A partir dos 40m30s deste webinar, Jamie Ellis, Professor de Entomologia no Departamento de Entomologia e Nematologia da Universidade da Flórida, apresenta-nos uma proposta para solucionar os casos de colónias zanganeiras, que enxamearam ou com rainha com mau padrão de postura — colónias disfuncionais. Nas centenas de vezes em que utilizou esta técnica Ellis afirma que resultou em todos os casos. Posso afirmar que já utilizei o mesmo procedimento 3 ou 4 vezes, há cerca de meia-dúzia de anos atrás, para salvar colónias zanganeiras e que, comigo, também resultou sempre.
Pré-requisitos: ter enxames funcionais em núcleos de 5 quadros. Ellis recomenda ter um enxame funcional em núcleo por cada 5 a 10 colónias com 10 quadros.
Procedimentos:
Notas: 1) No casos de desejarmos resolver com estes procedimentos uma situação de uma colónia zanganeira, com uma população já relativamente pequena, proponho que deixemos o núcleo resultante, aquele que irá criar uma nova rainha, no local de origem do núcleo. Neste local receberá as abelhas de campo que retornarão ao local original nas horas seguintes e/ou nos dois a três dias seguintes. Estas abelhas irão reforçar a população deste núcleo e, por esta via, aumentar a sua viabilidade.
2) Nunca utilizei este procedimento para dar um “boost” em colónias enxameadas, para evitar a sua “paragem” enquanto é criada e fecundada a sua nova rainha. Esta forma de colocar colónias enxameadas rapidamente nos carris na véspera ou durante um fluxo de néctar intenso tem muitos méritos aos meus olhos e prevejo utilizá-lo na próxima temporada em alguns casos, que me servirão de estudo-piloto. Para que resulte é absolutamente indispensável que sejam eliminados previamente todos os mestreiros existentes. No caso de já terem nascido rainhas virgens não utilizarei o procedimento porque é praticamente impossível garantir que se tenham eliminado todas as rainhas virgens presentes. Sem esta garantia, a aceitação da nova rainha transferida do núcleo é improvável e corre um risco muito grande de se tornar uma vítima das abelhas que não são suas filhas. A experiência assim me o diz, a Kin selection theory assim o prediz.
Sr. Eduardo desde já lhe dou os parabéns pelos seu trabalho que por algumas vezes é criticado, mas não se pode agradar a todos. Em muitas situações tenho seguido os seus conselhos e tenho-me dado muito bem. Nesta situação já utilizo este método dos núcleos há 3 anos e tem dado sempre certo. Mas eu não troco os 5 quadros, troco 1 quadro bem cheio com abelhas aderentes e com a rainha e coloco ao centro da colmeia órfã. Os núcleos voltam a fazer nova rainha. Se for preciso mais tarde para ajudar o núcleo coloca-se um quadro com criação a nascer até que a nova rainha comece a fazer postura. Obrigado e boas festas com muita saúde.
Olá Eduardo!
Obrigado por nos trazeres mais esta “formação”!
A abelha ibérica tem fama de ser um pouco agressiva…
Da experiência que já tens achas que a abelha ibérica reage bem à junção destes dois enxames de forma tão direta?
Como método de substituição de rainhas antes de estar a enxamear, e considerando a nossa abelha, não haverá problemas de junção de enxames?
Certamente vais partilhar connosco os teus ensaios, estarei atento!!
Obrigado, Boas Festas!!
Boas questões Rui. Conto, mais adiante, publicar com algum detalhe os procedimentos e resultados desta experiência. Boas Festas!