fazer rainhas de qualidade utilizando o formão/raspador

Como?

Esta técnica foi cunhada com o acrónimo OTS (on the spot) e foi inicialmente divulgada por Mel Disselkoen, apicultor norte-americano.

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Fig. 1 : Mel Disselkoen

Numa colmeia previamente orfanizada, vamos procurar em dois ou três quadros larvas com menos de 36 horas de vida. O mais provável é encontrar estas larvas em zonas adjacentes às zonas com ovos.

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Fig 2: Ovos (Eggs), larvas com menos de 36 h (just right) e larvas com mais de   36 h (too old)

Nas zonas onde encontrarmos estas larvas com menos de 36 h vamos esmagar com o formão os alvéolos logo por baixo como podemos ver exemplificado neste vídeo (a partir dos 4’40”).

Este simples gesto permite que a construção de alvéolos reais se faça o mais possível na vertical, como acontece naturalmente com os alvéolos reais de enxameação ou de substituição (supersedure).

Mel Disselkoen propõe que se realize o OTS  em duas a quatro zonas por quadro e em dois ou três quadros. Tudo dependerá do que cada um de nós pretender.

Se pretender fazer alguma selecção genética recomendo que utilize um quadro com larvas de uma colmeia que aprecie.

Desde há dois anos que utilizo esta técnica e estou satisfeito com a qualidade geral das rainhas que tenho obtido.

Fica assim apresentada uma técnica que requer do apicultor apenas duas coisas: um formão/raspador e uma razoável acuidade visual.

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18 comentários em “fazer rainhas de qualidade utilizando o formão/raspador”

  1. Olá Eduardo.
    Uma pergunta extra tema.
    Vespa velutina inverna ou não?
    Depois de ler muitos comentários, artigos, etc, a dizerem que sim. eu provo o contrario.
    Hoje foi dar uma volta as colmeias para verificar se necessitavam de alças, para meu espanto vi vespas em volta das colmeias, e lá foi eu, com a minha raquete de badminton a caça, matei duas.
    Já estamos em Dezembro, e elas ai andam. Será que elas se estão-se a adaptar a nosso clima?
    O que sei, é que este primeiro ano de combate, resultado, Dino 0 / vespas 1.
    Vou ter que mudar o meu calendário apícola, mesmo no maneio como a época em que vou produzir enxames. Este ano perdi 20 enxames, nas duas semanas que foi de ferias, e os outros que escaparam, as abelhas não saiam dos núcleos com medo, consequência não desenvolveram. Mesmo alimentando todas as semanas, faltava o melhor. pólen.
    Resultados não passaram dos três ou quatro quadros de abelhas, e para ajudar a festa no arranque do eucalipto, as colmeias mais fortes pilharam-nos. acabando sem nenhum.
    Nota geral 1º ano com a vespa para esquecer. mas deu para tirar ilações.
    Abraço.

  2. Olá Dino!
    Lamento o que sucedeu com os teus núcleos.
    O Gilles Fert, aos nucléolos de fecundação, coloca-os no chão para que as ervas altas sirvam de cortina defensiva contra as velutinas. Estas bestas são muito desajeitadas a voar entre as ervas e as abelhas muito mais habilidosas nesse terreno labiríntico.

    Quanto à questão se as velutinas hibernam no nosso país, em especial no litoral, é uma excelente questão que eu também já coloquei no fórum As-Abelhas há uns tempos atrás (ver http://forum.as-abelhas.com/viewtopic.php?f=61&t=2002&sid=8814b66e06a886b594f0fb44cdcada8a mensagem de 26/01/2014). O nosso companheiro Carlos Fernandes refere com surpresa que ouviu que ela não hiberna. Eu nada posso dizer por enquanto porque ainda não as tenho nos meus apiários. Contudo se alguma coisa é certa é que não deverão tardar a chegar.

    Deixo a questão do Dino para quem desejar acrescentar ou esclarecer mais um pouco esta situação.

  3. Olá Eduardo,
    É uma situação a ponderar para o ano, mas o que mais me preocupa, é o medo com que ficam, as abelhas em saírem para se alimentarem.
    Amanhã vou colocar varias armadilhas com liquido açucarado, pois penso que estas vespas sejam fecundadoras, se conseguir apanhar algumas, serão menos uns ninhos a criarem no próximo ano.
    Para cumulo, já encontrei vespas entre a tampa de agasalho e a tampa de cobertura das colmeias.
    A praga da varroa era má, mas conseguia coabitar com ela, mais tratamento ,menos tratamento, lá me vou arranjando. Mas estas vespas estão a tirar-me o sono.
    Abraço.

    1. Olá colegas.
      este ano não perdi enxames por causa da vespa, mas tenho as colmeias reduzidas a 3 ou 4 quadros de abelhas quando já deviam ter alça, num raio de 5 km tenho 7 0u 8 ninhos visiveis ainda em atividade, acho que já não vale a pena destrui-los pois as fundadores já sairam. as vespas que o Bernardino viu debaixo do telhado quase de certeza que são fundadoras, já matei uma também, estava debaixo do telhado, quando saiu, poisei o telhado e ela voltou a entrar foi à terceira com o raspador dei-lhe uma pancada, de referir que tinha 2 ferrões e estava agressiva a defender o sitio.

      cumprimentos

      Vieira

      1. Viva Sr. Vieira
        É tremendo o que diz e dá a volta ao estômago. Como diz o Bernardino contra a varroa ainda vamos conseguindo qualquer coisa. Contra estas bestas exóticas não está a ser nada fácil.
        Será correcto afirmar que os bombeiros e/ou a protecção civil actualmente não estão a ser muito efectivos na destruição dos ninhos, mesmo depois de localizados?
        Cumprimentos!

