loque americana: o teste ao filamento (teste do palito)

Teste ao filamento (teste do palito)
Os apicultores devem realizar o teste ao filamento nos alvéolos suspeitos antes da infecção atingir o seu estágio mais avançado e mais infeccioso. O teste deve ser feito de acordo com os procedimentos seguintes:

  • Identifique o alvéolo suspeito que apresente sinais de loque americana – alvéolos com coloração mais escura, gordurosos, perfurados e/ou afundados.
  • Insira um palito de fósforo no interior do alvéolo.
  • Lentamente, retire o seu conteúdo.
  • Se este conteúdo for pegajoso e formar um filamento castanho-escuro, com 3 a 5 cm de comprimento isso indica que a colmeia, muito provavelmente, está infectada com loque americana.
  • Se este filamento for de cor cinza-clara e menor que 1,5 cm, então a doença é provavelmente loque europeia. No entanto, as larvas infectadas por Paenibacillus alvei (uma infecção secundária associada à loque europeia) também podem causar larvas infectadas que produzam um filamento mais longo e se assemelhe ao filamento de larvas infectadas com loque americana.
  • Um dos principais meios de distinção entre loque europeia e loque americana é que a loque europeia normalmente mata a larva antes do alvéolo ser operculado; ao contrário as larvas infectadas com loque americana geralmente morrem após o alvéolo ser operculado.

Teste ao filamento nos casos de loque americana

  • Filamento: pode ser bastante viscoso, formando um filamento em torno de 3-5cm de comprimento.
  • Aparência do filamento: é geralmente castanho escuro e pode ser bastante elástico.
  • Odor: apresenta um odor bastante sulfuroso nos estádios mais avançados.
  • Padrão da criação e estágio da infecção: padrão de criação em “mosaico” e opérculos perfurados. As larvas infectados geralmente morrem após a operculação dos alvéolos.
  • Escama: Frágil, de cor castanho-escuro.

Teste ao filamento nos casos de loque europeia

  • Filamento: Geralmente não é muito viscosa nos estágios iniciais, com alguns filamentos a atingirem cerca de 1,5cm. No último estágio da infecção, com possível infecção secundária, o comprimento do filamento pode ser mais comprido.
  • Aparência do filamento: massa semilíquida de cor cinza-claro, com algum amarelado devido a tubos traqueais infectados.
  • Odor: geralmente um odor azedo.
  • Padrão de criação e estágio da infecção: criação irregular, larvas mortas, ou descoloridas (amareladas) e torcidas, em alvéolos abertos não operculados.
  • Escama: aspecto de borracha, com uma cor cinza-claro a preto.

Lembre-se sempre de que estas são orientações para uma análise de campo simples e, por vezes, as conclusões podem ser equivocadas. O único meio preciso de diferenciar a loque europeia da loque americana é por meio de análises de laboratório. Como todos sabemos a loque americana é uma doença de declaração obrigatória. Como apicultor “conservador” (alguns poderão dizer prudente), nos casos de loque americana só vejo uma saída: o fogo. Para bem do próprio, para bem dos apicultores vizinhos e para bem da apicultura nacional. A loque americana pode tornar-se, num período de poucos anos, pandémica, como aconteceu há cerca de dois anos na África do Sul. Segundo os próprios sul-africanos o principal factor desta evolução dramática foi o desconhecimento, a desvalorização do problema e uma actuação parcial e incompleta, decorrente de uma atitude excessivamente optimista (imprudente, se desejarem) por parte de muitos apicultores daquele país.

Fonte: http://beeaware.org.au/archive-pest/american-foulbrood

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