Os mestreiros de substituição surgem quando as colónias necessitam substituir uma rainha envelhecida e/ou com postura fraca.
As abelhas apercebem-se deste declínio e/ou falha da rainha através da diminuição das feromonas glandulares da rainha e das feromonas da criação. Ao contrário da condição de emergência que se caracteriza pela sua natureza súbita e inesperada, a condição de substituição da rainha caracteriza-se pela sua natureza gradual e previsível. As colónias produzem mestreiros de substituição por razões diferentes, como por exemplo:
- a rainha está envelhecida;
- a rainha é nova mas está mal fecundada;
- a rainha não produz feromonas suficientes;
- a rainha produz demasiados zângãos;
- o padrão de postura é irregular;
- …
O número de mestreiros de susbstituição geralmente não ultrapassa os 4 e estão frequentemente localizados na zona do topo e/ou central do quadro. Estes mestreiros formam-se a partir de cálices reais pré-existentes, aspecto distintivo dos mestreiros de emergência.
Ao contrário dos mestreiros de enxameação, os mestreiros de substituição podem surgir em qualquer época do ano. Durante algumas épocas do ano, a fecundação da rainha tem poucas probabilidades de sucesso porque há poucos zângãos disponíveis e/ou porque a metereologia não é a ideal para os voos de fecundação. Nestas situações, o apicultor pode intervir introduzindo uma nova rainha fecundada se a tiver disponível, ou juntando o enxame orfão a um enxame funcional.
Muito bom artigo, falando de coisas complexas de uma forma simples e bem elucidativa. Parabéns amigo Eduardo.
As tuas palavras são um bálsamo, Fernando! Um grande abraço para ti, aí na nossa Guarda