apresentação do blog abelhas à beira

Inicio hoje este blog de Apicultura por dois grandes motivos. O primeiro motivo, de natureza um pouco egoísta, é o prazer que me dá escrever; o segundo, de natureza diria mais altruísta, é o prazer que me dá partilhar estes textos com todos vós que o estais a ler neste momento.

 

A razão do nome de blog “abelhas à beira” nasce de um jogo de palavras: a maior parte dos meus apiários estão na região da Beira Alta e, por outro lado, as abelhas como qualquer outro ser vivo, estão permanentemente à beira de qualquer coisa, num estado dinâmico que as aproxima ou afasta de um determinado ponto — estão à beira de enxamear, por exemplo, à beira de colapsarem devido à varroa, … à beira tão somente de um novo dia em que as coisas vão manter-se muito parecidas com as do dia anterior.

 

As grandes linhas de orientação que neste momento tenho para este blog é fazer dele um espaço para escrever sobre o que me interessa no domínio da apicultura, e que espero possa interessar a outros, sejam apicultores ou não. Algumas vezes relatarei as minhas experiências, fazendo uma espécie de diário apícola, outras vezes farei considerações de natureza mais teórica, fundadas em leituras, reflexões e observações sobre este mundo complexo que é o das abelhas e da nossa relação com elas.

 

Sejam todos bem-vindos!

Eduardo Gomes, apicultor profissional desde 2009

13 comentários em “apresentação do blog abelhas à beira”

  1. Parabéns Sr. Eduardo;
    Julgo ser o mesmo que tem participado em grandes debates no blog “abelhas do agreste” do Afonso Silva?!
    Sou novato neste vício do ferrão mas interessado em aprender todos os dias sobre a nossa lida com este insecto. Espero aprender muito por aqui como tenho aprendido em outros blogues, fóruns, grupos, etc
    Força com o projeto!

    1. Obrigado Fernando.
      Sou eu que tenho debatido “longamente” com o Afonso. Agora o Afonso tem a oportunidade de o fazer por aqui, quando achar que estou a pisar “ramo verde”.

      Espero que os teus primeiros passos sejam na direcção certa. Parece-me que estás a fazer o que deve ser feito no início: ler, ler e ler. Um abraço!

      1. Obrigado pelo conselho!
        De facto tenho procurado ler manuais, opiniões e discussões, para ao mesmo tempo ir comparando com as observações que vou fazendo nos meus enxames. O objetivo é ir planeando e ajustando, o meu calendário apícola de acordo com as melhores práticas, adaptado à minha realidade e emendando os abundantes erros que um iniciado sempre comete. Tenho o gosto de aprender e partilho a preocupação dos que todos os dias procuram aprender algo de novo. Aprendemos uns com os outros, quem ensina também aprende. Felizmente hoje temos ferramentas de comunicação que permitem maior difusão de conhecimento e gerações melhor formadas com maior abertura de espírito que permitem a evolução. Nesta área da apicultura, conheço muitos apicultores com 30/40/50 anos de experiência que não gostam de partilhar informação, em que “o segredo é a alma do negócio”. Mas há medida que vou conhecendo mais sobre o meio chego à conclusão que são pessoas que pararam no tempo, aprenderam uma técnica ou adaptaram uma à sua forma de trabalhar e por ali ficaram, repetindo, repetindo, muitas vezes erros…
        Temos de ser honestos com as nossas limitações de conhecimento e procurar todos os dias colmatar mais um pouco. Temos de ser humildes para procurar informar-nos melhor. Nesta, como em outras áreas, temos de colocar a nossa capacidade de raciocínio ao serviço dos objetivos. Dá algum trabalho? Dá! Mas sem esforço nada se constrói.
        A apicultura só pode crescer com pessoas como o Eduardo, o Afonso, o Pífano, o Cristóvão, o Bernardino, o Harald, e tantos outros que vou conhecendo neste campo da partilha.

        Um abraço da serra algarvia!

