controlo da enxameação em colónias de abelhas

Este artigo é já antigo (1969) mas muito do que apresenta continua actual, até porque a abelha e os instintos que a caracterizam continuam a ser os mesmos de há muito muito tempo para cá.

Resumo: Quatro métodos de manipulação de colmeia comumente utilizados para prevenção de enxames não conseguiram reduzir sua incidência. Colónias com rainhas de primeiro ano criadas na primavera não apresentaram nenhuma tentativa de enxameação. A incidência de preparação de enxameação foi menor em colónias com rainhas com um ano que naqueles com rainhas do segundo ano. As colónias que enxamearam não produziram excedente de mel, e aquelas que se prepararam para enxamear, mas foram impedidos de fazê-lo, produziram menos mel do que as colónias que não fizeram nenhuma preparação. A perda de mel provocada pela enxameação foi evitada com a introdução de rainhas de primeiro ano criadas na primavera, ou cortando a asa das rainhas e/ou destruindo quinzenalmente as realeiras surgidas. A perda de mel associada à preparação do enxameação foi evitada com a introdução de rainhas de primeiro ano criadas na primavera.

fonte: http://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/00288233.1969.10421245

As colónias que enxamearam não produziram excedente de mel” é uma frase do resumo acerca da qual desejo fazer um comentário. A minha experiência diz-me que esta não é uma inevitabilidade, desde que evitemos os enxames secundários (garfos). O ano passado foi uma preocupação que tive: quando não consegui evitar a enxameação primária, fiz o melhor que soube e pude para evitar a enxameação secundária. Nos casos bem sucedidos consegui que vários destes enxames me dessem algum excedente de mel.

Este ano espero melhorar significativamente na redução da enxameação primária e baixá-la para menos de 10%. Uma das medidas a adoptar passa pela introdução de rainhas novas nas primeiras semanas da primavera em cerca de 40% a 50% do meu efectivo.

3 comentários em “controlo da enxameação em colónias de abelhas”

  1. Boa tarde
    Com certeza o tempo nesta fase não abunda mais ainda assim gostava de lhe colocar (mais) uma pergunta.
    É possível detectar uma enxameação numa colmeia até quando dias após esta ter ocorrido?!
    Não sei se me fiz entender…
    Obrigado pela ajuda.

  2. Viva, João!
    É bem verdade. Nesta altura o tempo tem sido passado nos apiários e a disponibilidade e a vontade para escrever no blog são escassas. O fim do dia é dedicado a anotar no computador as informações registadas no microgravador, a escrever no “road-book” as notas que guiarão a intervenção nas colmeias dos apiários a visitar no dia seguinte.

    Se entendi bem a sua questão, a análise visual dos mestreiros, idade da criação e população da colónia permite detectar se ela enxameou mais ou menos recentemente.
    Enxameou há menos de 8 dias se encontrarmos mestreiros de enxameação ainda fechados e não virmos ovos e ainda virmos larvas.
    Enxameou há cerca de 8 a 11 dias se encontramos mestreiros de enxameação rotos pelo fundo ou roídos pelos lados e não virmos larvas.
    Enxameou há mais de 15 a 20 dias e voltou novamente a enxamear (enxames secundários) se encontramos a colónia reduzida a 2 a 5 quadros de abelhas.
    Espero ter respondido à sua questão.

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