The west is the best, aproveitando este conhecido verso da letra do the End, emblemática canção dos The Doors, que cumprem este ano 50 anos sobre a 1ª edição do seu 1º album, nos idos de 1967, expresso genericamente a boa impressão com que fiquei da minha primeira visita deste ano ao apiário que tenho mais a oeste, no distrito de Coimbra.
Este apiário com poucas colmeias neste momento, onde já estiveram 100 colmeias no 2 anos anteriores, previ desfazê-lo no final de 2016. Por razões diversas não foi possível até ao momento. E agora penso que até foi bom que assim tivesse acontecido. As 8 colmeias e 2 núcleos que por lá ficaram, resultaram de desdobramentos mais tardios em 2016 (Junho e Julho). Nestes dois últimos meses todos se desenvolveram de forma notável, com excepção de um núcleo que apresenta pequenos sinais de ascosferiose.
Na minha visita anterior a este apiário, efectuada no dia 12 de Dezembro, coloquei 3 sobreninhos/alças com cera laminada em 3 colmeias do modelo Langstroth e 2 meias alças, também com cera laminada, sobre 2 colmeias do modelo Lusitana. Numa destas colmeias Lang coloquei hoje a 2ª alça. Fui encontrá-la cheia de abelhas, criação e mel no sobreninho colocado na visita anterior. Numa outra colmeia, as abelhas ocupavam 6 quadros do sobreninho, estavam a puxar bem a cera e a encher com néctar. Na terceira não vi criação alguma. Vi dois mestreiros rotos. Aparentemente decidiram substituir a rainha. Coloquei 1 quadro com ovos retirado de outra colmeia para salvaguardar a possibilidade de a nova rainha não poder ser fecundada nestes dias de clima incerto. Já em casa verifico nos meus registos que a 30 de Maio de 2016, quando esta rainha iniciou a postura, me interrogar acerca da possibilidade de ter sido mal fecundada. A sua substituição pelas abelhas nestas últimas semanas parece confirmar a justeza da minha dúvida na altura. Nas colmeias Lusitana a história conta-se mais rapidamente. As duas colmeias que receberam meia-alças com 8 quadros com cera laminada puxaram-na bem e estão meias-cheias de mel. Verifiquei que não fizeram favos adventícios entre os quadros, como cheguei a temer.
Fig. 1: Favo adventício entre dois quadros (quando o espaço abelha é excedido as abelhas preenchem este espaço com um favo)
Um dos dois núcleos foi passado para uma colmeia e na próxima visita receberá um quadro cheio de criação fechada para acelerar o seu desenvolvimento.
Realço que não estimulei estas colmeias. Alimentei algumas destas colmeias, e apenas uma vez com 1 Kg de fondant/pasta de açúcar, logo à saída do verão, dado que as encontrei com as reservas num nível baixo.
No dia de hoje coloquei mais dois sobreninhos/alças sobre as Langstroth e uma meia-alça sobre uma Lusitana. Na próxima visita conto colocar pelos menos dois sobreninhos/alças sobre as Lusitanas e pelo menos uma 2ª alça sobre uma das Langstroth. Conto ainda iniciar o tratamento contra a varroa. O anterior foi concluído no final de Setembro.
Os meus objectivos para este apiário não estão direccionados para a produção de mel. Pretendo até meados de Abril das actuais 10 colmeias fazer mais 15-20 núcleos fortes para levar para as terras altas da Beira onde os fluxos se iniciam em meados de Maio.
Num post, que surgirá em breve, explicarei como um bom núcleo estará apto, no prazo de um mês, a iniciar a sua subida às meias-alças, o nível do apicultor.
Boa noite, sou seguidor do seu blog, e hoje,ao ler sobre esta publicação, onde diz “Verifiquei que não fizeram favos adventícios entre os quadros, como cheguei a temer”,eu perguto qual o inconveniente, porque o temeu, por estar-mos nesta época do ano?, eu costumo-os destruir com intensão que a rainha não suba,não sei se estou a fazer o mais correcto, mas tento deixar o ninho só para a criação e que alsas sirvão só para mel e não misturem tudo.obrigado pela atenção.
Boa noite, Nelson
Não me expliquei bem no post. Faz muito bem em pedir uma explicação. Como coloquei 1/2 alças de 8 quadros com cera laminada temi que as abelhas criassem favos adventícios laterais que crescem entre os quadros da própria 1/2 alça. Ainda que raramente me aconteça, é uma possibilidade com estas 1/2 alças. Quando acontece dificulta e atrasa o maneio, os quadros ficam imperfeitos e por regra corto estes favos e algum néctar/mel é derramado, afogando as abelhas.
O tipo de favo adventício que o Nelson refere, se o entendi bem, é criado entre o topo dos quadros do ninho e a barra inferior dos quadros da 1/2 alça, fazendo uma ponte entre os quadros das duas caixas. Também costumo destruí-los sempre que não vejo criação na caixa superior. Quando por vezes estes favos têm criação de zângão aproveito para ver se há varroas nessas larvas.
Se não fui claro não hesite em comentar.
Nota: Acabei de colocar uma imagem no post com o tipo de favo adventício a que me refiro.
É exactamente aos favos criados entre o topo dos quadros do ninho e a barra inferior dos quadros da 1/2 alça a que me referia.Obrigado pela explicação.