acaricidas homologados em Portugal

A DGAV é a autoridade portuguesa que tem em mãos a responsabilidade de homologar os acaricidas a utilizar na luta contra a doença das abelhas conhecida como varroose.

Nesta hiperligação podem consultar uma lista quase completa dos acaricidas homologados à data de hoje: http://www.apiset.pt/docs/MUV_autorizados.pdf

Nesta hiperligação surge o acaricida mais recentemente homologado pela DGAV, e que não se encontra ainda na lista anterior:  http://www.melvag.com/blog/api-bioxal-novo-tratamento-homologado-contra-a-varroa/

Como facilmente se constata a lista compreende 5 marcas de tratamentos não-convencionais ou orgânicos, a saber: MAQS; Apilife VAR; APIGUARD; THYMOVAR e Api-Bioxal.

Os tratamentos convencionais ou sintéticos presentes na lista são de 4 marcas, a saber: APITRAZ; APIVAR; Apistan e Bayvarol.

Uma primeira consideração que desejo fazer acerca desta lista diz respeito à diversidade de princípios activos disponíveis, o que dá boas garantias e oportunidade ao apicultor para fazer a adequada rotação de princípios ativos, por forma a evitar ou minimizar os efeitos do surgimento de varroas resistentes.

Uma segunda observação, que com toda a justiça entendo dever fazer, é que a mortalidade de colmeias por via da varroa não se deve à falta de oferta na escolha de acaricidas homologados. Vamos a ser francos, a mortalidade das colmeias resulta, na grande maioria dos casos, do desconhecimento e/ou incúria do apicultor. Na minha opinião, o argumento dos elevados custos dos tratamentos homologados não colhe, uma vez que a grande maioria dos apicultores associados podem adquirir os mesmos a preços muito mais baixos que o preço de 1 Kg de mel.

5 comentários em “acaricidas homologados em Portugal”

  1. Olá Eduardo,
    Estava com ideias de utilizar o acido oxálico neste verão, para alternar com o amitras, mas tenho que tirar mais informação. como a temperatura mais adequada, se pode ser aplicado com criação aberta, se não deixa resido no mel, se afecta a rainha, etc, etc.
    Em relação ao preço, repara como dispara o preço do bioxal, para o acido normal, uma barbaridade.
    Só acrescentaram umas palavras e o preço é outro.
    350 gramas de Bioxal 73.00€
    1 quilograma de acido Oxálico 100 % 6.00€
    Tanto num como no outro temos que fazer o xarope,
    Este mundo não é para cegos, mas sim para quem vê bem.
    Abraço.

    1. Dino o ácido oxálico só é eficaz se não houver criação operculada nas colónias. Se assim não for eu no teu caso mudava de ideias. A aplicação do oxálico por gotejamento é tóxico para as abelhas e larvas se ingerirem o xarope com o ácido. Alguns apicultores preferem diluí-lo só em água sem açucar para que as abelhas não consumam a mistura. O oxálico danifica também a quitina das abelhas, por isso muitos aplicam-no uma vez ao ano.

      Julgo que nunca utilizarei o ácido oxálico nas minhas colmeias nas formulações actualmente disponíveis. Contudo se o viesse a utilizar iria para o Bioxal. A razão é simples de entender: como faço transumâncias frequentes estou debaixo do radar da DGAV. E da última vez que me visitaram não foi suficiente verem as tiras de Apivar no interior das colmeias. Pediram-me o comprovativo de aquisição e a receita médico-veterinária. Se lá tivesse uns lenços de papel embebidos em tacktic, ou umas tiras de cartão com amitraz e vaselina tinha apanhado. Não tenho 6 colmeias. Talvez a esse nível até fechem os olhos, talvez. No meu caso tenho a certeza que ou faço um jogo muito limpo/legal, ou apanho. Para este lado durmo descansado.

      A rotação de produtos continua a ser muito pacífica para mim. Não tenho varroas resistentes a nada. Não são resistentes às amidinas do amitraz (Apivar) nem aos piretroides do fluvalinato e flumetrina (Apistan e Bayvarol). Neste aspecto até tenho tido muita sorte! Rodeado de varroas resistentes a tudo e mais qualquer coisa, as varroas que decidem habitar as minhas colmeias são das fracas, não são das resistentes. Assim posso continuar rodar entre as amidinas e os piretroides, sem estar a olhar para as temperaturas, a humidade atmosférica, se tenho criação operculada no ninho, se a rainha é nova ou se já é madura, se a concentração do ácido é X ou Y, se tenho que lá ir 4 vezes de 4 em 4 dias, enfim… melhor só mesmo se não tivesse varroas. Espero que as tuas varroas sejam das fracas para não teres que te meter nessa aventura do oxálico. Se vivesse na Dianamarca, ou por lá perto, o oxálico seria o meu tratamento preferido. Em Portugal acho que é das piores opções. Nunca o utilizei é verdade, e por isso até poderei estar redondamente enganado, mas também não sou surdo e tenho a certeza que se o fosse não ouviria este belo tema dos Spiritualized https://www.youtube.com/watch?v=iB7E1D_3Na4

  2. Obrigado pela informação Eduardo.
    Tenho pesquisado na net, e reparei num tratamento com oxálico, mas com tiras de celulose.
    O tratamento é idêntico ao aluen cap. não sei se tivestes conhecimento.
    Tenho a mesma opinião, em relação ao amitraz, em termos de resistência e eficácia, e não vou trocar por outro. Mas queria mudar, e tentar algo mais biológico, o sumo de limão é como dizes, só falta umas pedras de gelo, para se tornar num refresco.
    Ontem tentei ligar contigo, mas não consegui, queria falar em relação as abelhas do kefuss.
    Quando tiver tempo ligo-te.
    Abraço

    1. Boa tarde, Paulo!
      É mais um caminho que está a ser ensaiado e testado, neste caso pelo apicultor norte-americano Randy Oliver. Vou esperar para ter mais dados que me possam dar as garantias de eficácia que todos ansiamos.

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