trabalho de campo no início do ano

Hoje, acompanhei o Nuno Capela, investigador no Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, a dois dos apiários experimentais que estabeleceu nas proximidades de Coimbra.

Os objectivos desta saída para o campo eram fundamentalmente três:

  • avaliar a taxa de infestação por varroa em amostras de 300 abelhas adultas;
  • “abrir os ninhos” que estivessem bloqueados por mel, néctar ou pão de abelha;
  • colocar sobreninhos sobre as colmeias mais desenvolvidas.

Relativamente ao primeiro ponto, passados dois meses e meio sobre a conclusão do último tratamento (com Apitraz, aplicado do início de setembro e concluído em finais de outubro) as taxas de infestação encontradas situavam-se entre 1,3% (4 varroas) e 3% (9 varroas).

Só controlamos o que medimos.
Não vimos varroa alguma nas abelhas, mas esta colmeia terá cerca de 1500 varroas a parasitar as abelhas e a transmitir-lhes vírus.

Quanto ao segundo ponto, “abrimos” aproximadamente 70% dos ninhos.

Colónia com criação nos quadros na posição 3, 4 e 5. “Abertura” do ninho com colocação de um quadro desbloqueado escuro (a cera preferida pelas rainhas nesta altura do ano) na posição 6.

No que respeita ao terceiro ponto colocámos 13 sobreninhos em colónias muito fortes, num universo de 46.

Colónia muito forte, com as abelhas a cobrirem em elevado número os 10 quadros do ninho.
A colocação do sobreninho é, a nosso ver, uma ferramenta essencial para o prosseguimento dos objectivos de prevenção da enxameação e preparação para a produção de novas colónias, numa altura e zona de fluxo constante mas não muito forte.

Como é habitual, nesta visita de campo fui brindado com uma surpresa relativa: uma colónia com uma rainha nova, não marcada, com postura recente, o que me faz levantar a hipótese de ter sido fecundada em Dezembro.

Eduardo Gomes: serviços de formação presencial e on-line, consultoria presencial e on-line e apoio técnico em apiário (contactos: 935 251 670; jejgomes@gmail.com)

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