Tenho recebido relatos de apicultores, sobretudo da zona sul do país, muito preocupados com a aparente falta de eficácia das pulverizações de abelhas com amitraz ou outras aplicações com o mesmo princípio activo.
Nesta publicação venho apresentar os dados mais recentes que possuo e que estou a recolher por via da testagem em abelhas adultas, de um medicamento homologado baseado no amitraz.
No apiário de um cliente e não em todas as colónias, em algumas apenas, a luta está a ser mais difícil e prolongada do que era usual ser. Após duas aplicações do medicamento, como recomenda o fabricante, encontramos taxas de infestação na ordem dos 5%.
Sabemos que um tratamentos eficaz, seja ele feito desta ou daquela forma, só “compra” o tempo desejável, se levar a taxa de infestação abaixo de 0,5%. Portanto estas duas aplicações deste medicamento deveriam ter tido uma eficácia 10x superior nestas colónias para “comprar” o tempo desejável até ao próximo tratamento.
O que se está a passar com este princípio activo? Muito provavelmente estamos a ser confrontados cada vez mais em Portugal, como em França e Espanha, com populações de varroas com graus diferentes de resistência e susceptibilidade ao amitraz. Aquilo que ontem era garantido, hoje é uma roleta russa — um pouco como na geopolítica actual!
Relembro esta publicação de 2023, porque esta reflexão não é nova no meu blog.



Se deseja conhecer alternativas ao amitraz, testadas por mim e/ou em estudos controlados, pode entrar em contacto para o e-mail: jejgomes@gmail.com
Para uma apicultura mais informada, prazerosa e rentável!