Sabemos que a eficácia dos tratamentos com ácido oxálico é diretamente influenciada pela presença de criação operculada porque o ácido oxálico não mata os ácaros na criação operculada (Imdorf et al., 2003). A sua eficácia quando a criação operculada está presente é de cerca de 60% (Charrière 1997, Rademacher e Harz 2006). Assim, a utilidade do ácido parece limitada em climas quentes com um longo período de criação. Tendo em conta que o ácido oxálico é um composto adequado para o controle de V. destructor em colónias sem criação operculada durante o período de outono e inverno, dentro do conceito de Controlo Integrado da Varroa, o maior desafio para os cientistas passa por desenvolver uma nova formulação que possa ser usada durante a presença de criação operculada em colónias de A. mellifera. O objetivo principal do estudo que abaixo apresento o sumário foi avaliar a eficácia de uma nova formulação de libertação lenta (Aluen CAP), baseada no ácido oxálico, para utilizar na presença de criação operculada.
“Sumário: Um produto orgânico à base de ácido oxálico foi avaliado para uso no controle de Varroa sob condições climáticas de primavera/verão na Argentina. A formulação consiste em quatro tiras feitas de celulose impregnada com uma solução à base de ácido oxálico. Quarenta e oito colmeias foram utilizadas para avaliar a eficácia do produto. Os resíduos do produto também foram testados em mel, abelhas e cera. Cada ensaio teve respectivos grupos de controlo sem tratamento oxálico. No início da experiência, foram aplicadas quatro tiras da formulação às colónias pertencentes ao grupo tratado. Os ácaros caídos/mortos foram contados após 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias. Após a última contagem, as tiras foram removidas e as colónias receberam duas tiras de flumetrina durante 45 dias. Os ácaros caídos/mortos foram contados ao longo deste período. A eficácia média do produto orgânico foi de 93,1% com baixa variabilidade. Este produto é um tratamento orgânico concebido para o controlo de Varroa durante a presença de criação e representa uma boa alternativa aos tratamentos sintéticos.”
fonte: http://link.springer.com/article/10.1007/s13592-015-0405-7