disponibilidade de água doce no primeiro dia quente da temporada. Qualquer pessoa informada da pesquisa de Tom
tem uma noção de quantas danças ele observou de perto no último meio século ou mais, fazendo desta observação uma informação ainda mais relevante para as nossas considerações sobre a necessidade de água de uma colónia.” Vi rapidamente a pertinência em começar esta publicação com esta citação pela relação que tem com o tema que hoje me motiva a escrever.
E por que carga de água precisam as abelhas da água nesta altura do ano? Para liquefazerem o mel, para melhor o consumirem e assimilarem.
Qualquer um de nós pode fazer esta observação. Reparem nos quadros com mel operculado nos quadros mais afastados do centro ou do aglomerado de abelhas. Reparem nos alvéolos vazios com os opérculos perfurados. Daí saiu o mel, depois de previamente aquecido e diluído em água por um enxame com abelhas suficientes para procederem a estas tarefas.
Quando as abelhas não são suficientes morrem de fome com o mel operculado a milímetros de distância. A pergunta a fazer é por que razão as abelhas não são suficientes. Muito provavelmente por efeito diferido no tempo de varroose e viroses associadas.