outono-inverno 2017/2018: alguns números

Passada no calendário a época outono-inverno 2017/2018 faço aqui um breve balanço da realidade da minha operação apícola suportado em números. Aceito facilmente que as condições básicas necessárias para qualquer colónia de abelhas passar bem a época invernal são essencialmente três, a saber:

  • varroa muito bem controlada,
  • alimento suplementar e ou reservas suficientes e
  • número de abelhas suficientes para manterem a termorregulação no ninho e capacidade de aquecer o alimento para o consumirem.

O sucesso ou insucesso que tive na propiciação desta tríade de condições  avalio-o à saída do inverno, verificando qual a taxa de mortalidade das minhas colónias em termos globais e, sempre que possível, procuro diagnosticar destas três condições qual o peso relativo de cada uma delas.

Passando aos números globais: entrei no outono com 604 colónias, e de acordo com  a minha última inspecção saio do inverno com 579. Neste período tive 25 colónias que ficaram pelo caminho. Feitas as contas a taxa de mortalidade pouco ultrapassa os 4%. Esta taxa de mortalidade deixa-me tranquilo, mas ambiciono no próximo ano baixá-la um pouco mais.

Fica a questão: o que fazer de diferente para baixar para 2 ou 3% a taxa de mortalidade? A melhor reposta parece-me a mim passará por saber o que esteve na origem daqueles 4%. Para dar uma resposta a esta exigência tenho de ser capaz de identificar com rigor, sustentado em observações e registos, o peso de cada uma das três condições em cima elencadas para a morte das  25 colmeias durante este período.

Assim tenho do que me dizem as minhas observações e registos:

  • morte por varroa: 0%;
  • morte por fome: 0%;
  • morte por perda de rainha durante este período: 4% (as 25 colmeias).

6 comentários em “outono-inverno 2017/2018: alguns números”

    1. Boa noite Marcelo!
      Não tenho as rainhas marcadas. Pelos meus registos a grande maioria das rainhas tinha três anos de idade.
      Abraço.

      1. Boa noite Sr Eduardo,

        Será que não está ai a resposta para essa taxa de mortalidade?

        Se eram rainhas com 3 anos já estavam a ficar velhinhas.

        A maioria das suas rainhas que sobreviveram a média não era entre os 18 aos 24 meses?

        Com os melhores cumprimentos,
        Marcelo Bettencourt

        1. Bom dia, Marcelo!
          Desculpe o atraso na resposta. Sim também creio que o facto de as rainhas terem cerca de 3 anos explica a sua mais elevada mortalidade. E sim a maior parte das rainhas que sobrevivem ao inverno nos meus apiários têm até cerca de 2 anos, 2,5 anos de idade.

          1. Bom dia Sr. Eduardo,

            Obrigado pela resposta.

            Tenho seguido o seu blog e tenho adquirido muita info.

            Sou um jovem criador de rainhas de São Jorge Açores por isso também efectuei estas perguntas porque estou adquirir relatos para ter uma base de informação de trabalho.

            Obrigado

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