resíduos no mel: o caso do amitraz

Genericamente, sobre a problemática dos resíduos de amitraz no mel há uma enorme ignorância na comunidade apícola. Entre outros aspectos desconhece-se que: (i) os resíduos de amitraz no mel não são estáveis, que o amitraz se degrada nos seus metabolitos (DMF e DMPF); (ii) o Limite Máximo de Resíduos (LMR ou MRL) relativo ao amitraz e seus metabolitos é de 200 nanogramas por grama de mel; (iii) o LMR nos alimentos é calculado com uma enorme margem de segurança, 100 vezes abaixo das concentrações que provocam os primeiros danos observáveis.

Dito isto, no quadro em baixo são apresentados os valores das concentrações de vários resíduos encontrados em diversas amostras de mel grego recolhidas entre 2015-2020. Como seria expectável não foi detectado amitraz nas amostras, apenas os seus metabolitos, o DMF e o DMPF, com concentrações entre os 4,9-11,2 ng/g e 6,9 ng/g, respectivamente.

Concluindo, a concentração dos metabolitos de amitraz nestas amostras está muitíssimo abaixo do LMR definido pela European Food Safety Authority (EFSA)* . Este padrão de baixos valores é replicado por vários outros estudos realizados noutros países, incluindo Portugal. Tranquilamente, vamos colher o nosso mel e tratar as nossas colónias!

fonte: Pesticide Residues and Metabolites in Greek Honey and Pollen: Bees and Human Health Risk Assessment, 2023
  • ver: https://efsa.onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.2903/j.efsa.2016.4570

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