  2. Obrigado Fernando.
    Foi com os muitos erros que aprendi, e também com o meu mestre que já falei no blog do Afonso. É pena ter partido para outro mundo, já la vão 25 anos, Sr José Brasileiro.
    Imagina esses tempo em que não haviam Internet, blogs como este, informação nada, e levarmos sem saber o que era, esta maldita varroa.
    mas sobrevivemos, claro com mesinhas. Desculpa Eduardo.
    As doença que existia aqui na zona era o piolho. mas tratávamos com fumo de cigarro, e o mal de maio. o tratamento era vinagre. assim era a apicultura desse tempo.
    Mas eram tempos bons, fazíamos duas crestas por ano, a primeira em Março ou Abril. e a segunda mais pequena em Setembro Outubro. Agora só crestamos uma vez por ano, em Junho.
    Mas porque agora só crestamos uma vez por ano, aqui devesse a muitos factores, o clima mudou, a agricultura também, muitos terrenos deixaram de ser fabricados, já não se semeia feijão junto com o milho, os milhos de agora são híbridos, nas plantações não deixam crescer o Saramago, pampilos, trevo, etc, etc. porque colocam herbicidas. No geral a menos flores, e em certas alturas do ano nem existem.
    Antes nem se ouvia falar em fome nas colmeias, e muito menos alimentar as colmeias, agora se não alimentarmos em Julho Agosto e Setembro, quando chegarmos a floração do eucalipto já não temos abelhas, mas não podemos fazer nada.
    Mas temos que nos ambientar, a estas mudanças.
    PS. Ontem quando fazia limpeza numas arcas velhas, encontrei uma embalagem de Apistam, do ano de 1988. com preço ainda 5.ooo escudos, mas o que mais me admirou é que continha uma dose no interior, duas tiras.
    A diferença para as de agora: são mais grossas, e vinham as doses em saquete separado, a quantidade é a mesma, dava para cinco colmeias.
    Abraço Para todos
    Dino.

    1. Dino não tens que pedir desculpa de nada… não há nada a desculpar. Podes falar à vontade das mesinhas. Se hoje temos abelhas na Europa foi graças a elas. A minha opinião acerca da sua justificação nos dias de hoje já a conheces, creio eu.

      Este blog pretende ser um espaço onde a diversidade de opiniões não deve impedir a participação dos interessados.

      Curiosa é a nota acerca do Apistan. Noto que o preço não subiu desde 1988. Ainda bem que o preço do mel não seguiu a mesma rota. Não tendo a certeza do preço do Kg de mel em 1988, arrisco que deveria rondar os 500$ Kg (2,5 €). Ainda te lembras do preço dessa altura?

  3. Parabéns Eduardo!
    Já dei uma olhada no Blog e está um excelente trabalho!
    Este ano tenho as colonias aqui em Coimbra um espetáculo! Tão muito fortes; vou ter muito mel de eucalipto e em breve avanço para uma primeira fornada de rainhas (o método do Afonso é magnífico).
    Um abraço!

    1. Obrigado Martins!
      Estive 3 dias na beira a alimentar as minhas colmeias e a enfrascar uns quilitos de mel para os clientes. Agora estou de novo por Coimbra. A ver se te ligo nos próximos dias. Um abraço!

  4. Bom senhor Eduardo.
    Vou seguir atentamente mais este blog de apicultura!
    Ainda tenho que aprender muito e acho que a forma como expõe a suas ideias me puderá ajudar a evoluir um pouco mais.
    E sempre que tiver alguma duvida vou questiona-lo, embora possam ser duvidas muito básicas, para mim, poderá ser bastante importante a opinião de alguém que já tem mais de 5 anos de trabalho na apicultura profissional.
    Cumprimentos
    João Oliveira

    1. Bem-vindo João!
      O João, eu e todos, estamos no mesmo barco: aprender com as abelhas (as verdadeiras mestras) e também uns com os outros para evitar cometer os erros já cometidos. Sempre conscientes que algo que não funcionou com um de nós pode dar um resultadão com outros, há no entanto algumas coisas que são tão erradas no norte como no sul, no continente como nas ilhas.

      Coloque as suas dúvidas que lhe surjam acerca do que vou escrevendo. Procuro que a linguagem seja acessível, mas aqui e ali poderei não conseguir. As imagens fotográficas ilustrativas de alguns dos conteúdos ajudam a comunicar (pôr em comum) o conteúdo. Finalmente, este espaço de comentários ajuda-nos a ultrapassar alguns dos obstáculos naturais inerentes a este meio de comunicação.
      Um abraço!

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