        1. Olá Eduardo.

          o meu apiário mais sacrificado está no limite de 2 concelhos, do lado sul tem havido um grande esforço, mas ainda falta comprar a vareta inceneradora (maçarico) que vai até 25 metros, esta zona é composta de arvores muito altas e o acesso de viaturas com grua na maioria dos ninhos não é possivel, do lado norte são bombeiros profissionais com bons meios mas um concelho muito extenso e com a queda da folha é que aparecem os ninhos, comuniquei 1 em inicio de Outubro e ainda não foi destruido, ainda hoje vi vespas no apiário apanhar abelhas.

          abraço
          Vieira

  4. Olá Eduardo.
    Este testemunho do sr. vieira bem confirmar que elas não hibernam, aqui em portugal.
    Já tenho duvidas que, se as que matei serão rainhas, talvez sejam obreiras, mas a realidade é que são poucas.
    Não sei a zona do sr Viera, se nos puder dizer agradecia, para tirara algumas duvidas, a nível geográfico.
    Abraço.

    1. Dino, se entendi bem o Sr. Vieira acha que as que tu encontraste são fundadoras/rainhas. A questão da hibernação não ficou clara para mim se sim se não. Mas se hibernam fazem-no já com a época bem avançada, o que não ajuda os apicultores do litoral em especial.

  5. Olá Eduardo.
    Sr. Vieira, praticamente somos vizinhos, eu sou de Ovar.
    Quando pedi que nos informa-se a sua localidade, foi mais para ver a evolução, geográfica desta malditas.
    Estamos a beira mar, com um microclima que é muito favorável as vespas.
    Este foi o primeiro ano que lutei com elas, mas temo que o próximo seja, de verás terrível.
    Temos que, armar muitas armadilhas, já a partir de Janeiro, para tentar apanhar o máximo de fundadoras.
    Fiz experiências com vários iscos, fígado, peixe, agua de demolhar o bacalhau e mais alguns que os amigos indicavam, mas foi os iscos açucarados, que mais deram resultados.
    Abraço.

  6. Olá a todos
    O problema agora é o inverno ser bastante quente, pelo menos aqui no Alentejo. As vespas, por enquanto as crabro, são aos milhares e as femeas estão muito sedentas de proteínas, pelo que atacam as abelhas em todo o lado.
    Experimentei os iscos que falam, mas o que resulta totalmente é àgua- mel porque tem um cheiro forte que as atrai. Em 30 minutos apanhei mais de 200 vespas e uma abelha apenas. Pelo que agora, quando visito os colmeais vai sempre comigo uma garrafa com 100 ml de àgua-mel no fundo. Chego ao colmeal, viro a garrafa para molhar as paredes interiores e o gargalo também pelo exterior e ponha-a de pé novamente e é vê-las e poisar e entrar na garrafa. Enquanto trabalho nas colmeias a garrafa trabalha com as vespas.
    Feliz Natal e Bom ano

    1. Bom dia Manuel.
      A água-mel não atrai as abelhas por causa de estar fermentada, estou correcto? Não deixa a garrafa no apiário?

      Quais são as proporções e modo de fazer a água-mel para este efeito?

      1. Bom dia Eduardo
        A água-mel é a que faço dos opérculos e não está fermentada.
        Por vezes no campo, quando levo pouca, subdivido acrescentando um pouco de água e então fermenta. O resultado continua a ser bom, mesmo depois de fermentada.
        Por receio de, quando acabem as vespas, comece a apanhar abelhas, não experimentei deixar a garrafa nos apiários, que distam dezenas de quilómetros da minha morada.

  7. Boa noite.
    Alimentar é importante!
    Hoje foi dar uma volta as minhas colmeias e fiquei satisfeito com o que vi, para o meio/fim desta semana, terei de colocar a segunda meia alça, é uma loucura a quantidade de abelhas, velas trabalhar, e aquele cheirinho ao néctar, que já não sentia a tempos.
    Em comparação, foi ver as colmeias de uma amigo que foi ao Brasil, e deixou- me encarregue de cuidar delas, (mais ou menos 100), ele não alimentou, mas a realidade é que estão a léguas das minhas, 6,7,8 quadros com abelhas, só em uma é que coloquei alça.
    A verdade é que gastei mais ou menos 500 Kg de alimento liquido, mas o resultado esta a vista.
    Agora é registar o timing para alimentar, e para o ano voltar a fazer o mesmo.
    Abraço.

    1. Dino acabei de postar uma reflexão que termina a falar na minha experiência com a alimentação artificial. Vem bem a calhar depois deste teu comentário.

      1. Agua de cozer as ceras também são muito atraentes para a vespa, convém deixar azedar para não atrair abelhas eu quando meto nas garrafas retiro sempre a tampa e quando despejo faço um buraco na terra e depois cubro para as abelhas não terem qualquer contacto com a água que pode ter doenças.

        cumprimentos

        Vieira

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