os enxames secundários: os mistérios da enxameação segundo Doolittle

“Todos os enxames que possuem uma rainha jovem ou virgem podem ser adequadamente classificados como enxames secundários. Quando um enxame principal/primário sai, geralmente deixa realeiras maduras na velha colmeia mãe, das quais emergirão jovem rainhas que liderarão todos os enxames posteriores.

Como regra, cerca de seis a oito dias após o enxame principal ter saído a primeira jovem rainha emerge do casulo real, e se uma nova enxameação é aceite pelas abelhas como a melhor solução para a colónia, as outras jovens rainhas são mantidas nas suas células reais por um pequeno grupo de abelhas que se aglomeram sobre elas constantemente, de modo que a tampa/extremidade da célula não possa ser removida para deixar a jovem rainha sair. Se uma enxameação adicional não for considerada uma boa solução pelas abelhas, então todas as restantes realeiras serão destruídas depois da eliminação das jovens rainhas, de modo que a primeira rainha que emergiu será a única da colmeia.

Se as células são protegidas como acima se descreve, a primeira rainha emergida parece entrar em fúria, e profere notas estridentes em intervalos, soando algo como tee-tee, tee-te, t, t, t, soaria proferido neste maneira, e designou-se “encanamento/piping da rainha”, que é mantido por cerca de dois dias, durante a formação do segundo enxame, ou o primeiro dos enxames secundários. Este “piping” da rainha é sempre ouvido no caso de existir uma pluralidade de rainhas numa colónia que pretenda enviar mais enxames secundários. As rainhas retidas nas suas realeiras pelas abelhas estão crescendo em idade e força e, durante a pressa e a agitação da segunda enxameação, uma ou duas dessas rainhas terminam apressadamente roendo a tampa da realeira e saem com este novo enxame, dando-se o caso de duas ou mais rainhas serem encontrado neste primeiro enxame. secundário.

Se um terceiro enxame for lançado, as abelhas agrupam-se sobre as células reais remanescentes tendo rainhas nelas, e acontece o mesmo que anteriormente e o terceiro enxame sai. Como há menos abelhas em número nesta altura do que aquando da saída do segundo enxame e rainhas mais maduras mantidas como prisioneiras, as realeiras são geralmente menos vigiadas pelas abelhas-guarda. Nesta altura as rainhas, abelhas correm para fora, e nesses casos eu tenho contado muitas vezes de 8 a 15 rainhas com um desses enxames, embora de um a cinco seja o número usual.

Ocasionalmente, uma colónia enviará um quarto e, às vezes, um quinto enxame, embora este seja de ocorrência muito rara; e às vezes todas as jovens rainhas deixam suas realeiras e saem com o último enxame, neste caso a colónia mãe fica irremediavelmente sem rainha, e morre pela sua incapacidade de produzir uma rainha. Assim que as abelhas se vão, as larvas da traça da cera destroem os quadros, e o dono/apicultor declara que as traças foram quem destruiu as suas colmeias.

Acima, tentei dar uma pequena visão dos mistérios da enxameação de abelhas, muitos dos quais parecem não ser totalmente compreendidos, mesmo por aqueles que mantiveram as abelhas por vários anos”

“Duas rainhas num enxame – mistérios da enxameação”, G. M. DOOLITTLE, ABJ, agosto de 1902.

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