É possível definir, de forma universal, para todas as colónias do nosso país, quantos tratamentos por ano devemos efectuar para manter a varroa controlada ao longo do ano?
Não, é a resposta mais correcta que conheço.
Cada colónia é um planeta próprio e particular; cada apiário é uma galáxia diferente e única.
Num mesmo apiário podemos ter colónias com taxas de infestação muito baixas, abaixo de 0,5%, e outras com taxas de infestação superiores a 5%. Entre colónias e apiários podemos ter medicamentos com taxas de eficácia acima de 90% e, o mesmo medicamento, ter eficácias abaixo de 70%, aplicados com os mesmos procedimentos e na mesma altura.
A diversidade das taxas de infestação e a imprevisibilidade da eficácia dos medicamentos, homologados e não homologados, convoca-nos a melhorarmos os nossos conceitos e práticas; exige da nossa parte conhecimentos realistas e fundamentados e a monitorização frequente das taxas de infestação.
E são estas, as taxas de infestação, que determinarão quantos tratamentos devemos efectuar ao longo do ano, para, ao longo do ano, termos a varroa bem controlada.
E, se me permitem uma sugestão amiga, varroa bem controlada significa o mais possível nunca acima de 2% numa amostra de 300 abelhas adultas, devidamente lavadas em álcool a 96%.